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Asteroide potencialmente perigoso está acelerando e ninguém sabe explicar o motivo

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação, como por exemplo, esse asteroide que ronda o sistema solar e teve uma inesperada, e até agora inexplicável, aceleração na sua rotação.

O asteroide chamado de 3200 Faetonte tem um diâmetro médio de 5,4 quilômetros. Isso faz com que ele seja um dos maiores objetos classificados como “potencialmente perigosos” para a Terra. Mesmo assim, os pesquisadores dizem que ele não é uma ameaça para o nosso planeta em um futuro próximo.

Até porque, o mais perto que o Faetonte chegou da Terra foi em 2017, quando ele estava a aproximadamente 10,3 milhões de quilômetros do nosso planeta. Essa distância equivale a 27 vezes mais longe que a lua. Mas os detritos desse asteroide são os responsáveis pela chuva de meteoros Geminídeas, que atinge o pico no começo de dezembro de todo ano e é visível no mundo todo.

Asteroide

G1

Recentemente, os astrônomos da Universidade da Flórida Central e do Observatório Arecibe anunciaram que descobriram um comportamento incomum no asteroide. De acordo com eles, o Faetonte gira uma vez a cada 3,6 horas, no entanto esse período de rotação está diminuindo aproximadamente quatro milissegundos todo ano.

Por mais que esse número não pareça ser muito, no decorrer de milhares ou milhões de anos essa mudança pode mudar a órbita do asteroide. Até o momento, os cientistas não sabem o motivo dessa aceleração. De acordo com os pesquisadores, é bastante incomum que as rotações de um asteroide mudem. Para se ter uma ideia, o Faetonte é o 11° objeto em que esse comportamento foi visto.

Motivo

Pplware

Uma das possíveis explicações é que a superfície do asteroide esteja sendo atingida pela radiação solar, o que causa essa alteração na rotação. Esse efeito é conhecido como Yarkovsky-O’Keefe-Radzievskii-Paddack. No entanto, essa teoria é bem difícil de ser comprovada através dos dados que se tem atualmente.

Por conta disso, em 2024 a Agência Espacial do Japão (JAXA) vai enviar a missão DESTINY+ em direção ao Faetonte. Isso ajudará os pesquisadores a desvendar esse mistério.

Mudança de órbita

Idest

No caso do Faetonte, essa rotação mais rápida pode fazer com que ele mude de órbita e acabe sendo um problema para nosso planeta. E já prevendo que isso um dia pode acontecer com qualquer um dos milhares de asteroides, a NASA fez a missão chamada “Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo (DART)” que fez uma espaçonave se chocar com um asteroide.

O teste foi feito para saber a capacidade de desviar a rota de corpos celestes que, hipoteticamente, poderiam entrar em rota com a Terra no futuro. Ainda assim, a NASA informa que não existe ameaça desse tipo conhecida ao nosso planeta.

O teste aconteceu a aproximadamente 11 milhões de quilômetros da Terra. A sonda da agência espacial colidiu com a lua Dimorphos, que orbita um asteroide um pouco maior chamado de Didymos.

De acordo com a NASA, o sistema Dimorphos/Didymos não oferecia risco ao nosso planeta. Ele foi escolhido por ser relativamente perto e dar a possibilidade de monitorar se a mudança de trajetória foi atingida.

Para essa missão, a NASA investiu 330 milhões de dólares. Mesmo gastando tanto, a agência afirmou que não existe chance nenhuma de qualquer um dos asteroides representar um perigo para a Terra agora ou no futuro.

Ainda de acordo com a agência, o impacto feito pela sonda deve criar somente uma cratera em dezenas de metros de largura e lançará um milhão de quilos de rocha e poeira no espaço.

“Essa missão não vai destruir o asteroide. Não vai transformá-lo em um monte de cacos”, disse Nancy Chabot, cientista planetária que administra a iniciativa.

De acordo com Thiago Signorini Gonçalves, professor de astronomia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o destino escolhido é apenas uma “questão de conveniência”.

“É um asteroide que fica relativamente próximo à Terra. Como o objetivo da missão é, em particular, testar a possibilidade de efetivamente desviar a órbita de um asteroide, é importante poder acompanhar a órbita posterior. Se fosse um asteroide muito distante, seria difícil fazer este acompanhamento”, explicou ele.

Fonte: History, G1

Imagens: G1, Pplware, Idest

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