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7 em 10 alunos no Brasil não sabem o básico de matemática, diz prova mundial

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Estamos há tanto tempo vivendo com a matemática, que é difícil imaginar a vida sem ela, e isso também vale para aqueles que não são muito bons em contas numéricas. Isso porque a matemática está em tudo a nossa volta. Mesmo assim, de acordo com o Pisa 2022, que é a principal avaliação de educação básica no mundo, sete a cada dez estudantes do Brasil de 15 anos não aprenderam o mínimo esperado dessa matéria.

O ponto é que os alunos não conseguem resolver contas simples e nem fazer a comparação entre duas rotas. Além disso, eles também não sabem fazer equações que são tidas como simples.

Para se ter uma noção, nos países da OCDE, que é o “clube dos ricos”, o percentual de alunos que tem baixo desempenho em matemática é de 31%, já no Brasil ele é de 73%. Esses dados foram divulgados nessa terça-feira, mas são referentes a 2022.

Aprendizado

COC

De todos os alunos, somente 1% teve os melhores níveis de rendimento em matemática. O ranking é liderado por Singapura, onde 41% dos alunos conseguiram chegar nesse indicador. Depois dele vem Macau, Japão e Coreia. Enquanto que o Brasil está na 64° posição.

Entre os estudantes brasileiros, os mais ricos conseguiram 77 pontos a mais do que os mais pobres. No entanto, essa desigualdade foi menor com relação à média de 37 países da OCDE, que tem 93 pontos.

Esse desempenho baixo em matemática visto no nosso país pode ser resultado da falta de professores da matéria e dificuldades na formação. “Há também um certo estigma contra essa disciplina que ocorre em vários países, não exclusivamente no Brasil”, disse João Marcelo Borges, gerente de pesquisa e inovação do Instituto Unibanco.

“O Pisa 2022 confirmou, com rara exceções, que a pandemia impactou os resultados de aprendizagem de boa parte do mundo. No Brasil, mesmo com a pandemia, há indícios de que políticas podem estar começando a fazer efeito, como a expansão da jornada integral, o foco na alfabetização”, disse Olavo Nogueira Filho, diretor executivo do Todos pela Educação.

“Um uso adequado de tecnologia pode auxiliar bastante [na matemática], sobretudo com gamificação, porque aumenta o interesse, desde que haja condições nas escolas e preparo dos professores. Além, é claro, de um monitoramento contínuo da aprendizagem”, pontuou Borges.

Ranking

Revista educação

O Pisa mede o desempenho dos alunos de 15 anos não apenas em matemática, mas também em leitura e ciência. No entanto, nessa edição o foco principal foram as habilidades em matemática. Veja o ranking dos melhores.

  1. Singapura
  2. Macau
  3. Taipé Chinesa
  4. Hong Kong
  5. Japã
  6. Coreia
  7. Estônia
  8. Suíça
  9. Canadá
  10. Países Baixos

Matemática

Superprof

A importância dela na vida das pessoas é indiscutível, mas outras questões a envolvendo também são pertinentes. Como por exemplo, como surgiu a matemática? Ou ainda, de onde ela veio?

Várias pessoas acreditam que a matemática é uma invenção do ser humano. Nessa teoria, ela seria como uma linguagem podendo descrever coisas reais no mundo, mas não “existe” fora da mente das pessoas que a usam.

Contudo, a escola de pensamento pitagórica da Grécia antiga tinha uma outra visão. Eles acreditavam que a realidade é fundamentalmente matemática. Agora, mais de dois mil anos depois, os filósofos e físicos estão começando a levar essa ideia a sério.

Um novo estudo argumentou que a matemática é um componente essencial da natureza que dá estrutura para o mundo físico.

Um exemplo disso é o motivo pelo qual as abelhas produzem favos hexagonais. Segundo a conjectura do favo de mel em matemática, os hexágonos são a forma mais eficiente de alinhar o avião. E se o objetivo é cobrir totalmente uma superfície usando ladrilhos de formato e tamanho uniformes, os hexágonos são a forma a se  usar.

De acordo com Darwin, as abelhas evoluíram para usar essa forma porque ela produz quantidades maiores de células para armazenar o mel para o menor gasto de energia na produção da cera.

Essa conjectura foi proposta, pela primeira vez, na antiguidade. Mas apenas em 1999 que o matemático Thomas Hales a provou.

Outro exemplo são essas duas subespécies de cigarras periódicas norte-americanas que vivem a maior parte de suas vidas no solo e a cada 13 ou 17 anos elas surgem em grandes enxames durante duas semanas.

A pergunta é: por que 13 e 17 anos e não outra periodicidade? Uma das explicações fala que esses números são números primos. E como as cigarras tem vários predadores que também vivem no solo, elas precisam sair quando seus predadores estiverem dormindo.

E com predadores, supostamente, com ciclos de vida de 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 anos qual é a melhor forma de evitá-los? Quando a cigarra com ciclo de vida de 13 anos sai do solo nenhum dos seus predadores também sairá. E a mesma coisa vale para as de 17 anos.

O que sugere que as cigarras evoluíram para explorar esses fatos básicos sobre os números. E se se procurar mais exemplos eles não serão difíceis de serem encontrados.

Portanto, se a matemática  explica tantas coisas que vemos ao nosso redor, então é improvável que seja algo criado pelo ser humano. A hipótese é que os fatos matemáticos foram descobertos, não somente pelos humanos, mas também por várias outras coisas.

Fonte: UOL, Science alert

Imagens: COC, Revista educação, Superprof

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