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3 previsões de Tim Berners-Lee, o “Pai da Web”, para o futuro

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Comemorando os 35 anos da criação da Web, as previsões de Tim Berners-Lee ganham força entre os internautas.

O físico foi responsável por desenvolver a World Wide Web em 1989, transformando a maneira como as pessoas exploram a internet e garantindo-lhe o título de “Pai da Web”.

Agora, com o olhar fixo no futuro, ele definiu algumas previsões sobre o destino da internet e da tecnologia em geral.

Em uma entrevista, Berners-Lee discutiu questões de privacidade, a dinâmica do mercado das gigantes de tecnologia em meio a preocupações regulatórias e o potencial impacto da inteligência artificial nesse campo.

3 previsões de Tim Berners-Lee para o futuro

1. Todos terão um assistente de IA

Via Flickr

A primeira previsão aborda algo cada vez mais próximo no mundo da tecnologia. Com os avanços da IA generativa e a disponibilidade de recursos desse tipo em dispositivos móveis, cada indivíduo poderá contar com um assistente pessoal que trabalhe para si.

Conforme as previsões de Tim Berners-Lee, isso seria algo para se conquistar, tendo mais conforto e confiança em um assistente personalizado somente para a pessoa.

Vale notar que o cenário tem evoluído rapidamente desde o lançamento do ChatGPT no final de 2022.

O ano de 2023 viu o surgimento de diversos chatbots no mercado, como o Google Gemini e o Microsoft Copilot, além de ferramentas para geração de imagens e vídeos.

Nos primeiros meses de 2024, já conhecemos assistentes mais poderosos em dispositivos móveis, como o Galaxy AI da Samsung.

2. Maior controle sobre dados pessoais

A segunda das previsões de Tim Berners-Lee também destaca um dos projetos atuais do físico. Isso porque ele é cofundador da Inrupt, uma empresa focada no desenvolvimento de soluções para conceder às pessoas maior controle sobre seus próprios dados e compartilhar apenas o necessário com cada aplicativo.

Para alcançar esse objetivo, a proposta é armazenar as informações em conjuntos denominados “pods”. Essa tecnologia poderia, no futuro, transferir o controle dos dados das Big Techs para cada indivíduo.

Assim, o portador teria total controle sobre o que acessar, em um ambiente onde se sentisse confortável.

A concepção é de que as informações possam ser transferidas de maneira fluida entre dispositivos, permitindo que cada indivíduo continue sua experiência em um headset de VR, celular, computador ou qualquer outro aparelho.

Além da abordagem dos pods, vale ressaltar que a ideia de retirar o controle dos dados das Big Techs também motiva a criação da internet descentralizada.

Isso ajudaria a estabelecer redes sociais e outros sites que não dependem exclusivamente de um único servidor. Dessa forma, os usuários poderiam transferir informações entre plataformas sem perder o acesso à sua conta, por exemplo.

3. Fim das Big Techs

Berners-Lee encerra suas previsões afirmando que é possível que uma das Big Techs venha a quebrar no futuro, embora não mencione nomes específicos.

Esse cenário poderia ser resultado de sanções impostas por órgãos reguladores, como a Lei de Mercados Digitais na União Europeia, que estabelece uma série de regulamentações para limitar o poder das grandes empresas e promover a concorrência.

Conforme o físico aponta, as coisas estão evoluindo rapidamente. A IA está transformando tudo, e os monopólios que surgiram podem acabar.

O pai da web expressa preferência pelo mínimo envolvimento de órgãos reguladores, argumentando que o espírito da internet pressupõe que as empresas de tecnologia “façam a coisa certa por iniciativa própria”.

Via Flickr

Tim Berners-Lee e a Web

Tim Berners-Lee não é o criador da internet em si, mas foi o responsável pelo desenvolvimento da forma mais famosa de uso, tornando o acesso a todos os tipos de conteúdo mais acessível.

Enquanto trabalhava no CERN, uma organização europeia, em 1989, Berners-Lee concebeu um sistema que se baseava no conceito de hipertexto.

Com a capacidade de incluir links dentro de outros links, conseguiu conectar os protocolos NCP e DNS, possibilitando a criação de sites.

Foi assim que nasceu a World Wide Web. O primeiro site da história, chamado The Project, foi ao ar em 1991 como uma demonstração de todas essas novas funcionalidades. Dois anos depois, em 1993, o código-fonte da WWW foi disponibilizado, abrindo caminho para a popularização da web.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: Flickr, Flickr

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