Por Após operar o olho errado de um idoso e deixá-lo completamente cego, um médico oftalmologista de Ituiutaba, Minas Gerais, terá que pagar R$ 100 mil de indenização para o paciente, além de multa e danos. O caso chocou a mídia e a cidade, especialmente por ser um caso irreversível.
Histórias de decisões equivocadas são comuns na medicina, especialmente de médicos e enfermeiros que cometem erros durante a administração de um tratamento. No entanto, algumas situações se apresentam mais graves do que as outras.
Foi o caso do idoso que ficou cego ao ter o olho errado operado pelo profissional, mesmo após confirmação de exames e avaliação do caso antes da internação. Essa decisão, definitiva, agravou a penalidade aplicada pela Justiça pelo equívoco médico.
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Detalhes do caso
Segundo informações públicas sobre o processo, divulgadas para a mídia e pelos autos judiciais, o paciente possuía um problema de pressão ocular, que, eventualmente, levou a um diagnóstico de glaucoma no olho esquerdo.
Em alguns casos, existe a possibilidade de tratamento cirúrgico para recuperação da visão, ou, ao menos, da qualidade de vida do paciente, principalmente na terceira idade.
O próprio médico que realizou a operação no olho errado foi quem indicou um procedimento cirúrgico como tratamento definitivo para esse caso. Por isso, o idoso seguiu com a recomendação e agendou a cirurgia.
Esse procedimento costuma ser pouco invasivo, e a alta ocorre no mesmo dia. A operação é realiza com uma incisão para desobstruir a pressão ocular e, assim, recuperar parte da visão que é comprometida.
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Contudo, no momento da cirurgia, o médico operou o olho errado. O idoso tinha problemas no lado esquerdo, e acabou recebendo a intervenção no olho direito. O processo comprometeu definitivamente a visão, por conta da invasão desnecessária em uma área de extrema sensibilidade.
Enquanto isso, o olho com o glaucoma permaneceu com o diagnóstico sem tratamento, de modo que sua visão foi totalmente obstruída. O idoso, por fim, ficou cego por conta do erro.
Defesa do médico que operou o olho errado
Após o idoso se recuperar da anestesia e constatar que não estava enxergando nada, mesmo após efeito dos remédios e no teste de sensibilidade, a equipe e o médico notaram o erro ao operar o olho errado.
Além disso, também verificaram a possibilidade de reaver a visão no lado saudável, mas não foi possível. A família do idoso foi acionada, e o processo na Justiça começou a correr.
A princípio, a defesa do médico tentou argumentar, afirmando que a culpa foi do paciente, que teria induzido funcionários do hospital ao erro, já visando a indenização. O argumento do representante diz que o próprio idoso afirmou a uma enfermeira que passaria pela cirurgia no olho direito.
Os advogados disseram que era uma “clara tentativa” de se beneficiar financeiramente, uma vez que também estava com indícios de visão comprometida no outro olho também.
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No entanto, o apontamento obteve rejeição total pela Justiça, que determinou a indenização para o paciente, culpando o médico pelo erro. Com isso, deverá pagar R$100 mil para o idoso, além de dano material de R$6.500.
A decisão ficou a cargo do desembargador Luiz Carlos Gomes da Mata, que considerou o fato da cegueira ser irreversível, sem chance de recuperação parcial.
Além disso, não existem informações sobre processos que estariam correndo no Conselho Federal de Medicina. Afinal, o médico oftalmologista cometeu um erro gravíssimo ao operar o olho errado do paciente, sem verificar ou confirmar a operação.
Se existem denúncias, elas correm em sigilo, por enquanto. Enquanto isso, a medida de indenização já está determinada, e o profissional deverá atender ao valor para o idoso e sua família, que acompanha a recuperação após o procedimento crítico. Nenhuma das partes se manifestou.
Fonte: Metrópoles
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