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Astronauta russo bate recorde mundial de maior tempo no espaço

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Por vários anos, os humanos sonham em viver no espaço. E graças ao lançamento de uma estação espacial, as pessoas começaram a entendê-lo. O mais incrível é que essa ideia não passava de pura ficção científica, décadas atrás. E mesmo que o ambiente fora da Terra não seja dos mais propícios para se ficar por muito tempo, existiu uma pessoa que ficou por mais tempo por lá.

O astronauta da Roscosmos, agência espacial russa, se tornou o primeiro humano com o maior tempo registrado no espaço, segundo a TASS, a agência estatal de notícias da Rússia. O homem é Oleg Kononenko que, às 5h30 do domingo conseguiu passar o recorde antigo de 878 dias, 11 horas, 29 minutos e 48 segundos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).

Esse recorde de tempo, não consecutivo, anterior também era de um russo, o astronauta Gennady Padalka, que participou de cinco missões entre 1998 e 2015. No caso de Kononenko, ele está na sua quinta missão na ISS desde setembro de 2023 e deve ficar por lá até setembro desse ano.

Recorde

Quando ele voltar para a Terra, o astronauta terá um total de 1.110 dias no espaço, o que é um marco histórico, sendo o primeiro humano a passar da marca dos mil dias em órbita.

De acordo com Kononenko, o que o move para ir até o espaço é sua paixão pela exploração espacial e não a vontade de quebrar recordes. Claro que ele se orgulha do que conquistou, mas ressaltou que o mais importante é que esse recorde de maior tempo no espaço ainda é da Rússia.

O recorde do astronauta russo é impressionante não somente pela quantidade de tempo no espaço, mas por conta dos desafios tanto físicos como emocionais enfrentados por ele. Até porque, normalmente, as missão na ISS duram aproximadamente seis meses, tempo suficiente para que efeitos físicos aconteçam, como por exemplo, perda de densidade óssea e atrofia muscular.

Além desses desafios físicos, também existe um desfio emocional bastante significativo relacionado ao isolamento e à quantidade de tempo longe da família. “Ao voltar para casa é que se percebe que há centenas de dias, na minha ausência, as crianças crescem sem um pai”, disse Kononenko.

No caso de Kononenko, ele tem o recorde de mais dias no espaço não consecutivos. Contudo, o recorde de dias consecutivos fora da Terra também é da Rússia. Ele pertence a Valeri Polyakov, que passou 437 dias e 18 horas a bordo da estação espacial Mir, entre 1994 e 1995.

Espaço

Olhar digital

Ficando tanto tempo no espaço e enfrentando todos os desafios desse ambiente não é uma coisa tão fora de sentido pensar no que aconteceria se um astronauta morresse por lá.

Normalmente, os médicos espaciais e toda sua equipe sempre tentam garantir formas de manter os astronautas saudáveis e que eles sempre estejam o mais saudáveis possíveis para embarcarem nas missões.

Contudo, uma fatalidade pode acontecer. Hoje em dia se uma pessoa morresse em uma missão de órbita baixa da Terra, como por exemplo, na Estação Espacial Internacional, o corpo poderia ser devolvido para nosso planeta através de uma cápsula em algumas horas.

Agora, se a morte fosse na lua, a tripulação e o corpo voltariam para a Terra em alguns dias. E o mais interessante é que a NASA tem protocolos para caso uma tragédia dessa aconteça.

Como, nesses casos, a volta do espaço para a Terra é rápida, a preservação do corpo não está entre as principais preocupações da NASA. A prioridade da agência é garantir que toda a tripulação volte à Terra de forma segura.

No entanto, nem todas as mortes no espaço são iguais. Por exemplo, a realidade seria outra se ela acontecesse em uma viagem para Marte. Nesse caso, a tripulação não conseguiria parar no meio do caminho e voltar para a Terra. Por isso que, o mais provável é que o corpo voltasse para o nosso planeta junto com a tripulação somente no final da missão, alguns anos depois.

Em todo esse tempo, o corpo seria preservado em uma câmara separada ou então em um saco especial para cadáveres. E o corpo provavelmente seria preservado por causa da temperatura constante e a umidade dentro do veículo espacial.

Entretanto, todas essas hipóteses são pensadas se a pessoa morresse em um ambiente pressurizado, como por exemplo, dentro da espaçonave ou de uma estação espacial.

Se o astronauta saísse no espaço sem o traje espacial? Nesse caso, ele morreria quase que instantaneamente. Por conta da perda de pressão e exposição ao vácuo , a respiração do astronauta seria impossibilitada e seu sangue e fluidos corporais ferveriam.

E se o astronauta pisasse na lua ou em Marte sem o traje? No caso da lua, ela não tem atmosfera, enquanto Marte tem uma bem fina e quase sem oxigênio. Por conta disso o resultado seria praticamente o mesmo da exposição no espaço aberto. O astronauta sufocaria e teria seu sangue fervido.

Tendo como base um cenário hipotético de que o astronauta morreu depois de pousar, já na superfície de Marte, nesse caso, a cremação não é recomendada porque precisa de muita energia que os sobreviventes precisam para outras tarefas. No entanto, enterrar o corpo também não é uma opção porque as bactérias e outros organismos existentes no corpo humano podem contaminar a superfície do Planeta Vermelho.

O que aconteceria, provavelmente, seria a preservação do corpo em uma sacola espacial até que todos voltassem para a Terra.

A realidade é que existem muitas perguntas a respeito de como os astronautas iriam lidar com uma morte na missão e não somente com a questão do que fazer com o corpo. Por isso que, ajudar a tripulação a lidar com a perda e também os familiares na Terra é tão importante quanto saber lidar com o corpo no espaço.

Fonte: Olhar digital, Science alert

Imagens: Twitter, Olhar digital

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