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A história do hit de Marília Mendonça e Gal Costa

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Marília Mendonça queria tanto colaborar com Gal Costa que a cantora sertaneja mandou 10 opções de composições para a lenda do MPB escolher. Então, “Cuidando de Longe” foi a escolhida e, com o arranjo de disco music já pronto, Gal convidou Mendonça a participar da gravação.

Originalmente, a composição era um sertanejo com voz e violão. No entanto, Gal escolheu a faixa por ter potencial para se encaixar na ideia de transformá-la em um arranjo de disco music. Quando o plano de mesclar o sertanejo com disco deu certo, a cantora fez questão de chamar a rainha do sertanejo para, além de assinar a composição, também ser vocalista.

Assim sendo, a parceria entre as duas artistas inesquecíveis foi lançada em 2018, três anos antes da morte de Marília Mendonça, em novembro de 2021, e quatro antes da morte de Gal Costa.

Gal Costa

Foto: Reprodução/ Instagram

A quarta-feira (7) foi marcada pela triste notícia da morte de Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, aos 77 anos. A informação, confirmada pela assessoria da cantora, veio depois de ela ter dado uma pausa em shows ao passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.

Nascida Maria da Graça Costa Penna Burgos no dia 26 de setembro de 1945 em Salvador, a cantora de “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu bem, meu mal”, “Pérola Negra” e “Barato Total” fez história.

Foram 57 anos de carreira, tendo seu início em 1965, quando Costa apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Naquela época, ela ainda era Maria da Graça e lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gilberto Gil que era de sua composição.

Assim, ao longo dos anos 60 e 70, Gal Costa misturou estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com “Que pena (Ela já não gosta mais de mim)” e foi pelo rock com “Cinema Olympia”, de Caetano. “Meu nome é Gal”, de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Em sua longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo, entre eles, “Fa-tal”, “Índia” e “Profana”. Com sua morte, ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que foi a inspiração do último álbum de inéditas, “A pele do futuro”. “Está vindo a geração que salvará o planeta”, disse ela ao g1, quando lançou o álbum.

Já seu último álbum lançado foi “Nenhuma Dor”, em 2021, quando Gal regravou músicas como “Meu Bem, Meu Mal”, “Juventude Transviada” e “Coração Vagabundo”, com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

Marília Mendonça

Foto: Rande/ Divulgação/ Veja

Marília Mendonça é um dos maiores nomes do sertanejo, tendo lançado seu primeiro EP em 2015, com nome homônimo. No entanto, ela só ganhou destaque após lançar seu primeiro DVD homônimo em 2016, que lhe rendeu certificado de tripla platina pelas 250 mil cópias vendidas.

A canção Infiel, que compõe o álbum, foi um dos maiores sucessos no Brasil e recebeu um certificado de disco de diamante triplo. Com isso, a jovem cantora ganhou visibilidade nacional rapidamente.

Já seu segundo álbum, Realidade, foi lançado em 2017 e até recebeu uma indicação de Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Sertaneja. Dois anos depois, Marília Mendonça lançou o projeto Todos os Cantos, roteirizado com apresentações gravadas pela cantora em todas as capitais do país.

Esse álbum recebeu um certificado de tripla platina pelas 240 mil cópias vendidas e fez com que a cantora recebesse seu primeiro prêmio Grammy Latino, na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja.

A tragédia

No auge de sua carreira, Marília Mendonça iria realizar um show em Caratinga, Minas Gerais. Porém, no dia 5 de novembro, seu avião enfrentou complicações e colidiu com pedras ao cair em Piedade de Caratinga.

Dessa forma, na aeronave, também estava seu produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto e o copiloto. O avião que transportava a cantora era um bimotor Beech Aircraft, fabricado em 1984 e, segundo a ANAC, estava em situação regular.

Após atingir um cabo de uma torre de distribuição de energia da CEMIG, a poucos quilômetros do aeroporto em que se realizaria o pouso, o avião caiu. Por volta das 16h30, a assessoria da Marília Mendonça emitiu um comunicado à imprensa.

Em nota, informaram que todos os ocupantes teriam sido resgatados e estavam bem, o que foi desmentido pelos bombeiros logo em seguida. Então, cerca de uma hora depois, a morte de Marília Mendonça e de todos os demais tripulantes, incluindo o piloto e o copiloto, foi confirmada.

Fonte: G1

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