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Tudo o que você precisa saber sobre Aeolus, o satélite que caíra na Terra na sexta-feira

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A Terra receberá o Aeolus, satélite que está caindo em nossa direção e poderá deixar rastros.

Agora, os resíduos espaciais estão prestes a serem cuidadosamente recolhidos durante uma missão extraordinária agendada para esta semana.

O protagonista em destaque pertence à Agência Espacial Europeia (ESA). Sua missão de reentrada começou na segunda-feira, com finalização para a próxima sexta-feira, dia 28.

O satélite Aeolus tem estado em órbita ao redor da Terra desde 2018 e ganhou fama por ser a primeira nave a medir os ventos terrestres a partir do espaço.

Embora sua vida útil inicial fosse de apenas um ano, ele superou todas as expectativas, resistindo até julho de 2023.

Agora, com seu suprimento de combustível quase esgotado, chegou o momento do Aeolus realizar sua última façanha, conforme relatado pelo Space.com.

Via Olhar Digital

Plano de recuperação do Aeolus

Holger Krag, entusiasmado chefe do Escritório de Detritos Espaciais da ESA, descreveu a reentrada controlada do Aeolus como algo verdadeiramente único na história da exploração espacial.

De fato, essa missão de reentrada assistida do Aeolus representa um avanço significativo para garantir o retorno seguro de equipamentos espaciais no futuro.

A pessoa chave por trás dessa missão é Isabel Rojo Escude-Cofiner, gerente de operações de naves espaciais da ESA, que compartilhou o plano detalhado.

Basicamente, a operação consiste em uma série de manobras realizadas a partir de segunda-feira, com o objetivo de reduzir gradualmente a altitude e ajustar a órbita do Aeolus para que ele possa entrar na atmosfera terrestre de maneira controlada.

A parte mais aguardada do plano acontecerá na sexta-feira, quando o Aeolus terá acesso às suas configurações finais para chegar mais perto e entrar na atmosfera da Terra.

Essas manobras são executadas pelos propulsores do Aeolus, que são disparados em uma direção oposta à sua órbita ao redor da Terra, conhecidas como ações retrogradas.

Apesar da complexidade da tarefa, os riscos de colisão com outras naves espaciais são considerados baixos devido à baixa densidade populacional na órbita em questão.

No entanto, planos de contingência foram estabelecidos caso surjam potenciais ameaças.

Como apontou Escude-Cofiner, existem chances de desvio, porém será uma adversidade no cronograma, e eles conseguirão enfrentá-la.

Se por acaso as coisas não saírem conforme o cronograma, o Aeolus tem um plano B, que consiste em realizar uma reentrada natural e sem guia, de acordo com a previsão inicial quando projetaram o satélite.

E no futuro?

Então, o que acontecerá quando o Aeolus finalmente reentrar na Terra? Bem, infelizmente, ele não sobreviverá intacto.

Aproximadamente 80% do satélite deverá ser desintegrado durante a queda, enquanto o restante mergulhará no Atlântico, sem qualquer plano de recuperação.

No entanto, como explicou Krag, a missão não tem como objetivo garantir um pouso “seguro” para o Aeolus. Ainda assim, conseguem estabelecer as bases para futuras missões.

Isso permite o retorno seguro de equipamentos espaciais à Terra, reduzindo os riscos para propriedades e pessoas.

Com impressionantes 10.000 naves espaciais atualmente em órbita, das quais 2.000 estão inoperantes, a gestão dos detritos espaciais é um desafio de proporções cósmicas.

Via Mistérios do Mundo

Com um peso colossal de 11.000 toneladas e cerca de 100 toneladas de lixo espacial reentrando na atmosfera da Terra a cada ano, a necessidade de uma reentrada controlada é inegável.

Apesar de termos tido sorte até agora, com nenhum grande incidente de detritos espaciais causando danos ou ferimentos, o aumento do uso do espaço orbital poderia transformar essa ameaça em uma possibilidade real.

Por isso, a ESA está trabalhando proativamente para transformar essa situação desafiadora em uma oportunidade de melhorar a segurança no espaço.

Ao realizar a reentrada controlada do Aeolus, a ESA está pavimentando o caminho para um futuro mais seguro das viagens espaciais. Assim, garante que a gestão de detritos seja aprimorada para enfrentar os desafios do cenário espacial em constante evolução.

Com cada missão e aprendizado, estamos caminhando rumo a um espaço mais seguro e sustentável para a exploração espacial contínua.

 

Fonte: Mistérios do Mundo

Imagens: Mistérios do Mundo, Olhar Digital

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