História

A Estônia se tornou um países mais ricos da Europa; veja como isso aconteceu!

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Acredite se quiser, a Estônia é um dos países mais ricos da Europa, e se posiciona na frente de grandes nações que o mundo acredita serem referência.

Esse país, desconhecido para a maioria das pessoas, firmou-se com uma política liberal e instituições econômicas livres, além de incentivar o livre comércio e o empreendedorismo. Suas taxas de tributação são equilibradas, e traz uma moeda forte para consolidar sua condição como país rico.

Embora esses fatores tenham demorado centenas de anos para chegarem em locais como Estados Unidos e Inglaterra, a Estônia já tinha apresentado um crescimento considerável no quesito economia.

Entenda como ela se tornou um dos países mais ricos da Europa em tão pouco tempo.

A história da Estônia, um dos países mais ricos da Europa

A Estônia se tornou independente apenas em 1991, quando conseguiu se livrar das amarras do Exército Vermelho, vendida como parte de um acordo entre alemães e soviéticos. Durante décadas, foi guiada por dois regimes totalitários que dividiram o Leste Europeu.

Quando o exército nazista ocupou a Estônia até 1944, gerou uma série de instabilidades na sua política e economia, beirando a secessão até sair do domínio da União Soviética.

Com isso, o novo governo prometeu implementar reformas de mercado que ajudassem o país a crescer e acompanhar as demais nações no que dizia à transição do socialismo soviético para o capitalismo norte-americano, que dominava o cenário naquele momento.

Para isso, precisou investir massivamente na reforma monetária, na criação de uma zona de livre comércio e na privatização geral do País, como forma de introduzir alíquotas mais acessíveis para as empresas. Era preciso incentivar o empreendedorismo interno e as negociações externas.

Via Flicker

Currency Board

Para conseguir estimular mais negociações externas, a Estônia, hoje um dos países mais ricos da Europa, adotou o Currency Board, um regime monetário que não possui interferência política. Basicamente, seu sistema adota uma âncora cambial e não se modifica.

Trata-se de uma taxa de câmbio fixa, que faz com que a moeda de um país se torne apenas uma substituta nacional para a moeda estrangeira. Por exemplo, se o Brasil adotasse esse sistema e fosse possível mantê-lo, 1 real seria o equivalente a 1 dólar, sem variação. Se quisesse implementar uma taxa fixa, 1 real poderia equivaler a 2 dólares. Seja como for, não teria variações diárias.

Essa alteração da base monetária nacional consegue se fortalecer por meio do saldo do balanço de pagamentos, avaliando a quantidade de moeda estrangeira que entra e sai nacionalmente.

Dessa forma, com menor desvalorização das moedas, os investimentos estrangeiros aumentam. Além disso, não existe política monetária que interfira no valor. Todo o arranjo é automático, para evitar influências.

Assim, a base monetária do país é igual à quantidade de reservas internacionais, com variação apenas na movimentação de moedas. Dessa forma, reduz as imprevisibilidades do mercado financeiro, e permite que mais estrangeiros se interessem por aplicar dinheiro dentro do país.

Orçamento equilibrado

Outro fator que permitiu à Estônia se tornar um dos países mais ricos da Europa foi o equilíbrio do seu orçamento como prioridade. Após a independência, os desejos eram de eliminar os déficits orçamentários.

Isso era necessário porque o país observou que mesmo mudar as políticas monetárias e econômicas para sair do socialismo soviético não seria suficiente sem um orçamento equilibrado.

No entanto, isso exigia alguns cortes radicais em subsídios e repasses a empresas estatais. Além disso, também envolvia a privatização das estatais, algo que não foi enxergado de forma positiva por alguns grupos, como sindicatos.

Contudo, houve uma coalizão no parlamento, com cortes feitos, mas equilíbrio nos repasses, para não impactar muito o cenário.

Em seguida, o país estipulou uma lei que apenas orçamentos equilibrados podiam ser votados no parlamento da Estônia. Dessa forma, o Congresso não poderia mais apresentar propostas com déficit, sempre encontrando as melhores alternativas.

Livre comércio

Via PixNIO

Por fim, vale mencionar que a Estônia também procurou incentivar o livre-comércio, algo que a fez ser um dos países mais ricos da Europa. Ela reduziu as tarifas de importação e as barreiras não-tarifárias, além eliminar todas as restrições às exportações.

Dessa forma, o país se tornou uma zona de livre comércio. Com mais importações, o acesso a produtos se tornou mais barato, o que aumentou o padrão de vida da população. Além disso, mais empresas puderam fazer parcerias e desenvolver suas atividades no exterior.

A política de abertura comercial foi bem-sucedida, estimulando a livre-concorrência. Enquanto isso, a taxa cambial fixa aumentou os investimentos externos, enquanto o orçamento equilibrado permitiu que a Estônia se mantivesse livre de dívidas internas.

Isso impulsionou a reconstrução do País, baseado na abertura comercial, junto com uma moeda estável e um governo que não interfere nas negociações.

Com novas empresas estrangeiras abrindo filiais na Estônia, voltadas para exportação, ela se tornou um dos países mais ricos da Europa. Atualmente, sua dívida se concentra em 9% do PIB total, muito abaixo da média no Leste Europeu.

Além disso, tornou-se um dos melhores países para se investir, e segue crescendo economicamente.

 

Fonte: Mises

Imagens: Flicker, PixNio

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