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Cientistas criam robô que detecta sons humanos

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Conforme o tempo vai passando, os robôs vão ficando cada vez mais inteligentes. Isso pode ser visto em alguns deles, que até conseguem aprender a tomar decisões sozinhos. Atualmente, eles podem fazer coisas que antes eram imaginadas possíveis somente nos filmes de ficção científica. Mesmo que isso possa ser motivo de medo e ressalvas por algumas pessoas, esse avanço tecnológico vem para ajudar a humanidade.

Como por exemplo, esse método robótico alternativo feito por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech) que é capaz de localizar humanos através de ruídos que são produzidos naturalmente pelo corpo quando ele está em movimento.

Com essa tecnologia, os robôs irão poder identificar a presença de pessoas no mesmo ambiente e com isso evitar colisões e possíveis acidentes. Conforme os pesquisadores disseram em um artigo no arXiv, o sistema é “uma ampla gama de sistemas robóticos”.

Robô

O método pelo qual eles conseguem localizar as pessoas é dependente de algoritmos de aprendizado de máquina. E para que ele funcionasse, os pesquisadores tiveram que compilar um conjunto de dados para treinar a plataforma.

Esse conjunto de dados foi chamado de Robot Kidnapper. Ele tem 14 horas de gravações de áudio de alta qualidade e imagens de câmera com uma visão 360. As gravações vieram de testes experimentais envolvendo movimentos humanos em volta de um robô.

“Muitas vezes, na robótica, a detecção acústica humana exige que a pessoa produza sons estranhos, como falar ou bater palmas. Com base nesses interesses, queríamos ver se os sons sutis e incidentais que os humanos produzem inadvertidamente enquanto se movem podem ser aquele sinal ‘livre'”, disse Mengyu Yang, um dos autores do artigo.

“Para coletar o conjunto de dados, registramos os participantes movendo-se em torno de um robô Stretch RE-1 em vários níveis de ‘furtividade’ (por exemplo, andando silenciosamente, andando normalmente, etc.). Com esses dados, somos capazes de treinar modelos de aprendizado de máquina que captam áudio na forma de espectrogramas e preveem se há realmente uma pessoa por perto e, em caso afirmativo, sua localização em relação ao robô”, concluiu.

Futuro

O uso de robôs no futuro irá ser ainda maior do que já é visto hoje em dia. Tanto é que a Agility Robotics está em fase de conclusão de uma fábrica em Oregon, nos EUA, onde ela tem o objetivo de fazer a primeira linha de robôs humanoides produzidos em massa. Cada robô, chamado Digit, tem duas pernas e dois braços projetados para conseguirem fazer movimentos de forma livre e trabalhar junto com os humanos em fábricas e armazéns.

Essa fábrica, de 70 mil metros quadrados, é chamada de RoboFab e é a primeira desse tipo que a empresa constrói. De acordo com a empresa, a capacidade máxima de produção por ano será de 10 mil unidades.

Ao todo, mais de 500 pessoas irão ser contratadas para trabalhar nessa fábrica. No entanto, até o momento a Agility Robotics disse que o foco é na instalação e nos testes das primeiras linhas de produção.

“É um esforço muito grande, não algo em que você aperta um interruptor e de repente o liga. O ponto de inflexão hoje é que estamos abrindo a fábrica, instalando as linhas de produção e começando a aumentar a capacidade e a escala com algo que nunca foi feito antes”, disse Aindrea Campbell, COO da Agility Robotics.

Ainda conforme a empresa, o Digit tem um fator de forma humana para que ele consiga se levantar, classificar e manobrar e ao mesmo tempo se manter equilibrado, além de poder também operar em ambientes em que estruturas poderiam limitar o uso da robótica. E esses robôs têm baterias de íons de lítio recarregáveis.

Mesmo que eles sejam humanoides, eles não têm uma mão com cinco dedos. Ao invés disso, elas são mais parecidas com luvas ou com garras. “As mãos de estilo humano são muito complexas. Quando vejo robôs que têm cinco dedos, penso: ‘Oh, ótimo. Alguém construiu um robô, então eles construíram mais dois robôs nesse robô.’ Você deve ter uma ‘mão’ que não seja mais complexa do que você precisa para o trabalho”, explicou Damion Shelton, cofundador e CEO da Agility Robotics.

Outras coisas que esses robôs podem fazer é atravessar escadas, agachar-se em espaços apertados, descarregar contêineres e mover materiais para dentro ou para fora de um palete ou de um transportador e ajudar na classificação e divisão do material em outros paletes.

O plano da Agility Robotics é colocar esses robôs para transportar materiais na fábrica de empresa. E os parceiros preferenciais da empresa irão ser os primeiros a receber esses robôs já no próximo ano. O objetivo da Agility Robotics é ganhar de sua concorrente, a Tesla, que também atua nessa produção de robôs humanoides.

Fonte: Olhar digital

Imagens: YouTube

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