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Afinal, quantos dentes temos na boca? É normal ter a mais ou a menos?

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Existe um ditado que diz que nossos dentes são nosso cartão de visita. Em geral, as pessoas costumam ser bem preocupadas com a sua aparência. E com o tempo, as pessoas passaram a se preocupar, ainda mais, com os cuidados pessoais, e a higiene e o cuidado bucal se tornaram maiores ainda.

É certo que todos podem falar se os dentes estão limpos ou não. Mas existem várias outras coisas que os nossos dentes podem dizer além de “sujos ou limpos”. Por exemplo, uma pergunta que pode parecer boba, mas que nem todos sabem é: quantos dentes as pessoas têm na boca?

Quantidade de dentes

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A realidade é que a quantidade de dentes que as pessoas têm na boca pode variar de acordo com alguns fatores, como por exemplo, idade, doenças, fatores de evolução, entre outros. No entanto, oficialmente o número de dentes que um adulto tem na boca é 32, sendo 16 em cima e 16 em baixo. Além disso, eles são divididos em: 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares.

Quando as pessoas estão na infância, por conta da boca ser menor, elas têm somente 20 dentes, sendo 8 incisivos, 4 caninos e 8 molares. Com o passar do tempo, a arcada dentária aumenta e os dentes de leite vão começando a cair e dando espaço para que os permanentes cresçam.

“Os primeiros molares permanentes erupcionam por volta de 6 e 7 anos, os segundos aos 12 e os terceiros (também conhecidos como dentes do siso) aos 18 mais ou menos”, explicou a dentista Sylvia Lavínia Ferreira, presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Quando essa transição para os permanentes acontece, as pessoas ganham os pré-molares que têm a função de ser uma ajuda aos molares no momento da mastigação e trituração dos alimentos. Já os incisivos e os caninos têm a função de cortar o alimento ingerido.

É possível ter menos?

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O número total de dentes leva em consideração os sisos que, em vários casos, são retirados por conta de problemas de oclusão. E também existem as pessoas que nem chegam a desenvolver alguns dentes. Nesses casos, a teoria mais aceita é que isso é uma consequência das mudanças de hábitos do ser humano.

“Nossos ancestrais, que precisavam se alimentar com alimentos crus provenientes de caças, tinham além dos sisos mais quatro molares. Com a evolução, temos os sisos e, a cada geração, mais frequentemente vemos indivíduos sem esses dentes”, explicou Rosa Helena Wanderley, cirurgiã dentista do Hospital Universitário Lauro Wanderley da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB).

Por isso que, levando em consideração a remoção ou não nascimento dos sisos, as pessoas podem ter entre 28 e 32 dentes na boca. Mesmo assim, ainda podem existir aquelas que têm menos ainda.

O que pode diminuir a quantidade?

Para que os dentes não nasçam na boca, existem vários fatores, mas também existem problemas graves que podem fazer com que isso aconteça. O primeiro deles é chamado agenesia, que é quando um germe dentário não se forma ou se desenvolve.

“Esse quadro está diretamente ligado a alterações de ordem genética, como polimorfismos em alguns genes específicos, e tem um grande fator hereditário envolvido”, ressaltou Wanderley.

A cirurgiã explica que esse problema é comum, principalmente em alguns dentes como os incisivos laterais superiores e pré-molares. E geralmente esse problema está relacionado com complicações oclusais, em outras palavras, ao encaixe dos dentes, e também às mudanças na mastigação.

Isso também pode acontecer se a criança passar por algum trauma que resulte no não desenvolvimento de determinado dente, mesmo com o germe formado.

Como explica Bruna Franchi, ortodontista do Hospital Cema, em São Paulo, esse problema pode ser tratado com ajustes na posição dos dentes para que o “buraco” seja fechado, ou então é possível abri-lo para colocar um implante. Mas o que todos os especialistas concordam é que o que deve ser feito varia conforme o caso.

Outro problema pode ser os dentes que se formaram, ou não saíram da gengiva, que são os inclusos ou semi-inclusos. Isso é visto muito com relação aos sisos, mas também pode acontecer com dentes que estão no meio da arcada. “Pode haver vários motivos para o dente ficar incluso, mas o principal deles é a falta de espaço”, disse Wanderley.

Quando um dente está incluso, ele pode trazer problemas, como por exemplo, atrapalhar um tratamento odontológico chegar ao fim, causar dores por conta de inflamação, reabsorção de dentes vizinhos, formação de cistos, e em alguns casos até tumores.

É possível ter mais dentes?

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Assim como a menos, ter a mais também é uma coisa comum de acontecer. Em determinados casos, as pessoas têm um segundo siso em algum dos lados da boca. “Podem surgir dentes extras em outras regiões da arcada, como entre os dentes da frente, que é chamado de ‘mesiodens'”, pontuou Wanderley.

Geralmente, a extração é o tratamento feito nesses casos. Contudo, como nos outros casos, isso dependerá bastante de como os dentes em volta dele se adaptaram.

Fonte: UOL

Imagens: UOL

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