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A partir de fevereiro, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em 521 cidades do Brasil poderão receber a vacina da dengue.
Devido à disponibilidade limitada de doses, a vacina Qdenga não estará disponível em algumas capitais do país, como São Paulo e Curitiba. No entanto, é o início de um programa completo de imunização para todo o território nacional.
Isso porque o Brasil enfrenta o risco de uma epidemia de dengue, com previsão de 5 milhões de casos.
É importante destacar que este é o primeiro ano em que o Ministério da Saúde coordena a campanha nacional de vacinação contra a dengue, utilizando uma vacina com eficácia estimada em mais de 80% contra a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Diante desse cenário, foi decidido concentrar a aplicação das doses nos mais jovens, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Posteriormente, adultos e idosos também poderão receber a imunização, conforme calendário de aplicação e de maneira gratuita, também pelo SUS.
Cidades que vão receber vacina da dengue
Via Freepik
A seleção das cidades brasileiras que receberão as doses da vacina Qdenga se baseou em três critérios principais, que definiram as prioridades para o governo.
Inicialmente, avaliaram o tamanho da população. Apenas municípios considerados de “grande porte”, com mais de 100 mil habitantes, serão contemplados com as doses da vacina em um primeiro momento. Municípios vizinhos também podem ser incluídos nessa análise.
Dessa forma, uma única região será cotada para receber as doses pelo SUS, considerando residentes e a possibilidade de expandir o atendimento de maneira intermunicipal.
Enquanto isso, o número de casos de dengue também entrou na decisão. Esse foi um fator determinante, e o registro de altos números de casos de contaminação ajudou a definir as cidades com prioridade. O espaço de tempo avaliado foi durante o ano de 2023 e o início de 2024.
O último critério para definir as cidades que deverão tomar a vacina da dengue primeira considera os sorotipos mais comuns na região. Nesse sentido, foram selecionados os municípios onde o sorotipo 2 (DENV-2) é predominante.
Trata-se do modelo mais grave até o momento, e, embora todos necessitem de atenção e cuidados médicos, o DENV-2 aumenta as chances de casos mais complexos e sintomas piores na população.
Consulte a lista
Para verificar se sua cidade se encaixa nos critérios mencionados, o Ministério da Saúde desenvolveu uma página especial para consulta pública, onde as cidades selecionadas estão organizadas pelos 16 estados.
A pesquisa é gratuita e permite também a pesquisa de maneira personalizada, para conferir se determinado estado ou município entrou na verificação.
No entanto, os portais que realizaram a cobertura da vacina informam que algumas capitais foram escolhidas para participar da campanha pioneira de vacinação contra a dengue inclui:
- Rio Branco (AC);
- Manaus (AM);
- Salvador (BA);
- Vitória (ES);
- Goiânia (GO);
- São Luís (MA);
- Belo Horizonte (MG);
- Campo Grande (MS);
- João Pessoa (PB);
- Rio de Janeiro (RJ);
- Natal (RN);
- Palmas (TO);
- Boa Vista (RR);
- Brasília (DF).
Por outro lado, grandes capitais como Paraná (PR), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP) não foram incluídas na lista deste ano.
Além disso, até o momento, não há cidades contempladas nos estados de Alagoas, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe.
Para alguns residentes, essa informação foi preocupante, visto que se trata de grandes regiões metropolitanas com aumento crescente no número de pessoas infectadas.
Contudo, a redução dos recursos e limitação das quantidade produzidas exigiram uma seleção cuidadosa das capitais e suas respectivas cidades. Por isso, é importante acompanhar o calendário e verificar se a campanha terá uma boa recepção.
Por que não abrange todas as cidades?
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Caso sua cidade não tenha sido selecionada para receber a vacina da dengue este ano, vale entender o porquê.
Segundo explicação do Ministério da Saúde, houve a necessidade de limitar o público-alvo e as regiões prioritárias devido à disponibilidade limitada de doses.
Por outro lado, até o final do ano, o país está previsto para receber aproximadamente 6,5 milhões de doses. Nesse caso, será suficiente para imunizar cerca de 3,2 milhões de crianças e adolescentes brasileiros, considerando que a imunização completa requer duas doses.
Entretanto, vale ter em mente que esse número é relativamente baixo em comparação com a população total. Por isso, a intenção é expandir o público que receberá a imunização ao longo dos anos.
Por exemplo, para o ano de 2025, o governo negociou aquisições adicionais de 9 milhões de doses, o que é suficiente para vacinar 4,5 milhões de pessoas. Tendo em mente grupos de risco, jovens e idosos, é uma ampliação significativa, e esses números podem aumentar conforme investimentos.
Fonte: Canaltech
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