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Artista usa inteligência artificial para criar selfies de Jesus, Napoleão e outras figuras históricas

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A velocidade de crescimento do campo da tecnologia está tão rápida que logo levanta uma questão: a inteligência artificial é apenas parte da ficção científica ou já está em praticamente todos os campos da sociedade?

Através da inteligência artificial (IA) as máquinas podem adquirir conhecimentos por meio de experiências, adaptam-se às condições e conseguem desempenhar tarefas como os seres humanos. Com isso, seu uso pode ser praticamente infinito e ser capaz de coisas que podem ao mesmo tempo maravilhar e assustar as pessoas.

No caso de Duncan Thomsen, um artista britânico, ele usou a inteligência artificial para gerar selfies de figuras históricas de uma forma bem divertida. Para isso, o cineasta usou o Midjourney e teve como resultado fotos extremamente realistas de várias figuras da história da humanidade como se elas estivessem com um celular na mão e tirando foto do momento em que estavam em suas épocas.

Inteligência artificial

Canaltech

No Midjourney, o que Thomsen fez foi pedir que a inteligência artificial criasse fotos realistas com figuras como Jesus, Napoleão Bonaparte e Cleópatra. E não foi somente isso. O artista também fez questão de que esses registros fossem feitos de situações bem marcantes, como por exemplo, na Última Ceia, na Batalha de Waterloo e na retirada da monarca do Egito.

“Os resultados são hilários e todo mundo que compartilhou meu trabalho não consegue acreditar o quão realistas são as fotos”, disse Thomsen.

Mesmo que tenha sido feito com a ajuda de uma inteligência artificial, o processo de criação das imagens é bem trabalhoso. De acordo com Thomsen, para dar certo, o Midjourney  precisa de uma descrição absoluta para produzir suas imagens o mais convincente possível. Ele também ressalta que essa tecnologia poderia ser usada de uma maneira tão precisa que podia ser usada para ilustrar eventos históricos e ser mostradas em escolas como uma “viagem no tempo sem uma máquina do tempo”.

“Você pode pedir que a IA seja historicamente precisa e, então, pode se referir a qualquer coisa em qualquer lugar, de qualquer lugar”, pontuou ele.

Fotos

Canaltech

Os resultados do trabalho de Thomsen são bem realistas, mas também nem tanto. Até porque, se for observado com um pouco mais de atenção é possível encontrar imperfeições que são comuns nas imagens feitas por inteligência artificial, como por exemplo, olhos desencontrados, mãos estranhas e outros detalhes. Mesmo assim, eles passam a ideia de que os registros foram feitos em épocas antigas.

O software usado por Thomsen deixou de ser gratuito. De acordo com David Holz, o CEO da plataforma, a empresa estava acabando com o acesso grátis por conta da “demanda extraordinária” e por causa de “abuso” cometido por alguns usuários.

Figuras históricas

Hypesicence

Assim como Thomsen, outros artistas também já usaram a inteligência artificial para retratar figuras históricas. Contudo, algumas figuras, por mais importantes que elas sejam, não são conhecidas em carne e osso. Esse é o caso dos imperadores romanos, que são conhecidos através de suas estátuas.

Por conta disso, o diretor de fotografia e designer de realidade virtual Daniel Voshart fez rostos bastante realistas de alguns imperadores de Roma. Para fazer isso Daniel se baseou nas estátuas dos imperadores. Então, usando aprendizado de máquina ele preencheu as lacunas existentes entre as estátuas e a fotografia.

Contudo, Daniel ressalta que suas imagens são apenas possibilidades de como era a aparência desses imperadores. O designer disse que recriar esses rostos foi um projeto de quarentena, em 2020, que cresceu muito. E várias pessoas amaram o resultado e compraram pôsteres dos imperadores preferidos delas.

Para começar o seu trabalho, Daniel usou um programa de IA/rede neural chamado Artbreeder. Esse programa gera, de uma forma inteligente, novas imagens a partir de outras já existentes, além de poder combinar várias imagens e gerar híbridos.

O projeto dos imperadores começou com Daniel alimentando o Artbreeder com imagens de 800 bustos. E claro que nem todos os bustos estavam em perfeitas condições e sofreram com a passagem dos séculos.

“Existe uma regra prática na programação de computadores chamada ‘lixo entra, lixo sai’ e se aplica ao Artbreeder. Um busto bem iluminado e bem esculpido com poucos danos e características faciais padrão será bastante fácil de obter um resultado”, disse Daniel.

Felizmente, ele conseguiu vários bustos de imperadores. Alguns deles até foram fotografados de vários ângulos. Para cada uma das imagens feitas pelo Artbreeder, Daniel trabalhava em cima delas mais 15 ou 16 horas. Ele foi obrigado a deduzir algumas coisas.

Fonte: Canaltech

Imagens: Hypescience, Canaltech

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