Ciência e Tecnologia

Aumento da atividade solar pode inundar a Lua com doses letais de radiação, ameaçando astronautas

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O aumento da atividade solar está ameaçando a Lua, e os cientistas acompanham esse processo com atenção.

Quando o sol passa por uma erupção, ele libera partículas altamente energéticas no espaço, que impactam tudo em seu trajeto.

Dependendo da magnitude desse fenômeno, planetas e satélites podem ser atingidos por doses significativas de radiação, podendo até se tornar letais.

Em outubro de 2021, cientistas registraram uma erupção intensa, que lançou radiação para influenciar Marte, Terra e Lua simultaneamente.

Via Globo

Foi a primeira vez que um evento desse tipo afetou esses três corpos celestes ao mesmo tempo, conforme relatado pela Agência Espacial Europeia recentemente, conforme informações do Insider.

Se houvesse astronautas na Lua ou em Marte durante a emissão dessas partículas, eles teriam sido expostos à radiação, embora em níveis não letais.

No entanto, uma erupção anterior datada de 1972 teria representado uma ameaça real à vida dos astronautas nesses locais, segundo informações da Space.com.

À medida que o sol entra em uma fase mais ativa, é provável que esse tipo de fenômeno se torne mais frequente e intenso, aumentando assim o risco de exposição radioativa para os astronautas. Essa informação é especialmente relevante agora, pois a NASA planeja enviar pessoas de volta à Lua em 2025.

Fases da atividade solar

O aumento da atividade solar está intrinsecamente ligado ao estágio de vida da estrela, conforme explica Robert Steenburgh, cientista espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica.

Esse ciclo acontece entre onze anos, e o sol passa por um ciclo diferente de composições. Atualmente, estamos na fase ativa, caracterizada pelo aumento das erupções solares.

Durante esses períodos ativos, é comum observar duas ou até três erupções por dia. Em fases mais calmas, ocorre apenas uma por semana, de acordo com dados da NASA.

Estima-se que até o final de 2024, o sol atingirá o pico de sua atividade, levando a erupções ainda mais intensas.

Posteriormente, a estrela retornará gradualmente a uma fase mais tranquila, como indica a agência espacial.

Steenburgh explica que, durante as erupções, estaremos protegidos pelo campo magnético do nosso planeta. No entanto, os astronautas na superfície estarão em perigo.

Advertência

Via Freepik

Os cientistas enfatizam a importância de tomar precauções rigorosas nas futuras expedições lunares, à medida que o sol entra em um estágio mais ativo.

Embora a atividade solar seja um fenômeno natural e previsível, o aumento na frequência e intensidade das erupções torna imperativo o cuidado com a segurança dos astronautas que estarão na superfície da Lua.

Essas advertências destacam a necessidade de desenvolver tecnologias e medidas de proteção apropriadas para mitigar os riscos da radiação solar durante as missões lunares.

A exposição a níveis elevados de radiação pode ter efeitos negativos na saúde dos astronautas, incluindo riscos de câncer e outros problemas de saúde relacionados à radiação.

Apesar dos desafios e perigos associados à radiação solar, já foram agendadas diversas expedições lunares nos próximos anos.

Isso destaca o equilíbrio delicado entre a exploração espacial e a segurança dos tripulantes.

As agências espaciais e as equipes científicas continuam trabalhando para desenvolver estratégias de mitigação de riscos e sistemas de proteção eficazes, a fim de tornar as missões lunares bem-sucedidas e seguras para os astronautas envolvidos.

Portanto, enquanto as oportunidades de exploração lunar seguem promissoras, os desafios impostos pelas erupções da atividade solar aumentam a cautela dos pesquisadores, a fim de garantir a segurança dos astronautas e exploradores.

 

Fonte: Época Negócios

Imagens: Globo, Freepik

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