Ciência e Tecnologia

Vida extraterrestre pode existir nestes 4 lugares estranhos

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Recentes estudos indicam que pode existir vida extraterrestre em locais improváveis dentro do nosso Sistema Solar, aumentando o otimismo de muitos astrobiólogos.

Embora a busca por vida extraterrestre tenha se concentrado principalmente em Marte, pesquisas revelaram sinais encorajadores em lugares surpreendentes.

É o caso dos mares gelados de metano em Titã, as nuvens venusianas e os oceanos profundos de Encélado.

A seguir, apresentaremos alguns desses prováveis locais e suas características que aumentam o otimismo dos astrobiólogos.

Locais onde pode existir vida extraterrestre

Encélado

Sob a crosta gelada de Encélado, uma lua de Saturno, encontra-se um oceano global de água líquida contendo a maioria dos ingredientes necessários para sustentar a vida extraterrestre.

Cientistas planetários realizaram estudos com base em dados coletados ao longo de sete anos pela missão Cassini da NASA.

Durante essa missão, um instrumento chamado Analyser for Cosmic Dust da Cassini capturou amostras de enormes plumas compostas por gelo e água.

Elas eram ejetadas de rachaduras na superfície congelada de Encélado. Surpreendentemente, essas plumas continham moléculas de fósforo.

O fósforo é um elemento essencial para a vida, pois se combina com o oxigênio para formar fosfato. Esse é um componente fundamental do DNA e das membranas celulares.

Enquanto os oceanos terrestres possuem uma abundância desse elemento, é a primeira vez que encontramos fósforo em um oceano alienígena.

Com base nas informações sobre a composição de Encélado e nos novos dados, os cientistas conseguiram criar um ambiente semelhante ao da lua de Saturno em laboratório.

Descobriu-se que o oceano de Encélado pode conter até 100 vezes mais fosfato do que a Terra. Isso sugere a possibilidade de outros mundos oceânicos em nosso Sistema Solar abrigarem condições propícias para a vida extraterrestre.

Via Só Científica

Vênus

Apesar das especulações ao longo dos anos sobre a possibilidade de vida extraterrestre nas nuvens venusianas, um novo estudo indica que os blocos fundamentais da vida podem realmente sobreviver lá.

Pesquisadores conduziram testes com adenina, citosina, guanina, timina e uracila – componentes essenciais do DNA e RNA – em condições similares àquelas encontradas na atmosfera superior de Vênus, composta principalmente por ácido sulfúrico.

Apesar da superfície de Vênus ser hostil à vida como conhecemos, ela não apresenta clima árido. Essa mudança foi essencial na determinação de novas teorias.

Essa descoberta contraria as expectativas convencionais e sugere que as bases do DNA poderiam sobreviver nesse ambiente ácido.

Entretanto, essa molécula de fosfato, que faz parte da estrutura espinhal do DNA, decompõe-se rápido no ácido sulfúrico.

Portanto, se a vida realmente existisse nas nuvens venusianas, a evolução teria desenvolvido alguma outra estrutura para preservar as informações genéticas intactas.

Titã

Embora Titã, a maior lua de Saturno, possa parecer semelhante à Terra, com lagos, rios e chuvas, essa semelhança é apenas superficial.

Inclusive, essas poças possuem metano líquido e etano, com clima extremamente frio, cerca de 300 graus negativos, de modo que a água é tão firme quanto pedra.

No entanto, mesmo nessas condições inóspitas, não podemos descartar a possibilidade de vida extraterrestre.

Um estudo recente sugere que a cratera Selk, uma área que será explorada pela espaçonave Dragonfly da NASA em cerca de uma década, pode ter reunido os ingredientes necessários para o surgimento da vida após uma colisão.

Essa colisão criou um lago composto por água líquida e metano. No entanto, ele persistiu por milhares de anos, oferecendo um ponto de partida potencial para reações bioquímicas.

Além disso, sob a superfície congelada, também podem existir fontes geotérmicas que impulsionam a água amoniacal em direção aos mares de hidrocarbonetos.

Essas condições poderiam criar pequenos oásis térmicos propícios para abrigar formas de vida desconhecidas.

Via Só Científica

Lua

Por fim, é possível que estejamos espalhando microrganismos no espaço mais próximo de nós.

De acordo com os cientistas planetários da NASA, Prabal Saxena e seus colegas, crateras permanentemente sombreadas perto do Polo Sul da Lua podem abrigar populações de micróbios extremamente resistentes, além de gelo.

As crateras conseguem proteger quaisquer resquícios de radiação, criando habitações seguras na superfície lunar.

Acredita-se que esses microrganismos também possam ser transportados por futuras missões humanas à Lua.

Essas descobertas levantam reflexões sobre o fato de que, nos próximos anos, teremos um histórico de 50 anos de presença humana e objetos na Lua sem requisitos rigorosos em relação à contaminação avançada.

Por exemplo, em uma missão recente, foram lançados tardígrados congelados na superfície lunar.

Claro, é improvável a sobrevivência por tanto tempo nesse ambiente hostil. No entanto, se esse vazamento tivesse ocorrido em um desses nichos habitáveis próximos ao Polo Sul lunar, poderíamos deixar tardígrados lunares à espera de futuras explorações.

 

Fonte: Só Científica

Imagens: Só Científica, Só Científica

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