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58 pessoas morreram após seguir seita que pregava jejum no Quênia

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Um caso alarmante ocorrido no Quênia dominou as redes sociais, com a descoberta de uma seita religiosa que prega o jejum até a morte e causou a morte de 58 pessoas.

Segundo informações, a seita instruía seus seguidores a jejuarem por até 40 dias, sem água nem comida, com o objetivo de alcançar uma “cura divina”.

Esse tipo de prática é extremamente perigosa, já que o corpo humano não é capaz de sobreviver sem água por mais de alguns dias, e sem comida por mais de algumas semanas.

Além disso, o jejum prolongado pode causar danos irreparáveis aos órgãos internos, levando à morte por falência múltipla dos órgãos.

As autoridades do Quênia receberam alertas sobre as atividades da seita e estão realizando operações para tentar descobrir os culpados.

Líder

Via The Standard

A Good News International Church é liderada por Paul Mackenzie Nthenge, apontado como principal orientador do jejum até a morte.

Segundo denúncias recebidas pela polícia, os seguidores da igreja estavam morrendo de fome, com enterro secreto em covas rasas na área vegetativa.

Paul Mackenzie Nthenge foi preso após as autoridades terem tomado conhecimento dos fatos.

Acredita-se que a prática drástica tenha motivação por uma crença de que essa recusa em se alimentar faria com que os membros do culto entrassem no reino dos céus.

Passado

Há um mês, os órgãos oficiais receberam alertas sobre a conduta do pastor, após as mortes de duas crianças cujos pais eram membros do grupo religioso dele.

De acordo com informações do The Guardian, o pastor teria sido solto da prisão após o pagamento de uma fiança, na ocasião. Além disso, o líder da seita se recusou a se alimentar durante o período em que esteve sob custódia.

Autoridades quenianas conseguiram resgatar 15 sobreviventes da Good News International Church, todos apresentando sinais de desnutrição.

Entretanto, alguns deles continuaram com o jejum até a morte após os esforços das autoridades, o que resultou no falecimento de quatro indivíduos.

Desdobramentos

Via UOL

Segundo Kithure Kindiki, ministro do interior do Quênia, por meio de sua conta no Twitter, eles mobilizaram um número suficiente de oficiais de segurança para isolar a floresta de 800 acres, sendo esta a cena de crime.

Até o momento, foram descobertos 58 corpos e 112 pessoas permanecem desaparecidas, o que pode resultar em um aumento no número de vítimas fatais da seita.

Isso por conta não apenas devido à descoberta de mais covas, mas também devido ao estado de inanição dos membros. Isso pode ter levado muitos à morte antes do resgate.

Kindiki também destacou a necessidade de maiores regulações em relação à liberdade religiosa, cujo abuso de Paul Mackenzie Nthenge levou ao que descrevem como “o massacre da floresta de Shakahola”.

O representante governamental reforçou que respeita as crenças religiosas do grupo. No entanto, isso não se qualifica apenas como culto ou manifestação, mas um crime.

Por isso, é necessário punir o líder com severidade, além de reforçar as leis religiosas do país. Atualmente, não existem regulações concretas para mesquitas e igrejas, e isso pode mudar após esse acontecimento.

Atualizações

As autoridades quenianas continuam investigando o caso da seita de jejum até a morte, por conta das dezenas de pessoas identificadas. Até o momento, encontraram 58 corpos. No entanto, 112 pessoas ainda estão desaparecidas. Isso aumenta a possibilidade de descobrirem mais vítimas nos próximos dias.

A mídia tem acompanhado de perto o caso, relatando as últimas atualizações e declarações das autoridades locais. Além disso, o episódio tem gerado grande comoção e indignação tanto no Quênia quanto em outros lugares do mundo.

Agora, mais líderes internacionais podem acionar o ministro para falar sobre as regulamentações mais rigorosas quanto à atuação de grupos religiosos que colocam em risco a vida de seus seguidores.

Por fim, as autoridades locais estão tomando medidas para garantir que a situação seja investigada com rigor e que a justiça seja feita às vítimas e suas famílias.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, The Standard

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