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Viagem no tempo é possível sem causarmos caos no futuro? Cientista diz que sim

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Ao longo dos anos, a humanidade tem buscado desvendar os mistérios das viagens no tempo. Até o momento, nenhum indivíduo parece ter alcançado tal feito.

Surge então a principal questão: como seria possível viajar no tempo sem deixar rastros de alterações, evitando assim o terrível paradoxo?

Uma questão ainda mais complexa se apresenta: qual seria a essência inicial da viagem no tempo? Como seria concebível dentro dos limites da experiência humana?

Curiosamente, esse enigma considerável foi desafiado alguns anos atrás por Germain Tobar, um estudante de física da Universidade de Queensland, na Austrália.

Ele alega ter desvendado a arte de “elevar os números ao quadrado”, ou seja, desbravando as viagens no tempo sem chegar a qualquer paradoxo aparente.

Estudos das viagens no tempo

Via Flickr

Em 2020, Tobar esclareceu que a dinâmica clássica afirma que, ao conhecer o estado de um sistema em um momento específico, podemos reconstruir toda a história do sistema.

Contrariando essa visão, a teoria da relatividade geral de Einstein sugere a possibilidade de loops temporais ou viagens no tempo, nos quais um evento pode existir tanto no passado quanto no futuro de si mesmo.

Essa perspectiva teórica, em essência, desafia e subverte o estudo da dinâmica convencional.

De acordo com informações do Science Alert, os cálculos indicam que o espaço-tempo tem a capacidade potencial de se autoajustar para evitar a ocorrência de paradoxos.

Imaginemos um viajante do tempo que se desloca ao passado com o objetivo de conter a propagação de uma doença, como a Covid-19.

Se ele alcançar sucesso nessa empreitada, pode surgir o paradoxo de que não haverá a presença da doença para justificar a viagem no tempo e sua prevenção.

O estudo de Tobar sugere que, mesmo em caso de sucesso inicial, a doença pode encontrar outras vias ou métodos de disseminação, eliminando assim o paradoxo que se apresentaria.

A teoria, abordada por Tobar e divulgada no periódico “Gravidade Clássica e Quântica”, pode ser complexa para não-matemáticos, mas investiga a influência de processos determinísticos (sem aleatoriedades) em um número arbitrário de regiões no contínuo espaço-tempo.

Além disso, ela demonstra como curvas fechadas semelhantes ao tempo, conforme previsto por Einstein, podem ajustar-se às regras do livre arbítrio e da física clássica.

“Os resultados são quase dignos de ficção científica”, afirmou Fabio Costa, físico e supervisor da pesquisa na Universidade de Queensland, na Austrália.

Buracos na teoria

Via Freepik

O trabalho de Tobar, entretanto, aborda a questão ao propor a hipótese de que a viagem no tempo é factível. No entanto, os viajantes temporais estariam sujeitos a restrições no que poderiam realizar no passado, a fim de evitar a ocorrência de paradoxos.

Em outras palavras, embora tenhamos certa liberdade de ação, o tempo e o espaço se adaptariam de maneira a evitar qualquer surgimento de paradoxos.

Apesar de os cálculos poderem estar corretos, a materialização da dobra espaço-temporal permanece como uma ilusão. Isso porque as máquinas do tempo concebidas até o momento são fundamentadas em conceitos tão abstratos que se limitam a meros cálculos em uma página.

Mesmo diante das tentativas de criar paradoxos, os eventos continuam a se ajustar de modo a evitar qualquer inconsistência.

O vasto conjunto de processos matemáticos que desvendamos sugere que a viagem no tempo, com livre arbítrio, é logicamente possível em nosso Universo, sem que ocorram paradoxos, conforme declara Fabio Costa, físico da Universidade de Queensland, na Austrália.

Essas inovações, unidas ao conhecimento que temos no momento sobre o assunto, mostram que estamos caminhando, mas ainda longe de alcançar uma possibilidade prática real de testar qualquer teoria.

 

Fonte: Olhar Digital

Imagens: Flickr, Freepik

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