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Vídeo mostra a reação de chimpanzé de 29 anos ao ver o céu pela primeira vez

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Os chimpanzés são os primatas do gênero Pan, da família Hominidae. Há duas espécies do gênero conhecida: os chimpanzés-comuns e os bonobos. Além do fato de serem nossos ancestrais, os chimpanzés compartilham cerca de 99% de nosso DNA, e têm comportamento muitas vezes bem parecido com os da nossa espécie.

Um exemplo disso é esse vídeo que mostra a reação de um chimpanzé de 29 anos vendo o céu pela primeira vez. A reação do animal é tão genuína que encantou todas as pessoas nas redes sociais.

Pode parecer estranho um animal de 29 anos nunca ter visto o céu, mas nesse caso em específico, a fêmea viveu seus dois primeiros anos em um laboratório em Nova York e depois disso foi pra a Califórnia, onde morava em um cercado com um telhado que não a deixava ver o céu.

Vendo o céu pela primeira vez

O momento em que a chimpanzé fêmea vê o céu pela primeira vez foi divulgado pela organização Save the Chimps. Isso aconteceu quando ela chegou a um santuário na Flórida que tem aproximadamente outros 200 chimpanzés.

De acordo com o New York Post, esse santuário tem 150 acres, o que é quase o tamanho de 60 campos de futebol, dedicado para que esses animais possam viver por lá.

“Nada que um abraço encorajador do alfa, Dwight, não pudesse consertar”, disse a organização a respeito da chegada do chimpanzé ao santuário.

“Vanilla está se adaptando muito bem. Quando ela não está explorando a ilha com seus amigos, ela geralmente pode ser encontrada no topo de uma plataforma de escalada de três andares, inspecionando o seu novo mundo”, concluiu o primatologista da organização Andrew Halloran.

Chimpanzé

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Meus animais

Além dessa reação tida por Vanilla ser parecida com a de humanos, ou no caso bebês descobrindo as coisas, os chimpanzés têm outros comportamentos que se assemelham aos nossos, como por exemplo, a forma como eles batem os lábios juntos em um ritmo parecido com o da nossa fala. E de acordo com um novo estudo, isso pode ser uma pista de onde os ancestrais humanos conseguiram o dom da linguagem.

A evolução da fala é um mistério para todos, e existem poucas pistas vistas em primatas não humanos. Alguns cientistas até propuseram que a fala veio de expressões faciais rítmicas e não de vocalizações de primatas.

É sabido que, independentemente do idioma, o ser humano abre a boca de duas a sete vezes por segundo quando estão conversando. E cada ciclo de abertura e fechamento corresponde a uma sílaba.

Por mais que os ritmos universais da fala humana e os rápidos ciclos de abertura e fechamento da boca já tenham sido encontrados nos gestos de orangotangos e macacos, essa foi a primeira vez que o ritmo foi identificado em chimpanzés.

Os pesquisadores compararam as gravações de quatro populações de chimpanzés, selvagens e em cativeiro. E com isso, descobriram que esses animais também produzem batidas labiais em um ritmo médio de quatro hertz.

O que essa descoberta pode nos dizer sobre a nossa evolução é bem limitado. Mas como essas batidas são um dos aspectos característicos da fala humana, a descoberta pode ajudar a fazer a conexão vocal primata com a fala humana na linha do tempo evolutiva.

Um estudo feito em 2019 descobriu que quando 2.137 gestos de chimpanzés foram classificados em grupos e a duração média foi calculada, eles obedeciam alguns dos mesmos princípios matemáticos básicos da fala humana. A nova pesquisa foi liderada pelos pesquisadores da Universidade de St. Andrews e eles concluem que suas “descobertas apoiam a hipótese de que a fala recrutou sinais rítmicos de primatas antigos”.

“No entanto, essa possibilidade permanece como tentativa. Até que dados novos e mais detalhados sejam disponibilizados por primatas não hominídeos e hominídeos”, acrescentam.

Por mais que as batidas labiais dos macacos e gibões sejam suspeitadamente inatas, existem evidências de que os vocais dos orangotangos são possivelmente aprendidos. E esse também poderia ser o caso dos chimpanzés, que geralmente fazem sons quando se preparam para começar ou prolongar a interação social.

“Em nossas próprias análises, parecia haver variação na frequência com que os chimpanzés individuais produziam batidas labiais. Com alguns nunca ou muito raramente produziam batidas labiais, apesar das horas de observação semelhantes às dos membros do grupo”, escreveram os autores.

Fonte: O tempo

Imagens: YouTube, Meus animais

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