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A Rússia lançou um ”Chernobyl Flutuante” no Mar do Ártico

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Muito provavelmente, a esta “altura do campeonato”, vocês, caros leitores, já devem ter se cansado de ler sobre Chernobyl, o acidente nuclear catastrófico, ocorrido entre 25 e 26 de abril de 1986, da Usina Nuclear de Chernobyl. A usina ficava localizada perto da cidade de Pripyat, no norte da Ucrânia Soviética. O assuntou ganhou grande atenção no primeiro semestre de 2019, muito devido a série de sucesso da HBO lançada este ano e que reacendeu o interesse popular sobre o tema.

Uma embarcação construída na Rússia e que está se dirigindo para a costa do Ártico tem chamado bastante atenção das pessoas. O Greenpeace até mesmo apelidou o navio de plataforma de cerca de 140 metros de comprimento, chamado Akademik Lomonosov, de “Chernobyl Flutuante”. Tudo isso porque ele está carregando dois reatores nucleares. O que muito tem preocupado os ambientalistas.

O Akademik Lomonovov, na semana passada, partiu do porto ártico de Murmansk, no noroeste da Rússia. O navio deve viajar aproximadamente 5 mil km, para concluir sua primeira viagem. Seu destino é o porto de Pevek, na península de Chukotka, no extremo leste. Todo o trajeto deve levar de duas até três semanas para ser completado.

Chernobyl Flutuante

O navio recebeu tal nome em homenagem a Mikhail Lomonosov, um cientista e escritor russo, responsável por grandes contribuições. Algumas das principais foram a lei da conservação da massa em reações químicas e a descoberta da atmosfera de Vênus. Como homenagem à Rússia, a embarcação foi pintada nas cores de sua bandeira.

A embarcação, que possui dois reatores nucleares de 35 megawatts a bordo, fornecerá eletricidade a assentamentos e empresas, que extraem pedras preciosas e hidrocarbonetos, na remota região de Chukotka. Sendo esta uma península “próxima” ao Alasca.

Estão vivendo, dentro e fora dessa região do Ártico, cerca de dois milhões de russos. Estas pessoas vivem em vilarejos, que costumam ser acessíveis apenas de navio ou avião. Isso, caso o tempo coopere.

No entanto, tais regiões periféricas representam 20% do PIB da Rússia e são essenciais no que tange à captação de recursos naturais. Segundo o Wilson Center’s Kennan Institute, com sede em Washington (EUA), e que estuda a Rússia pós-soviética, os hidrocarbonetos estão diminuindo na Sibéria Ocidental.

Novas estratégias

Portanto, o impulso para o Ártico se trata de uma nova estratégia. O envio do Akademik Lomonovov se trata então do primeiro passo da Rússia para a explorar tal zona. Estima-se que 13% do petróleo do mundo, 30% do gás natural, entre outros minerais raros sejam encontrados na região.

Os ambientalistas temem que algum tipo de incidente possa ocorrer com a plataforma Lomonosov. Eles argumentam que uma onda massiva pode levar a colapsos nucleares. Além de que, a introdução de energia nuclear no norte do Ártico seria devastadora para o ambiente relativamente intocado. Entretanto, as autoridades russas dizem que essas alegações são infundadas.

Preocupados com a natureza, alguns até mesmo apontaram o desastre nuclear de Fukushima, no Japão. Isso para levantar um debate sobre os riscos de um reator marítimo. Os engenheiros do Lomonosov rebateram tal argumento informando que a embarcação foi construída para suportar um tsunami.

Irredutíveis, os críticos ao projeto argumentam que os principais benefícios da usina flutuante russa, incluindo a mobilidade e a capacidade de trabalhar em áreas remotas, também são seus pontos fracos. Isso porque elas complicam os procedimentos de segurança, como descarte rotineiro de combustível nuclear e operações de resgate. Isso, caso o navio seja atingido por uma onda enorme, por exemplo.

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