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Conheça as árvores gigantes da Amazônia

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Que a Amazônia é um local espetacular todos nós já sabemos. Nossa floresta é a maior floresta tropical do mundo e cobre boa parte do noroeste do país. Ela se estende até os países vizinhos da Colômbia, Guiana Francesa, Suriname, Guiana, Equador, Bolívia, Venezuela e Peru.

Uma coisa que certamente chama a atenção é a quantidade de biodiversidade que existe no local. A floresta abriga uma diversidade imensa de animais, vegetais e uma infinidade de organismos que ainda não foram descobertos pela ciência. Para provar que não conhecemos quase nada da região, foram descobertas há menos de três anos árvores gigantes no local.

As mega-árvores da Amazônia

As árvores que se encontram na floresta são da espécie Diniza excelsa duck. Elas são popularmente conhecidas como angelim vermelho. Além disso, foram descobertos em 2018, após um estudo com sensores aeroembarcados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

Contudo, ainda não se tinha certeza de qual era a espécie das árvores. Sendo assim, em 2019, fizeram uma expedição na divisa do Amapá com o Pará. O objetivo era alcançar a mais alta das árvores, que tem 88,5 metros de altura. Porém, por questões logísticas, não foi possível alcançá-la. Dessa forma, eles chegaram a um santuário, que tinha angelins com 82 metros de altura.

O objetivo de chegar até o mais alto dos angelins só foi concluído em setembro desse ano. Com o auxílio das comunidades locais, os pesquisadores tiveram que refazer o percurso de 2019. Além disso, andaram ainda mais 10 quilômetros dentro da mata fechada. Contudo, alcançaram a gigante da Amazônia!

O que é uma árvore gigante?

Segundo os pesquisadores, considera-se uma árvore gigante aquela que ultrapassa 80 metros de altura. As árvores, geralmente, têm cerca de 45 a 50 metros de altura. Dessa forma, as árvores gigantes têm o dobro do dossel da floresta. Ou seja, despontam quando são observadas de cima, de acordo com o pesquisador da UFVJM e coordenador da expedição, Eric Gorgens.

A diferença na altura dessas árvores, e também o que as faz chegarem a essas alturas, é estudado por pesquisadores do projeto Monitoramento Integrado das Árvores Gigantes da Amazônia. Ademais, os pesquisadores coletam os dados de todas as árvores, como solo e amostras de espécies em volta. Assim, eles fazem uma espécie de catalogação, para monitorar e entender essas árvores gigantes.

Curiosidades sobre a Amazônia

Além de ter uma das faunas mais diversas do mundo, a floresta também abriga duas mil e quinhentas espécies de árvores diferentes, segundo a WWF Brasil. Além disso, mais de 30 mil espécies de plantas, das mais de 100 mil que existem em toda a América Latina, encontram-se na Amazônia.

A floresta é atravessada por milhares de rios e, obviamente, entre eles está o grandioso rio Amazonas. O Amazonas é o segundo maior rio do mundo e, apesar de alguns recálculos terem acontecido nos últimos anos, o Rio Nilo ainda é considerado o maior rio do mundo, com mais de 6 mil e 600 quilômetros de extensão. O nosso Rio Amazonas tem mais de 6 mil e 400 quilômetros de extensão, perdendo por pouco a posição de maior rio do mundo. Contudo, quando o quesito é volume de água, o Amazonas ganha disparado.

A cada ano, a Amazônia perde toneladas e toneladas de nutrientes e fósforo de seu solo por conta das chuvas e enchentes na floresta tropical. Contudo, o planeta mesmo resolve esse problema, já que anualmente cerca de 22 mil toneladas de poeira recheadas de nutrientes e fósforo são carregadas para a floresta, direto do Deserto do Saara.

Para finalizar, você sabia que existem vulcões na floresta? Pois é! Eles estão inativos, porém, existem no local. Além disso, os vulcões amazônicos são os mais velhos de todo o mundo, com mais de 2 bilhões de anos de idade. Essa descoberta foi feita só no início do século 21 e, junto com os vulcões, foi descoberto que a Amazônia era um local bem diferente. A floresta, e todo o local em volta, era um vasto deserto seco, sem nenhum tipo de atividade além dos vulcões.

Fonte: G1

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