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Veja imagens dos protestos gigantescos nas fábricas da Apple na China

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Imagens surpreendentes mostram protestos na China em fábricas da Apple, revelando ao mundo uma situação antes desconhecida.

De acordo com as imagens e reportagens que estão sendo divulgadas, os funcionários da principal fábrica de produção do iPhone da Apple na região estão insatisfeitos com as políticas de trabalho.

Os protestos aconteceram na cidade chinesa de Zhengzhou, dentro da propriedade da empresa Foxconn, onde trabalham cerca de 200 mil pessoas.

As principais motivações seriam mudanças no contrato de pagamento, promessas quebradas e a falta de remuneração para um volume de trabalho consideravelmente grande.

A imprensa local passou a cobrir as matérias após a divulgação de vídeos nas redes sociais, mostrando que milhares de trabalhadores estavam atacando a fábrica durante a noite, entrando em barricadas e destruindo pontos de verificação.

Resposta rápida

Em um primeiro momento, relatórios oficiais indicam que os manifestantes estavam agindo de forma violenta e foram parados pelas forças de segurança com escudos e cassetetes.

Isso pode ser visto em alguns vídeos de trabalhadores lutando contra a polícia, e usando trajes especiais por conta do gás lacrimogêneo.

Outros registros fotográficos mostram muitas pessoas empurrando barricadas para entrar, e se concentram na frente da fábrica da Foxconn. O protesto na China teve duração de dois dias, antes da fábrica se manifestar.

Reportagens internacionais abordaram algumas testemunhas não identificadas, que deram mais detalhes sobre os motivos dos protestos. Informações mostram que se deram pelas altas restrições e pela falta de pagamento.

Aparentemente, um dos responsáveis teria prometido grandes valores por dois meses de trabalho, mas a fábrica teria mudado de ideia, dizendo que o contrato seria muito maior que esse tempo, mas com pagamentos reduzidos.

Outras reportagens também indicaram que os funcionários eram forçados a viver em dormitórios junto com pessoas infectadas com Covid-19.

Diversas pessoas apoiaram os protestos na China, e os vídeos mostram moradores em varandas incentivando a luta.

O que diz a empresa

Via BBC

A Foxconn fez um pronunciamento no mesmo dia que os protestos na China chegaram ao conhecimento do mundo. Eles afirmaram que os pagamentos não aconteceram por um “erro técnico ocorrido durante um processo integrado”.

É o contrário do que diz os manifestantes, indicando que a companhia sequer tinha-os cadastrado em seu sistema.

Enquanto isso, a empresa garantiu que o pagamento foi o mesmo informado no recrutamento de novos trabalhadores, inclusive com bônus por conta das condições arriscadas, em plena pandemia.

No dia seguinte, outro comunicado da empresa afirmou que alguns trabalhadores tinham dúvida sobre quanto receberiam, mas tudo foi esclarecido conforme os contratos.

O porta-voz da Foxconn também garantiu que estava resolvendo a situação com o governo local para evitar mais violência.

A informação sobre dividir dormitórios com pessoas infectadas era “claramente falso”, apenas um boato para prejudicar a companhia. Conforme comunicado da empresa, todos os locais eram diariamente desinfectados e verificados pelas autoridades.

Essa é a empresa taiwanesa que mais monta iPhones para a Apple, e sua fábrica em Zhengzhou registra números recordes para exportações. No entanto, centenas de trabalhadores não foram mais trabalhar no final de outubro, aparentemente exaustos das condições.

Desde o ocorrido, a empresa optou por implementar operações de circuito fechado, com isolamento de outras partes da cidade para evitar surtos de coronavírus.

Outras motivações para os protestos na China

Segundo relatos, existiriam outras motivações para os protestos na China na Foxconn. Conforme revelado por testemunhas, as políticas de Covid Zero da região causaram dores de cabeça nos cidadãos.

Isso porque o isolamento total e as verificações extremas atrasavam a produção, e a Apple recebeu menos remessas do que o esperado por conta disso.

Além disso, a fábrica foi um dos primeiros locais a registrar aumentos no número de casos, embora tenha alegado que a situação estava sob controle, e apenas “um pequeno número” de funcionários teria ficado doente.

A cidade de Zhengzhou passou por vários confinamentos totais, inclusive no último mês, e isso causou ainda mais insatisfação nos funcionários.

Depois que a situação se acalmou, várias pessoas foram vistas indo trabalhar no dia seguinte, com novas promessas de acertos e pagamentos. Agora, resta esperar para ver se as manifestações tiveram resultado.

 

Fonte: MDig, BBC

Imagens: BBC,

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