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A fumaça de incêndios florestais pode prejudicar sua saúde mesmo que o incêndio seja distante

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Não há uma certa forma ou uma maneira exata de se prever um incêndio. Mas há como tentar ao menos evitá-los. Com as mudanças climáticas, a humanidade tem sido forçada a lidar com o crescente número de desastres naturais, entre eles as queimadas e incêndios. Tanto os urbanos quanto os florestais.

Tanto que, pelo segundo ano consecutivo, incêndios florestais enormes estão criando nuvens de fumaça tão grandes que conseguem gerar seu próprio clima, cobrir continentes inteiros e fazer com que os céus longínquos fiquem laranja ou cinza.

Incêndios

Um exemplo disso é que a fumaça que está siando das chamas no oeste dos Estados Unidos, Canadá, Grécia, Turquia, Itália, Espanha, Argélia e Sibéria podem ser vistas pelos astronautas na Estação Espacial Internacional. Os incêndios florestais na Califórnia e em Oregon escureceram os céus e geraram alertas a respeito da qualidade do ar em Boston e Nova York. Se viu a mesma situação ano passado.

Já os incêndios na Sibéria enviaram nuvens de fumaça e cinzas para o Polo Norte, a mais de três mil quilômetros de distância. E depois isso foi enviado para o Canadá e para Groenlândia.

Isso acontece porque sempre que um grande incêndio acontece, sua fumaça pode subir alto na atmosfera e chegar onde os ventos podem pegá-la e carregá-la milhares de quilômetros até que ela atinja um sistema climático que a empurra de novo para o solo. Quando isso acontece é um risco para a saúde.

Fumaça

Várias pessoas podem ver os incêndios florestais como um problema local. Mas na realidade essa não é a verdade. “Cada um desses incêndios florestais é uma oportunidade para que a fumaça viaje longas distâncias e afete não apenas as pessoas próximas, mas também aquelas muito distantes. As pessoas que vivem em áreas com qualidade de ar relativamente boa estarão, de repente, sujeitas a níveis de poluição muitas vezes mais elevados do que o normalmente visto e a níveis muito prejudiciais à saúde”, disse o epidemiologista ambiental  Jesse Berman.

As mega nuvens de fumaça que viajam pelo mundo podem acabar virando uma ocorrência regular e anual, conforme pontua o epidemiologista.

Isso porque a mudança climática deve fazer com que incêndios florestais sejam mais frequentes, maiores e mais intensos nas próximas décadas. E um novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU alerta que o “tempo de incêndio”, provavelmente, irá aumentar até 2050 na América do Norte, Central, em partes da América do Sul, Mediterrâneo, sul da África, norte da Ásia, Austrália e Nova Zelândia.

Observações

Isso quer dizer que serão mais dias onde as condições climáticas serão quentes, secas e ventosas o suficiente para desencadear e sustentar incêndios florestais. Além disso, o “combustível” disponível para queimar, ou seja, a vegetação seca, também tende a aumentar. Esse aumento acontecerá porque com as temperaturas mais altas, o ar absorve mais umidade e provoca mais secas.

“Quando esses eventos cobrem centenas ou milhares de quilômetros, todos correm risco. Não importa onde você está morando. Você pode ser afetado por esses eventos da mesma forma que qualquer outra pessoa”, concluiu Berman.

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