Ciência e Tecnologia

Mais de 160 planetas podem ser habitáveis, aponta estudo

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Uma pesquisa divulgada na revista Arxiv, afiliada à Universidade Cornell em Nova York, sugere que pode haver até 164 planetas habitáveis no universo. No entanto, apenas 33 desses planetas parecem ter condições de radiação UV confiáveis para sustentar a vida, e apenas 11 deles apresentaram a presença de fósforo, um elemento essencial para a vida.

Segundo o resumo da pesquisa, apenas 33 das 164 estrelas analisadas possuem medições confiáveis feitas a partir do espaço, e o fósforo foi detectado em apenas 11 delas, o que destaca a necessidade de futuras pesquisas nesse campo.

Os pesquisadores utilizaram dados do Levantamento Decadal Astro2020 para criar essa lista de exoplanetas potencialmente habitáveis, que faz parte do Programa de Exploração de Exoplanetas da NASA. Os planetas foram selecionados com base nas características de suas estrelas hospedeiras.

Os dados e apontamentos feitos pelos estudiosos estão disponíveis publicamente e eles incentivam o uso dessas informações no Habitable Worlds Observatory (HWO), um telescópio que será lançado em 2040 com o objetivo de descobrir outros mundos habitáveis.

Os pesquisadores também sugeriram que a NASA construa um grande telescópio espacial para obter imagens de alto contraste e investigar mais detalhadamente cada um dos casos apontados.

Essas investigações terão como foco a busca por condições necessárias para a vida, incluindo a procura por bioassinaturas e outros dados que possam confirmar a possibilidade de vida nesses planetas.

Via Nasa

O que configura planetas habitáveis?

Um planeta habitável é um corpo celeste que possui condições ambientais adequadas para sustentar a vida tal como a conhecemos, pelo menos em teoria.

Inicialmente, essa definição carece de objetividade, visto que a ‘vida’ depende do alvo dos estudos. Por exemplo, no universo, buscamos formas de sustentar a vida dos seres humanos em sua última evolução, como Homo sapiens sapiens. No entanto, também existem milhares de espécies animais que também possuem suas próprias condições de existência.

Dessa forma, a definição para planetas habitáveis costuma ser mais teórica, uma base para guiar os estudiosos em sua busca.

Nesse caso, existem algumas características que ajudam a pautar qual seria a zona ideal fora do nosso sistema conhecida.

Por exemplo, é necessário ser uma região ao redor de uma estrela onde as temperaturas permitem a existência de água líquida na superfície do planeta. A água é essencial para a vida como a conhecemos, seja de humanos, animais ou vegetais.

Por isso, um planeta habitável deve ter água em estado líquido em sua superfície ou em seu subsolo. Algumas alternativas já surpreenderam os cientistas nos últimos anos, mas nenhuma com abundância para fazer a vida se desenvolver.

Além disso, precisamos de uma atmosfera que forneça oxigênio suficiente para a respiração e proteja o planeta contra radiações nocivas. O mesmo se aplica para a temperatura, que exige uma faixa que permita a existência de água líquida e que seja compatível com a sobrevivência de organismos vivos.

Químico e físico

Via Nasa

Enquanto isso, existem outros elementos importantes, especialmente na parte química, como carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e fósforo, que são necessários para a vida como a conhecemos.

Na pesquisa em questão, esses foram os fatores que mais entusiasmaram a equipe com os possíveis planetas habitáveis. Uma vez que eles apresentam todos esses elementos, indica a possibilidade de um possível desenvolvimento futuro, seja na forma humana ou vegetal, por exemplo.

Ainda no caso da pesquisa, outro elemento importante foi a estabilidade climática. Não apenas em termos de temperatura ideal, mas que não tenha extremos que inviabilizem a vida de modo geral.

Isso é comum em vários planetas fora do nosso sistema, visto que eles podem não se apoiar no nosso Sol e, com isso, imitar as temperaturas da atmosfera onde estão. Sem um estabilizador, os picos são extremos e inviáveis.

Inclusive, ter uma proteção adequada contra a radiação cósmica também é um critério para os planetas habitáveis. Sem atmosfera ou outras camadas de proteção, mesmo as regiões próximas ao sistema Solar ficariam comprometidas.

Na prática, existe uma lista considerável de características que definem os planetas habitáveis para a vida como conhecemos hoje.

Entretanto, essa possibilidade, mesmo que ínfima, é o início de uma jornada em busca de novas respostas e alternativas para seguir com a humanidade fora dos confins da Terra.

Além disso, podem basear uma forma de adaptação das nossas próprias necessidades, conforme os elementos em maior abundância nessas 160 opções.

 

Fonte: CNN

Imagens: Nasa, Nasa

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