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A verdadeira razão pela qual o Capitão América não é digno do Mjolnir

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Antes do brinquedo preferido de Thor, o Mjolnir, ser quebrado pela Hela, todo mundo queria saber quem era digno de levantá-lo. Em uma cena de Vingadores: Era de Ultron, pouco antes do vilão se revelar, os heróis tentam tirar o Mjolnir da mesa, mas Visão é o único capaz de segurar a arma além do Deus do Trovão. Isso, provavelmente, porque o herói havia acabado de vir ao mundo em forma física, de modo a estar praticamente puro diante da humanidade. Porém, na cena citada anteriormente, podemos ver que Steve Rogers consegue mexer um pouco o martelo, apesar de não levantá-lo. Afinal, por que o Capitão América não é digno de levantar o Mjolnir?

Existem muitas brincadeiras em relação ao motivo. Alguns comediantes de rede social afirmam que é porque o Capitão anda de moto sem capacete, desqualificando sua dignidade. Brincadeiras a parte, Steve é um dos personagens do Universo Cinematográfico da Marvel, o MCU, mais dignos de manusear o Mjolnir. Ele era um garoto frágil e sensível que não pensou duas vezes antes de entrar em uma guerra para ajudar seu povo na luta do bem contra o mal. Talvez isso o torne mais digno que o próprio Thor.

O pessoal do What Culture refletiu sobre o assunto e chegou a algumas conclusões. Separamos para você a razão pela qual o Capitão América não é digno do Mjolnir, divido em três tópicos.

Odin e a definição de dignidade

A noção de dignidade no mundo ocidental, nos dias de hoje, se baseia basicamente no principio cristão. Isso significa que, para nós, dignidade está absolutamente ligada a bondade. Porém, para entendermos o termo dentro do MCU, precisamos abandonar o conceito cristão e abraçar as origens asgardianas. Ou seja, precisamos entender a dignidade pelo viés da mitologia nórdica. A cultura nórdica, oriunda dos Vikings, valoriza lealdade, bravura, amor incondicional à batalha e à guerra, violência e um espírito conquistador. Foram nessas bases que foi criado o Mjolnir. Pois era assim que Odin e os asgardianos encaravam a dignidade do seu povo.

Entretanto, no primeiro filme do Thor, vemos o herói deixar de ser digno, perdendo a capacidade de manusear a própria arma. Isso acontece porque Odin nota a arrogância que toma conta do seu filho, baseado nos princípios primordiais de dignidade impostos. Então, Odin inverte o próprio conceito de dignidade original para o merecimento da arma. A partir desse momento, é valorizado a abnegação, a preservação de Asgard, o povo dos Nove Reinos e a paz. Com essa alteração, Thor passa pelo seu arco pessoal para se tornar novamente digno. Com isso, o Capitão já não é mais digno devido a sua relação nula com Asgard e sua cultura.

Thor e a dignidade

Thor passa por um desenvolvimento de personagem curioso ao longo dos filmes do MCU. No primeiro longa, Odin bane o herói para a Terra sem a dignidade para manusear o Mjolnir; consequência da sua arrogância que acabou com a paz de Asgard com os Gigantes de Gelo. Apesar de ele se tornar digno novamente (muito devido ao que foi explicado no tópico anterior), seu desenvolvimento de personagem só seria realmente concluído no terceiro filme da sua trilogia, Thor: Ragnarok. Pois é ao final do terceiro filme que o herói se torna digno de verdade, pois aprende a valorizar, amar e cuidar do seu povo e de ser capaz de dar a vida por isso.

Antes disso, no início, Thor era ávido pela guerra. Ele lutaria e mataria milhares de homens simplesmente pelo amor à batalha, algo tão valioso aos asgardianos no princípio. O desenvolvimento do personagem o modifica e é possível vermos um Thor mais centrado ao final da jornada. Apesar de lutar na batalha de Wakanda, ele não mata sem propósito. Ele mata pelo povo.

Aqui nós temos outra diferença primordial de Thor com o Capitão América. Steve Rogers é um homem definido pela guerra. Além disso, ele é atraído pela guerra. O vilão Ultron diz a ele em certo momento de Vingadores: Era de Ultron: “Capitão América, homem justo de Deus, fingindo que poderia viver sem guerra”. Sua sede por batalha apenas pela batalha é, portanto, mais um fator para sua incapacidade de ser digno do Mjolnir.

Capitão América e a guerra

A essência da briga entre Steve Rogers e Tony Stark em Capitão América: Guerra Civil está na diferença das suas opiniões sobre como defender o mundo. Enquanto o Homem de Ferro acredita que eles podem se submeter a algumas regras e agir junto ao Estado, Capitão sabe que as coisas não assim tão simples, e que não se pode confiar no Estado. Mais do que isso, Steve quer lutar contra essa imposição. Desde que tomou o soro do super soldado, quando ainda era magro, franzino e fraco, Steve entende que precisa respeitar e valorizar a sua própria força. Sua força é o seu Deus, que o encaminha para o campo de batalha sempre. Especialmente quando seus princípios estão em jogo.

No fim das contas, Ultron estava certo: Capitão precisa da guerra. Tudo ligado a ele está ligado à guerra,  impedindo-o de ter a capacidade de ver áreas morais acinzentadas quando são necessárias. Com o soro, ele não é mais esperto, ele é mais forte. Sua resposta natural a qualquer coisa que ameace seu senso de ordem moral é o conflito. Isso o coloca em uma zona sombreada na moral. Isso o torna indigno para o Mjolnir.

E aí, agora você entendeu por que o capitão não pode segurar o Mjolnir? Gostou? Concorda? Comenta a sua opinião aqui com a gente e compartilha essa matéria com os seus amigos nas suas redes sociais. E para você que também não é digno do Mjolnir, aquele abraço.

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