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500 tijolos por hora: empresa quer revolucionar construções com um robô e já começa testes

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Conforme o tempo vai passando, os robôs vão ficando cada vez mais inteligentes. Isso pode ser visto em alguns deles, que até conseguem aprender a tomar decisões sozinhos. Atualmente, eles podem fazer coisas que antes eram imaginadas possíveis somente nos filmes de ficção científica. Mesmo que isso possa ser motivo de medo e ressalvas por algumas pessoas, esse avanço tecnológico vem para ajudar a humanidade.

Por exemplo, a FBR, uma empresa australiana, tem o objetivo de revolucionar a indústria da construção. Para isso, ela desenvolveu um robô que consegue manusear 500 blocos por hora e levantar paredes, sejam externas ou internas, de uma casa em somente um dia.

O robô se chama Hadrian X e foi criado para conseguir colocar blocos ao ar livre na velocidade da luz. Conforme a empresa responsável por ele, a tecnologia usada por ele é pioneira e foi trabalhada durante anos até que se chegasse ao design visto atualmente.

Robô

IGN

Esse robô é um caminhão com um braço telescópico enorme, de 32 metros, que de acordo com os responsáveis, faz com que ele possa levantar muros de três andares na beira de uma estrada.

Ainda de acordo com a FBR, o Hadrian X foi criado para conseguir colocar até 500 blocos por hora, o que equivale a aproximadamente 120 metros quadrados, e conseguir finalizar as paredes internas e externas de uma “casa padrão de tijolos duplos” em um dia.

“Ele foi projetado para colocar blocos comercialmente disponíveis, bem como outros que ainda não estão disponíveis, incluindo tijolos grandes de até 600 mm x 400 mm x 300 mm e pesando até 45 quilos”, disse a empresa.

Através do desenho modular da serra que o robô tem, ele consegue fazer cortes diferentes em altura e durante o trabalho ele usa um “adesivo” especial que vai no lugar da argamassa. Essa mudança, conforme diz a FBR, faz com que as paredes acabem ganhando resistência.

Revolução

Em maio, eles anunciaram a conclusão de uma casa feita por aproximadamente 4.300 unidades de alvenaria de concreto. Em setembro, a empresa contou sobre um projeto com 16 casas geminadas, e há poucas semanas eles disseram ter concluído uma estrutura com blocos de formato grande a uma taxa de mais de 240 peças por hora.

A FBR disse que mudará a maneira como se coloca tijolos, que nos últimos milênios permaneceu praticamente inalterada. Para trabalhar, Hadrian X usa um modelo CAD 3D e um processo que, de acordo com a empresa, gera menos resíduos do que as formas tradicionais.

E para que o processo seja mais eficiente, a empresa usa um software de otimização que traduz os esboços em prática. “Minimiza o manuseio e o desperdício de produtos de bloco para melhorar a eficiência da construção residencial”, informou a FBR.

Futuro

Assim como a FBR, outras empresas estão com o olhar no futuro e o uso de robôs para as mais variadas tarefas. Uma delas é a Agility Robotics. A empresa tem o objetivo de fazer a primeira linha de robôs humanoides produzidos em massa. Cada robô, chamado Digit, tem duas pernas e dois braços projetados para conseguirem fazer movimentos de forma livre e trabalhar junto com os humanos em fábricas e armazéns.

A fábrica em Oregon, nos EUA, de 70 mil metros quadrados, é chamada de RoboFab e é a primeira desse tipo que a empresa constrói. De acordo com a empresa, a capacidade máxima de produção por ano será de 10 mil unidades.

Ao todo, mais de 500 pessoas irão ser contratadas para trabalhar nessa fábrica. No entanto, até o momento a Agility Robotics disse que o foco é na instalação e nos testes das primeiras linhas de produção.

“É um esforço muito grande, não algo em que você aperta um interruptor e de repente o liga. O ponto de inflexão hoje é que estamos abrindo a fábrica, instalando as linhas de produção e começando a aumentar a capacidade e a escala com algo que nunca foi feito antes”, disse Aindrea Campbell, COO da Agility Robotics.

Ainda conforme a empresa, o Digit tem um fator de forma humana para que ele consiga se levantar, classificar e manobrar e ao mesmo tempo se manter equilibrado, além de poder também operar em ambientes em que estruturas poderiam limitar o uso da robótica. E esses robôs têm baterias de íons de lítio recarregáveis.

Mesmo que eles sejam humanoides, eles não têm uma mão com cinco dedos. Ao invés disso, elas são mais parecidas com luvas ou com garras. “As mãos de estilo humano são muito complexas. Quando vejo robôs que têm cinco dedos, penso: ‘Oh, ótimo. Alguém construiu um robô, então eles construíram mais dois robôs nesse robô.’ Você deve ter uma ‘mão’ que não seja mais complexa do que você precisa para o trabalho”, explicou Damion Shelton, cofundador e CEO da Agility Robotics.

Outras coisas que esses robôs podem fazer é atravessar escadas, agachar-se em espaços apertados, descarregar contêineres e mover materiais para dentro ou para fora de um palete ou de um transportador e ajudar na classificação e divisão do material em outros paletes.

O plano da Agility Robotics é colocar esses robôs para transportar materiais na fábrica da empresa. E os parceiros preferenciais da empresa irão ser os primeiros a receber esses robôs já no próximo ano. O objetivo da Agility Robotics é ganhar de sua concorrente, a Tesla, que também atua nessa produção de robôs humanoides.

Fonte:  IGN,  Olhar digital

Imagens: IGN, YouTube

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