Curiosidades

Um carro ficou enterrado por 50 anos nos Estados Unidos

Plymouth Belvedere 1957
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Existem muitos carros abandonados por aí. Seja porque o dono decidiu simplesmente abandonar seu carro, ou porque ele partiu antes de conseguir entregá-lo a outra pessoa. Mas, algumas pessoas acham um absurdo quando descobrem que existem carros que ficam guardados por anos, ainda mais quando são de modelos raros. Sendo assim, imagine se soubesse que existe um carro raríssimo que ficou enterrado por 50 anos!

Nos Estados Unidos, as cápsulas do tempo são comuns e são feitas por grupos de amigos e escolas todo ano. No entanto, algumas comunidades também participam dessa tradição, colocando itens que retratam o momento em que a cápsula foi feita. Em 1957, os americanos seguiram a tradição e, nesse momento, o estado de Oklahoma tinha só 50 anos. Para comemorar os avanços e a história, a cidade de Tulsa decidiu fazer uma cápsula do tempo. 

Tulsa em 1957

Eles poderiam colocar invenções feitas naquele ano, roupas da moda, jornais e revistas, mas decidiram colocar um carro como símbolo do progresso pós-guerra. Assim, vale destacar que a Segunda Guerra Mundial acabou só alguns anos antes, em 1945. Então, no dia 15 de junho de 1957, um Plymouth Belvedere novinho em folha foi enterrado com data de desenterro para 2007, 50 anos depois.

No ano de 1957, o mundo todo estava sentindo os efeitos do pós-guerra e, nos Estados Unidos, o avanço industrial era palpável. Na época, a cidade de Tulsa era conhecida como capital do petróleo e eles celebravam o título constantemente. Por isso, um carro seria o item perfeito para celebrar o marco histórico.

Os itens da cápsula do tempo

Plymouth Belvedere 1957 Cápsula do tempo

Wikimedia Commons

Para enterrar o veículo, eles não fizeram um buraco na terra simplesmente. Os moradores construíram uma espécie de túmulo de concreto de quatro metros de largura, seis metros de comprimento e três metros de altura, localizado na frente de um prédio público. 

Além disso, os moradores também colocaram um cilindro de metal que tinha documentos oficiais, mapas, bandeiras e fotografias da região até aquele momento. Como eles não sabiam como seria o futuro, também colocaram 40 litros de gasolina, prevendo a possibilidade da tecnologia avançar tanto que motores de combustão fossem obsoletos, o que não se concretizou.

Como piada, colocaram uma caixa de cerveja, uma bolsa com um maço de cigarro, dinheiro e uma multa de trânsito. Por fim, a prefeitura teria que decidir quando a cápsula seria aberta e decidiu que seria em 50 anos depois daquela data. Eles até realizaram um concurso em que os moradores tinham que adivinhar a população da cidade no ano de 2007.

Caso alguém adivinhasse ou se aproximasse do número, o carro seria entregue ao ganhador. Em caso de morte, ele seria entregue aos herdeiros ou então à próxima pessoa que chegou perto. Além do carro, a pessoa ganharia um valor que corresponde a 1.200 dólares hoje.

Eles sabiam que um carro não poderia ser enterrado sem estragos, então, cobriram o modelo novo com não apenas uma, mas três capas de proteção. Além disso, o carro foi lacrado dentro do túmulo de concreto à prova de ataques nucleares.

Afinal, a guerra aconteceu uma década antes desse momento e as memórias estavam frescas. Naquela época, as pessoas acreditavam na possibilidade de outras guerras, por isso, viviam com esse medo. Então, por meio século, o veículo foi enterrado onde havia uma placa relatando o evento.

O dia do desenterro

Plymouth Belvedere 1957

Reprodução/Pinterest

Em 2007, o grande dia chegou e centenas de pessoas se reuniram para presenciar o momento histórico. Mas, quando tiraram o veículo, viram que ele estava coberto de água até a metade das portas.

As pessoas de 1957 previram um ataque nuclear, mas não foram capazes de proteger o carro contra inundações. Por conta do atrito da água no metal, o Plymouth Belvedere zero quilômetro enferrujou.

Ainda assim, o carro foi colocado num palco, ainda coberto de lama. Viram que ele não tinha marcas de perfuração, mas a infiltração destruiu o painel, bancos e revestimentos. Já a cápsula de ferro foi encontrada com todos os objetos intactos.

O ganhador do carro, Raymond E. Humbertson, infelizmente não pôde receber o prêmio porque faleceu em 1979, mas os seus herdeiros receberam o veículo histórico. Sem filhos, quem ficou com o carro foram as duas irmãs de Raymond.

Além dessa cápsula do tempo, a cidade de Tulsa também enterrou um Plymouth Prowler de 1997 no dia 17 de janeiro de 1998, para ser desenterrado em 2048.

Fonte: Aventuras na História

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