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Agressão a jovem autista será investigada como tentativa de homicídio

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Uma agressão a uma jovem autista em Brasília receberá investigação como tentativa de homicídio após apuração e determinação da gravidade da ocorrência. Anteriormente, o boletim de ocorrência constatava como “lesão corporal grave”.

No entanto, a 21ª Delegacia de Polícia, de Taguatinga Sul, começou a investigar as agressões brutais com maior seriedade, dado as condições e consequências sofridas por um jovem com autismo, de 22 anos, e seu irmão mais novo, de apenas 10 anos.

O caso aconteceu dentro do Parque de Águas Claras na última segunda-feira, 2, e os registros avaliam os suspeitos como tentativa de homicídio.

Essa decisão recebeu suporte da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que, apesar de não ser responsável pela segurança no local, agiu em apoio e atendeu a emergência quando testemunhas chamaram os policiais. A área não costuma receber chamadas de ocorrências, e o evento do final de semana foi atípico. Por conta disso, não existia policiamento na hora em que o ataque aconteceu.

Contudo, após recolher depoimentos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) optou por modificar os registros e tratar a agressão a jovem autista como tentativa de homicídio.

Como agressão a jovem autista aconteceu?

Um jovem autista e seu irmão mais novo, de 10 anos, que não foram identificados para preservar sua segurança, estavam passeando pelo parque de Águas Claras quando decidiram jogar futebol com um grupo de adolescentes, meninos, que estavam na quadra.

Via Wikimedia

A recepção inicial foi amigável, mas, após uma discussão que se acalorou, os garotos seguraram os irmãos e começaram a atacá-los com socos e chutes.

O caso foi testemunhado por um vigilante do parque, que também preferiu não se manifestar. Ele conta que os meninos brigavam com raiva, e um deles, em determinado momento, desferiu o que teria sido a pior agressão em jovem autista, perfurando seu olho com um objeto perfurante.

O testemunho do vigilante disse que os meninos começaram a provocar os dois irmãos com nomes e ofensas racistas, como ‘pretos’ e ‘macacos’. Além disso, também teriam sido chamados de ‘viados’.

Um deles estava com um cigarro e soprava cigarro na cara do jovem com autismo, que pareceu ter sido o principal alvo da tentativa de homicídio. O vigilante interferiu apenas quando viu que um dos garotos pegou um pedaço de madeira e proferia sentenças de morte para os dois irmãos.

Suspeitos fugiram

Após a agressão a jovem autista e seu irmão, o grupo de adolescentes fugiu do local. Enquanto isso, o vigilante acionou o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, solicitando auxílio com emergência.

Quando chegaram, os profissionais levaram o irmão mais velho para o Hospital de Base do DF, tamanha gravidade do seu ferimento ocular. Uma das primas da vítima diz que os médicos precisaram retirar uma parte do globo ocular do menino. Isso porque o corte foi muito profundo, sem possibilidade de restauração em cirurgia.

Via Metrópoles

Os familiares relatam estarem arrasados com a agressão a jovem autista e a seu irmão mais novo. Segundo relatos, o mais velho diz que não precisam se preocupar, pois basta ‘passar um colírio e vai resolver’. Ele não parece ter dimensão dos ferimentos.

Enquanto isso, os primos da dupla de irmãos também se afetaram, pois não conseguiram acompanhar e proteger os mais vulneráveis do ataque. Agora, todos esperam que o caso seja devidamente tratado como tentativa de homicídio, especialmente pelo uso de objetos cortantes que poderiam ter matado o menino.

Até o momento, nenhum dos autores do crime teve sua identidade publicamente divulgada pelos canais de mídia. Além disso, a Polícia Civil do Distrito Federal também não divulgou detalhes sobre as investigações.

No entanto, o caso segue com uma análise mais séria, e o jovem com autismo se recupera dos ferimentos no olho.

 

Fonte: Economia em Pauta

Imagens: Metrópoles, Wikimedia

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