História

Arqueólogos descobrem cova de médico romano junto com seus instrumentos clínicos na Hungria

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A cova de um médico romano foi encontrada por arqueólogos em Jászság, com uma descoberta ainda mais incrível. Os profissionais também acharam uma coleção única de equipamentos médicos junto dele.

As divulgações aconteceram na quarta-feira (26), pelo Museu Magyar Múzeumok.

Ao que parece, esses instrumentos são de uso do século 1 d.C., e fazem parte de uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Eötvös Loránd (ELTE), com o Museu Jász e a Rede de Pesquisa Eötvös Loránd (ELKH).

Inicialmente, as escavações são de 2022, usando tecnologias como um campo com um magnetômetro. Esse dispositivo ajuda a registrar a variação espacial no campo da Terra. Dessa forma, é possível encontrar anomalias magnéticas e alguns objetos.

Graças a esse aparelho, os profissionais conseguiram encontrar a cova do médico romano com seus instrumentos. Ele estava em um possível cemitério do período Avar, e tinha os equipamentos intactos.

Comunicado

Via Globo

Samu Levente, assistente do Instituto de Arqueologia ELTE BTK, anunciou que também encontraram outros objetos semelhantes nas fileiras desse cemitério, também de metal. Somente assim o equipamento teria identificado as covas.

Isso teria ocorrido no momento de transição da província da Panônia para integrar o Império Romano. Nesse caso, os enterros seriam em regiões diferentes, o que explica não ter sido encontrado em outros cemitérios húngaros.

Além disso, uma análise das ferramentas indicou que não se trata de apenas uma sepultura comum, mas de madeira. Assim, era uma pessoa mais abastada. Ainda, a cova do médico romano também tinha restos mortais entre 50 e 60 anos. Ou seja, não morreu de doenças ou traumas.

Qualidade médica

Segundo Levente, os equipamentos do médico incorporavam a melhor qualidade disponível no período. Os bisturis de liga de cobre são adornados e aparelhados com lâminas de aço substituíveis.

Entre os dispositivos estavam também fórceps, agulhas e pinças, além de restos de remédios de utilização médica.

A tumba estava quase intacta, exceto por um dos bisturis que provavelmente foi deslocado por uma criatura para o lado do pescoço do morto.

Além disso, uma rocha de amolar posicionada no joelho pode ter utilidade para misturar ervas e outros narcóticos devido às marcas de desgaste que havia cessado nele.

Em Pompeia, um dos assentamentos mais ricos do Império Romano, apenas materiais similares da mesma época foram achados até agora.

Além da exploração genética do médico falecido, os arqueólogos planejam executar análises isotópicas do sistema esquelético para achar sua origem local.

András Gulyás, museólogo arqueológico do Museu Jász, diz que com as informações de hoje não é possível identificar de onde veio o médico.

Dessa forma, é possível que tenha vindo para assumir a ordem de um cacique local de grande honra ou para seguir um dos movimentos militares dos exércitos romanos.

Enterro

Os médicos romanos eram enterrados com seus instrumentos porque acreditava-se que eles seriam necessários na vida após a morte.

Além disso, muitos dos médicos que atendiam em Roma eram estrangeiros gregos e a Alexandria destacava-se como o centro da medicina romana na época. Para compreender mais sobre a anatomia dos corpos, os estudiosos dissecavam os cadáveres manualmente.

Por esse motivo, é possível que a cova do médico romano estivesse com seus equipamentos para seguir as tradições da época.

A boa conservação também é um indicativo para que os pesquisadores descubram mais sobre a época. Mesmo depois de tantos anos, ainda existem elementos que estamos verificando com as tecnologias.

Via Globo

Dessa forma, será possível traçar mais características da cultura e crença dos povos em vários países. Por exemplo, os exércitos migraram para a Hungria e seguiram as crenças de enterro por lá.

Trata-se de um primeiro passo importante para expandir os conhecimentos atuais sobre cada profissão, classe e história dos povos antigos.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Globo, Globo

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