Em Gaza, nesta terça-feira (17), o comandante militar sênior do Hamas, Ayman Nofal, morreu em um ataque aéreo israelense, conforme relatado pelo braço armado do Hamas, Brigadas Izz el-Deen Al-Qassam.
Nofal liderava a área central de Gaza nas Brigadas Izz el-Deen Al-Qassam e era membro do alto conselho militar.
Os eventos ocorreram em meio a crescentes hostilidades, desencadeadas pelo disparo de foguetes pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro, seguido por uma invasão do território israelense e confrontos.
Desde então, as hostilidades resultaram em significativas perdas de vidas em ambas as regiões.
No entanto, não se sabe quais as consequências reais para a morte de uma patente tão alta e tão significativa no exército do grupo terrorista.
Ataques em Israel
Desde 7 de outubro, Israel realizou ataques em cerca de 5 mil alvos do Hamas na Faixa de Gaza, conforme informado por uma autoridade israelense de alto escalão nesta terça-feira.
Em meio ao bombardeio que já dura dias e resultou na morte de aproximadamente 3.000 palestinos, a autoridade destacou que um “grande número” de outros ataques foi cancelado para evitar baixas civis palestinas.
Embora não existam detalhes da quantidade exata de ataques cancelados, a autoridade afirmou que cada operação desse tipo é “aprovada no mais alto nível” dos militares israelenses.
Diante da incursão do Hamas em 7 de outubro, Israel expressou determinação em eliminar o grupo islâmico palestino em Gaza, mesmo que isso demande meses ou anos.
Além disso, o sucesso em matar o comandante militar do Hamas mostra como o Estado está empenhado em atingir posições significativas na composição do exército terrorista.
Relembre como foi o ataque a Israel
No último sábado (7), as ações do Hamas se concentraram perto da fronteira da Faixa Gaza, lançando cerca de 5 mil foguetes em direção a Israel.
Utilizando terra, ar, e mar, homens armados invadiram o território israelense pelo sul do país, incluindo o uso de motos e parapentes.
Houve relatos de tiroteios nas ruas e o sequestro de dezenas de israelenses, incluindo mulheres e crianças, levados como reféns para Gaza.
Nos primeiros dias de ataque, todos ficaram confusos sobre o que estava acontecendo, e, principalmente, como passaram das barreiras de segurança do Estado. Por isso, o retorno demorou a acontecer.
No entanto, em resposta à ofensiva do Hamas, o governo israelense iniciou uma retaliação.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse convicto que estavam em guerra, mas Israel iria ganhar. No mesmo dia, Israel lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
Faixa de Gaza
É importante definir mais sobre esse território para entender como a guerra se desenrolou e culminou na morte do comandante militar e de milhares de outras pessoas.
A Faixa de Gaza é um território originalmente palestino que fica em uma estreita terra na costa oeste de Israel, fazendo fronteira com o Egito.
Com uma população de 2 milhões de habitantes em um território de 360 km², é marcada por pobreza e superpopulação. Além disso, também possui localização estratégica em termos de saída de imigrantes, próxima ao Egito e à Rússia.
No passado, Israel buscava dominar a Faixa de Gaza, mas os palestinos se consolidaram lá e o Hamas conseguiu comando da maior parte do território. Contudo, o uso de recursos ainda depende exclusivamente do Estado.
Além disso, a disputa entre Israel e Palestina remonta a décadas e resultou em inúmeros confrontos armados e mortes.
Na atualidade, teve início em 1947, quando a ONU propôs a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico. No entanto, essa coexistência não deu resultados positivos, e Israel procurou estabelecer dominância sobre eles.
Agora, o grupo terrorista se movimentou para recuperar sua terra e condições dignas de vida. No entanto, com a morte do comandante militar, é possível entender uma vitória por parte de Israel.
Fonte: G1
Imagens: G1, UOL
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