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O universo sempre foi um tema de grande interesse para nós. A totalidade do espaço ainda não foi entendida, mas existem coisas que os cientistas já conseguiram descobrir, entender em certo nível, e descrever. Um exemplo disso são os asteroides.
Eles são corpos rochosos e metálicos que têm uma órbita definida ao redor do sol. Os asteroides fazem parte dos corpos menores do sistema solar e, normalmente, têm algumas centenas de quilômetros. Vários deles já passaram perto do nosso planeta e alguns até já nos atingiram, como o do tempo dos dinossauros.
Vários asteroides grandes passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. Mas além desses corpos celestes em si, as pessoas que os descobrem também viram notícia, ainda mais quando teoricamente não são as pessoas que se espera descobri-los.
Asteroides
G1
Temos como exemplo esse pernambucano de 12 anos, estudante de escola pública em Carpina, na Zona da Mata. O menino encontrou dois asteroides e teve suas descobertas certificadas pela NASA.
A descoberta foi possível porque Raul Ayres teve acesso a imagens de satélite, de um megatelescópio da Nasa que fica no Havaí. O estudante conseguiu acessar essas imagens do computador da sua casa.
“Mostrei para os meus pais. E eu contribuí bastante com a ciência, e eu fiquei feliz com isso. É bom porque você passa o tempo e ainda assim você ajuda muito a ciência”, contou o menino.
Os asteroides que o estudante identificou estão entre Marte e Júpiter, em uma região conhecida como Cinturão de Asteroides.
Raul se inscreveu em um programa desenvolvido pela Nasa por meio do Departamento de Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica para conseguir fazer essas descobertas. Até porque, esse departamento é responsável por recrutar voluntários em várias partes do mundo.
Descoberta
G1
No nosso país, o programa começou a ser desenvolvido em 2020 e já teve a participação de mais de 13 mil pessoas. Tanto que, quase 1,8 asteroides que vagam pelo espaço foram localizados por brasileiros. Mas claro que isso não é uma disputa. Encontrar esses asteroides é colaborar com a ciência.
Depois que a pessoa encontra o asteroide, ela envia um relatório para a NASA com o tamanho, localização e velocidade em que ele está. Então, os especialistas analisam todos esses dados antes de confirmarem a descoberta feita.
“Ele não sai no mesmo dia o resultado. Eu tive que esperar uma semana inteira. Eu ficava esperando todos os dias, via os e-mails, para ver se tinham dado alguma resposta. E no dia que eles mandaram eu fiquei muito feliz”, lembrou o estudante.
Quando a confirmação finalmente chegou, o certificado da NASA virou troféu na sala da casa de Raul. “Um aluno de escola pública. Eu ensinei o básico do básico. Ele autodidata, vai pesquisando e hoje muita coisa ele que me ensina. Com certeza um orgulho. Eu às vezes fico impressionado com a inteligência dele, porque ele não pesquisa o básico. Ele pesquisa a coisa mais avançada daquilo que ele quer aprender”, disse o pai do garoto, Júlio Aires.
Mais jovem
O Tempo
Além de Raul, outros brasileiros também já identificaram asteroides. E um menino de apenas cinco anos foi a pessoa mais jovem do mundo a identificar um asteroide. O brasileirinho descobriu não apenas um, mas 15 corpos celestes. Todos os asteroides descobertos por Miro Latansio Tsai foram confirmados pela NASA.
Segundo a mãe do menino natural de São Paulo, Carla Latansio, o menino sempre se interessou por assuntos relacionados à astronomia. Tanto que aos dois anos Miro já sabia o nome de todos os planetas do sistema solar. “Na primeira visita que fizemos ao Museu Catavento, em São Paulo, na entrada tinham todos os planetas na parede e ele foi passando e apontando os dedinhos e falando os nomes de todos”, contou a mãe.
Durante o lockdown, Carla viu um núncio de um projeto para caçar asteroides, uma iniciativa internacional chamada oficialmente de International Astronomical Search Collaboration (IASC). Então ela decidiu inscrever seu filho nesse programa.
Logo o menino já estava familiarizado com o programa e as imagens disponibilizadas pela NASA. Assim, foi através dessas imagens e desse programa que Miro conseguiu identificar 15 asteroides, entre os meses de outubro e novembro de 2021.
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