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11 capitais devem bater recorde de calor do ano até o fim de semana

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Nesta quarta-feira, 20 de setembro de 2023, três cidades brasileiras, Campo Grande, Boa Vista e Goiânia, estabeleceram novos recordes de temperatura máxima para o ano.

Além disso, outras oito capitais estão previstas para superar seus recordes até o final de semana, quando se espera que a onda de calor atinja seu pico. Essas informações foram divulgadas pelo serviço de meteorologia Climatempo.

Em Campo Grande, a temperatura máxima atingiu 36,0ºC, superando o recorde anterior de 35,2ºC estabelecido em 2023.

Em Goiânia, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou uma temperatura máxima de 38,3ºC, ultrapassando o recorde anterior de 37,7ºC, que ocorreu em 13 de setembro.

Boa Vista também viu os termômetros subirem, atingindo 40,6ºC, superando o recorde anterior de 40,1ºC registrado nos dias 9 e 15 de setembro.

Via Freepik

A Climatempo alertou que é possível que ocorram recordes históricos para o mês de setembro, e até mesmo recordes absolutos de calor em algumas áreas.

Além disso, o Distrito Federal teve sua tarde mais quente do ano nesta quarta-feira, com a estação meteorológica na região administrativa do Gama (no entorno de Brasília) registrando 34,6ºC.

As temperaturas devem continuar a subir nessas três capitais nos próximos dias, com a possibilidade de quebrar novos recordes.

Além disso, o Climatempo também divulgou as previsões de temperatura máxima para outras capitais no fim de semana, que podem registrar recordes de calor:

  • Curitiba: até 35ºC
  • São Paulo: até 38ºC
  • Rio de Janeiro: até 41ºC
  • Belo Horizonte: até 36ºC
  • Vitória: até 36ºC
  • Campo Grande: até 39ºC
  • Cuiabá: até 43ºC
  • Goiânia: até 38ºC
  • Brasília: até 34ºC
  • Palmas: até 40ºC
  • Teresina: até 40ºC

No início desta semana, o Inmet divulgou uma série histórica com as maiores temperaturas já registradas em cada uma das capitais.

Temperatura máxima de 35ºC

Devido ao agravamento da onda de calor que está impactando o Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) elevou o nível de alerta, colocando mais estados sob um aviso de “grande perigo” devido às temperaturas que ultrapassam a média.

O alerta mais recente emitido pelo Inmet é da categoria “vermelho”, indicando um “grande perigo”.

Atualmente, um total de nove estados estão sob esse alerta: Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Além disso, nesta sexta-feira, 22 de setembro, os termômetros podem atingir ou até mesmo superar os 35ºC em onze capitais. Em duas delas, Palmas (TO) e Cuiabá (MT), a previsão aponta para temperatura máxima de 40ºC.

Assim, as temperaturas previstas são as seguintes:

  • Boa Vista: 36ºC
  • Campo Grande: 37ºC
  • Cuiabá: 40ºC
  • Goiânia: 37ºC
  • Macapá: 35ºC
  • Manaus: 36ºC
  • Palmas: 40ºC
  • Porto Velho: 37ºC
  • Rio Branco: 35ºC
  • Rio de Janeiro: 35ºC
  • Teresina: 39ºC

O aumento das temperaturas está diretamente relacionado ao El Niño mais intenso deste ano e à Crise do Clima, causada pela emissão de gases de efeito estufa. Dessa forma, torna os eventos climáticos extremos mais frequentes.

Via Veja

El Niño

O El Niño é um fenômeno climático natural e recorrente que ocorre no Oceano Pacífico tropical.

Ele faz parte do fenômeno maior chamado “El Niño-Oscilação Sul” (ENOS) e envolve uma alteração significativa nos padrões de temperatura da superfície do mar e dos ventos alísios na região equatorial do Pacífico.

Normalmente, nas condições de um ano típico, os ventos sopram do leste para o oeste, empurrando águas quentes da superfície do oceano para o oeste do Pacífico tropical.

Essas águas quentes acumulam-se perto da Indonésia e do norte da Austrália, enquanto águas mais frias surgem na costa oeste da América do Sul, em um fenômeno conhecido como “La Niña”.

No entanto, durante o evento El Niño, ocorre uma inversão ou enfraquecimento dos ventos alísios, o que leva ao aquecimento anormal das águas do Pacífico central e leste, perto da costa oeste da América do Sul.

Esse aquecimento anômalo da superfície do mar tem impactos significativos nos padrões climáticos globais, afetando o clima em várias partes do mundo.

Efeitos

O El Niño pode causar secas em algumas regiões, como Austrália, Indonésia e partes da América do Sul, enquanto aumenta a probabilidade de chuvas intensas em outras, como o oeste da América do Sul e a costa oeste da América do Norte.

Ainda, pode levar ao aumento das temperaturas em algumas áreas e ao resfriamento em outras, como está acontecendo.

Além disso, está associado a um aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos, como furacões no Pacífico oriental e incêndios florestais em algumas áreas devido às condições mais secas.

Por isso, metereologistas acompanham a passagem do fenômeno e alertam para as cidades sul-americanas ficarem atentas.

 

Fonte: G1, UOL

Imagens: Freepik, Veja

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