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92% da população do mundo não respira ar limpo. Saiba como mudar isso

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Com o passar dos anos, o planeta vem sofrendo com o aumento da poluição, e tanto os animais, quanto os homens, vêm enfrentando as consequências. As estatísticas da poluição são alarmantes e às vezes não perceptíveis, como por exemplo, com relação ao ar que respiramos.

Isso porque as partículas de poluição são praticamente imperceptíveis e vão direto para os pulmões das pessoas. Justamente por isso que a Organização das Nações Unidas (ONU) teve como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, em 2019, a poluição atmosférica.

Nessa campanha, vários alertas foram feitos a respeito das escolhas que as pessoas fazem todos os dias e como elas afetam a qualidade do ar. O objetivo da ONU é fazer com que os governos, setor privado, comunidades e pessoas comecem a explorar as energias renováveis e tecnologias verdes para que o ar respirado fique melhor e que o aquecimento global seja controlado. Isso porque, já naquela época, 92% da população do mundo não respirava ar limpo. O que se traduzia em valores, mais especificamente cinco trilhões de dólares anualmente na economia global.

Poluição do ar

ONU news

O problema com a poluição atmosférica não é uma coisa nova, mas essa situação tem colocado em risco milhares de pessoas. Tanto que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 57% das cidades do continente americano e 61% das cidades da Europa conseguiram diminuir a poluição de partículas no ar entre 2010 e 2016. Contudo, mesmo com essa diminuição, sete milhões de pessoas morrem anualmente por conta da poluição do ar.

Por conta disso que, o ar poluído não é apenas uma questão ambiental, mas um problema de saúde pública.

Na visão de André Luis Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), a poluição do ar das grandes cidades brasileiras foi pior na década de 1990 e começo dos 2000 em comparação com 2019. Essa melhoria aconteceu, em grande parte, por conta do Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve).

“Essa queda parou e a poluição hoje se estabilizou em um nível abaixo do que já foi no passado, mas bem acima do que recomenda a OMS”, disse o especialista em Planejamento de Sistemas Energético.

Alternativas

Gazeta do povo

Para Ferreira, a maneira mais eficaz de melhorar a qualidade do ar é controlando a emissão dos gases de veículos e indústrias através de mecanismos e políticas reguladoras, como por exemplo, licenciamento ambiental e estratégias de mobilidade urbana priorizando o transporte público.

“No Brasil, temos uma limitação muito grande na gestão da qualidade do ar porque não temos uma Política Nacional de Qualidade do Ar com responsabilidades, penalidades, fontes de financiamento definidas. Isso é uma limitação importante porque a gestão da qualidade do ar é feita individualmente pelos estados, tendo como referência resoluções frágeis para enfrentar um problema com essa dimensão”, pontuou ele.

Outro benefício que se consegue diminuindo a poluição do ar é a diminuição dos impactos climáticos por conta do aquecimento global. Isso porque poluentes como o carbono negro, o metano e o ozônio troposférico ajudam a piorar o efeito estufa.

Então, combater a emissão desses gases, que na maior parte são poluentes climáticos com vida curta, já mostram efeitos imediatos, o que pode diminuir consideravelmente as chances de o mundo caminhar para um colapso climático.

Piora

Exame

Infelizmente, mesmo com alertas da ONU e OMS já em 2019, a sociedade não caminhou para um bom ponto com relação à poluição do ar. Tanto que, em 2022, a Organização Mundial da Saúde divulgou que 99% da população mundial respira ar poluído.

Esse foi o relatório mais abrangente já feito pela OMS sobre a qualidade do ar no planeta. Para fazer essa estimativa de ar poluído, a organização analisou 117 países e 6.743 cidades. Ao todo, foram duas mil cidades a mais do que no último relatório feito em 2018. Dessas novas cidades, aproximadamente 40 são brasileiras, principalmente da região sudeste.

De todas as cidades que foram analisadas, a maioria delas excede os níveis máximos que são considerados ideais de poluição do ar que foram estabelecidos pela OMS. Além disso, o relatório também concluiu que mais da metade da população mundial vive em lugares que ultrapassam seis vezes esse limite de ar poluído.

Também foi revelado que a qualidade do ar é pior no Mediterrâneo Oriental, no Sudeste Asiático e nos países africanos.

Fonte: Gazeta do povo, Superinteressante 

Imagens: ONU news, Exame, Gazeta do povo

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