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Brasileira denuncia empresa aérea do Catar por gordofobia

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Modelo brasileira afirmou ter sofrido gordofobia no Catar ao ser barrada em seu voo, com a justificava de ser ‘gorda demais’, e mostra que ainda há muito que ser superado para que todos tenham chances iguais de se locomover.

O acontecimento impediu a influenciar e sua família de viajar pela Qatar Airways, no Líbano, cuja passagem já estava comprada com antecedência.

O relato foi divulgado nas redes sociais da modelo, que disse ter sido mal tratada e que negaram seu direito de comprar um novo assento para seguir até seu destino final.

Segundo informações que a influencer disponibilizou na internet, a funcionária da companhia aérea teria negado o embarque, mesmo com as malas despachadas. Os quatro lugares reservados por Juliana eram na classe executiva, e teriam custado U$1 mil cada um.

Durante o percurso de ida, a modelo afirmou que viajou pela Air France e não teve problemas, o que não justificaria a abordagem da companhia e o impedimento de viajar.

A influenciadora paulista, de 38 anos, também não conseguiu embarcar de volta para o Brasil no mesmo dia, pois a Qatar Airways não teria liberado o estorno da passagem.

Como plus size, Juliana foi categórica ao afirmar que o motivo da barragem foi gordofobia no Catar, e ficou decepcionada com a experiência, sendo sua primeira vez no Líbano rumo ao país que sedia a Copa do Mundo.

No relato inicial, a modelo aparecia bastante abalada, e contou que estava em um país estrangeiro, sem saber falar inglês ou árabe, e gastando com hotéis e táxis, mesmo sem planejamento.

Seus planos incluam pegar uma conexão para Doha e, na sequência, para São Paulo. Entretanto, a passageira não conseguiu concluir o planejamento, e diz ter sido vítima de preconceito por seu peso.

Via AnaMaria

Companhia exigia upgrade caro

De acordo com Juliana em seu relato, a Qatar Airways exigia um upgrade na passagem de todas as pessoas que estavam viajando. Com isso, o valor de US$ 1.000 subiria para U$3.000, na classe executiva, com assentos maiores.

No entanto, a modelo afirmou que os funcionários se recusaram a fazer a troca, ou lhe dar o reembolso do valor do voo perdido para que comprasse um novo lugar.

Por esse motivo, resolveu divulgar todas as informações, pois teve prejuízos financeiros, além de acusar discriminação por parte da equipe da companhia aérea.

No mesmo dia, não conseguiu voltar para o Brasil, pois a situação não teve resolução até quinta-feira, um dia depois.

Resposta da companhia

Em resposta, a Qatar Always justificou que não houve gordofobia no Catar, nem por parte da companhia.

No comunicado, informou que a exigência da compra de uma passagem adicional está “de acordo com as práticas da indústria e de forma semelhante à maioria das companhias aéreas”, mas que “trata todos os passageiros com respeito e dignidade”.

Segundo informações da própria agência, é necessário que todos os passageiros estejam acomodados em seus assentos, para prender o cinto de segurança e abaixar os braços da poltrona. Trata-se de uma questão de segurança.

Nesse caso, passageiros que demandem mais de um assento precisam realizar a reserva com antecedência, para precauções de segurança e conforto de todos os passageiros.

Além disso, em sua resposta, a Qatar Airways afirmou que Juliana foi “inicialmente extremamente rude e agressiva com a equipe de check-in. Isso porque um de seus acompanhantes não apresentou a documentação PCR necessária para entrada no Brasil”.

Nesse caso, sem o comprovante, não seria possível comprar ou realizar upgrade da passagem, conforme orientado, o que teria impedido a continuidade da viagem.

Após atualizações do caso, a modelo plus size e sua família foram realocados em um voo do Líbano para o Brasil no dia seguinte, conforme informou a companhia em nota.

Apoio jurídico para a gordofobia no Catar

A modelo conta com o apoio de Rayane Souza, fundadora do projeto Gorda na Lei, que está em contato para prestar apoio jurídico.

Entretanto, explica que a situação é delicada, pois a compra da passagem foi feita no exterior. Por isso, não existe relação de consumo nacional, que dificulta a atuação de advogados.

Por outro lado, o projeto de lei não desistiu do apoio, e busca profissionais com conhecimento em direito internacional para ajudar no caso da brasileira.

Com sorte, a modelo poderá ter um desfecho satisfatório para esse episódio de gordofobia no Catar, sendo exemplo para outros casos no futuro.

 

Fonte: G1

Imagens: JP, AnaMaria

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