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Até 2100, duas bilhões de pessoas podem ser expostas ao calor mortal

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Com o passar dos anos, a temperatura média de todo o mundo tem sofrido altas terríveis. O aquecimento global é um dos principais culpados pela alta. Todos os anos, vemos notícias sobre as ondas de calor que atingem todo o globo. As altas temperaturas têm afetado a vida de todos e em casos graves, levam inclusive à morte.

Por conta disso, várias políticas existem para tentar limitar o aquecimento global. Contudo, as existentes atualmente acabarão expondo mais de um quinto da humanidade a um calor extremo e potencialmente mortal até o fim do século.

De acordo com um estudo feito pela universidade britânica de Exeter, a temperatura da superfície do planeta está caminhando para ter um aumento de 2,7° Celsius até 2100 com relação à era pré-industrial. Por conta desse aumento, dois bilhões de pessoas enfrentarão um calor nunca antes visto.

Calor extremo

Jornal Franca

Conforme pontuaram os autores, esse estudo é um dos raros que mostra o custo humano e reforça a urgência climática. Isso porque, normalmente, os estudos mostram outros pontos, como por exemplo, prejuízos financeiros. No entanto, esse focou no número de pessoas que será afetado com esse calor extremo.

“Precisaremos de uma remodelagem profunda da habitabilidade da superfície do planeta, o que poderia resultar potencialmente em uma reorganização em grande escala dos lugares onde as pessoas vivem”, afirmou Tim Lenton, líder do estudo.

Ainda de acordo com o estudo, os países que mais irão sofrer são Índia, Nigéria e Indonésia. Esses países irão enfrentar um aumento de temperatura tão grande que pode acabar colocando a vida dos seus habitantes em risco.

Entretanto, conforme aponta Lenton, se o aquecimento global for limitado em 1,5° C, que era o objetivo do Acordo de Paris de 2015, a quantidade de pessoas que será exposta a um calor extremo iria diminuir e ser menos de meio bilhão. “Para cada acréscimo de 0,1°C acima dos níveis atuais, são 140 milhões de pessoas a mais que sofrerão com um calor perigoso”, pontuou ele.

O aquecimento da Terra atual é de aproximadamente 1,2° C por conta da atividade humana, especialmente pelo uso de combustíveis fósseis, como o carvão, o petróleo e o gás. Com essa temperatura já é possível sentir as consequências com as ondas de calor, que estão cada vez mais extremas, além dos incêndios florestais, secas e mais outras coisas.

O estudo estipulou o parâmetro de “calor mortal” com a média anual de 29°C. Os riscos vão ficando maiores em locais perto da linha do Equador que, mesmo com um calor menos extremo, a umidade impede que o corpo se refresque através da transpiração.

Morte

DW

Claro que o aumento de temperatura do planeta interfere nas mais diversas coisas, mas a mais importante é na vida das pessoas. E mesmo sem estarmos com temperaturas extremas existem pessoas morrendo de calor. Como isso acontece?

Esse processo de degradação do estado de saúde provocado pelo calor é chamado hipertermia. Ela é quando o corpo fica com uma temperatura mais elevada do que o normal e gera desequilíbrios graves. “O organismo começa a ‘cozinhar’ por dentro, desequilibrando todo o metabolismo”, explicou Carlos Machado, clínico geral especialista em medicina preventiva.

Esse “cozimento” por dentro é, na realidade, o processo que começa com a alteração das proteínas que estão presentes no sangue e termina com complicações nos órgãos vitais.

No caso do processo de hipertermia, existem três tipos diferentes. A clássica, que está relacionada à exposição excessiva ao calor e ao sol; a de esforço físico, que acontece quando a pessoa faz alguma atividade e o corpo não consegue voltar para sua temperatura normal; e a maligna, que resulta do uso de determinados medicamentos, como analgésicos. Ela normalmente acontece com pessoas de lugares que têm um clima ameno, mas que às vezes passam por ondas de calor.

Assim como qualquer outra doença, a hipertermia também tem seus sintomas. São eles: transpiração excessiva, dores de cabeça, tontura, fraqueza, cãibras, alucinações, convulsões, pressão arterial baixa, respiração curta e acelerada, desmaios, náuseas e vômitos.

Se a pessoa tiver esses sintomas e não receber um atendimento médico, a hipertermia pode levar à morte, fazendo a pessoa literalmente morrer de calor. Para que isso seja evitado, usa-se “métodos de restauração mecânicos”, como banho gelado e o uso de ventiladores. Além deles, toalhas molhadas e refrigeradas também podem ajudar.

Fonte: UOL,G1

Imagens: Jornal Franca, DW

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