História

Antissemitismo e jihad: o que diz a carta de 1988 de princípios do Hamas

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Com a recente guerra travada mais violentamente do que nunca, os princípios do Hamas vêm à tona. As intenções desse grupo se baseiam no chamado “O Pacto do Movimento de Resistência Islâmica”, uma carta escrita na época e que traz diversos pontos assustadores sobre a aniquilação do povo judeu.

A tradução do documento vem do árabe, disposta pela Organização Sionista do Brasil.

Vários artigos apresentam pontos sobre o julgamento dos muçulmanos, mas fala sobre a época em que “eles terão que matar os judeus”.

Em 2006, o texto recebeu condenação e repúdio da Organização das Nações Unidas (ONU), além de ONGs da Educação Mundial e União Mundial para o Judaísmo Progressista (WUPJ).

Inicialmente, as organizações apoiavam a expressão de cultura de diferentes povos muçulmanos. No entanto, agora buscam uma solução para reprimir esses princípios do Hamas e buscar maneiras de coexistir em paz com os outros povos.

Segundo a Agência France-Presse (AFP), vários países membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas denunciam a organização extremista, que atacou Israel no dia 7 de outubro e agora trava uma verdadeira guerra, com milhares de mortos.

Para entender como esse grupo se organiza, conheça 5 tópicos presentes na carta de 1988 dos princípios do Hamas:

Via Jovem Pan

5 princípios do Hamas na carta de 1988

1. Objetivo de eliminar Israel

Os princípios do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, declaram que “Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele”.

O grupo considera a Palestina como uma terra islâmica e vê a libertação desse território como uma “obrigação pessoal de cada muçulmano, onde estiver”.

2. Abordagem Jihadista

Os membros do Hamas acreditam que as “almas dos combatentes da Jihad” encontrarão aquelas dos guerreiros santos que sacrificaram suas vidas pela Palestina.

O lema do movimento enfatiza que “Alá é a finalidade, o Profeta é o modelo a ser seguido, o Alcorão é a Constituição, a Jihad é o caminho, e a morte por Alá é a sublime aspiração”.

O grupo se posiciona como parte da corrente da jihad contra a invasão sionista, reforçando sua oposição aos judeus.

3. Rejeição dos acordos de paz

O Hamas expressa uma clara oposição aos acordos de paz globais no artigo 13 de sua carta, abordando “Soluções Pacíficas, Iniciativas e Conferências Internacionais”.

Dessa forma, o texto enfatiza que, para o grupo, “iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa”.

A carta declara inequivocamente que “não há solução para o problema palestino além da jihad (guerra santa)”, destacando a importância do povo palestino e rejeitando a ideia de brincar com seu futuro, direitos e destino.

VIa BBC

4. Mulheres donas de casa e educadoras

No Artigo 17, o texto do Hamas destaca que “o papel da mulher muçulmana na Guerra da Libertação não é menos importante do que o do homem, porque ela é quem forma o homem”.

Entretanto, o documento ressalta que “a mulher no ambiente doméstico e na família jihadista, seja como mãe ou irmã, tem a função principal de cuidar da casa, educar as crianças de acordo com princípios morais e ensiná-las a cumprir os deveres religiosos em preparação para a jihad (guerra santa) que as aguarda”.

O grupo também defende a atenção especial às escolas frequentadas por meninas muçulmanas, garantindo que cresçam “preparando-se para serem boas mães, conscientes de seu papel na guerra de libertação”.

5. Solidariedade interna do Grupo

Apesar de promover a guerra, os princípios do Hamas mencionam uma forma de “solidariedade social” dentro de seu próprio povo.

Para o grupo, esse conceito significa “ajudar a todo necessitado, seja material ou moralmente, estando presente para completar um trabalho”.

Entretanto, a carta volta a retratar os judeus como inimigos, acusando-os de dirigir um “nazismo” contra mulheres e crianças.

O texto descreve o inimigo como alguém que busca destruir vidas, roubar dinheiro e esmagar a dignidade, tratando as pessoas como os piores criminosos de guerra.

Diante dessas ações, a carta argumenta sobre a deportação para os respectivos lares, sendo uma “forma de assassinato”.

Nesse contexto, os princípios do Hamas enfatizam a necessidade de “solidariedade social” interna, unindo-se para enfrentar o inimigo como um corpo unido.

Uma análise feita pelo ex-ministro da defesa israelense, Avigdor Liberman, sugere que a “solidariedade” mencionada pelo Hamas na carta está alinhada com comandos radicalizados do Alcorão e da Sunnah.

O grupo considera o conflito como uma luta entre a sociedade palestina e um suposto “inimigo terrorista judeu”. Assim, usam uma retórica aberta e cruel de antissemitismo de origem islâmica e cristã-europeia, conforme condenado por Liberman.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: BBC, Jovem Pan

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