Saúde

AVC: implantes cerebrais podem reduzir sequelas? Entenda

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Estudos avaliam se implantes cerebrais poderiam reduzir as sequelas de um AVC, e a resposta pode ser revolucionária na medicina.

Depois de um acidente vascular cerebral, ocorre dano permanente em áreas do cérebro, influenciando as funções cognitivas e motoras. Isso, por sua vez, repercute na qualidade de vida do paciente.

No entanto, pesquisas recentes apontam para perspectivas promissoras de tratamento, incluindo a exploração de implantes cerebrais.

O que é AVC?

Via Centro de Imagem

Um acidente vascular cerebral (AVC) ocorre quando há uma interrupção no suprimento sanguíneo para uma parte do cérebro. Isso pode resultar em danos significativos às células cerebrais.

Além disso, existem dois tipos principais de AVC, sendo o isquêmico e o hemorrágico.

No AVC isquêmico, que é o tipo mais comum, um coágulo ou placa de gordura bloqueia uma artéria que fornece sangue ao cérebro.

Isso leva a uma diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo, resultando em danos às células cerebrais pela falta de oxigênio.

Enquanto isso, o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando o vazamento de sangue para os tecidos circundantes. Esse sangramento pode exercer pressão sobre as células cerebrais e causar danos adicionais.

Os sintomas podem variar, mas frequentemente incluem perda súbita de função em uma parte do corpo, dificuldade na fala, confusão, tonturas e, em casos mais graves, perda de consciência.

As consequências dependem da extensão do dano cerebral e da rapidez com que a pessoa recebe tratamento. Além disso, agora se avaliam métodos alternativos para diminuir os impactos na vida do paciente.

Implantes cerebrais no tratamento pós-AVC

Recentemente, um estudo publicado na revista científica Nature destacou a possibilidade de usar implantes cerebrais para auxiliar pacientes que passaram por um acidente vascular cerebral.

O cerebelo é uma pequena estrutura localizada na parte inferior traseira do cérebro. Assim, a proposta central é a aplicação de estimulação cerebral profunda, visando impactar positivamente na recuperação motora de indivíduos que enfrentaram AVCs.

A pesquisa envolveu a avaliação de 12 participantes com comprometimento moderado a grave nos membros superiores, desde que persistissem entre 1 e 3 anos.

Esses indivíduos experimentaram melhorias notáveis, registrando um aumento de aproximadamente 15 pontos na Avaliação Fugl-Meyer do Membro Superior.

Esse progresso durou um período de 20 a 24 meses, e envolveu tratamento especializado e acompanhamento contínuo.

Dessa forma, os primeiros retornos se mostraram surpreendentemente positivos, e a proposta terapêutica é uma aposta futura.

Uma perspectiva promissora

Segundo o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, a abordagem apresenta promissoras possibilidades ao utilizar um mecanismo já popular para tratar sequelas decorrentes de AVC. No entanto, ressalta que deverão realizar estudos adicionais.

Conforme ele explica, os eletrodos cerebrais que fazem parte do estudo são semelhantes aos já empregados no tratamento de Parkinson, distonia e tremor essencial.

Via Terra

Assim, não são exatamente novidade nesse meio, embora a aplicação seja única dessa pesquisa.

Conforme explica o especialista, a inovação está no estudo e na aplicação no cerebelo para auxiliar na recuperação de sequelas de AVC.

Embora os resultados sejam animadores, o médico também destaca que ainda não são suficientes para incorporar o procedimento à prática clínica.

Nesse caso, é necessário investigar de maneira mais abrangente os efeitos a longo prazo. Além disso, não existem definições concretas sobre a abordagem cirúrgica ideal.

Caso contrário, o estudo terá obstáculos e não chegará a uma conclusão aceitável pelos órgãos de regulamentação.

Além disso, é importante conferir o acompanhamento subsequente, indicações médicas e a incidência de sintomas secundários.

Mesmo assim, se essa nova estratégia se consolidar, ela trará ainda mais qualidade de vida para os pacientes, fazendo a diferença na recuperação de funções anteriormente comprometidas pelo AVC.

Os primeiros testes clínicos acontecerão nos próximos meses, mas os implantes cerebrais já são uma aposta para a área.

 

Fonte: Terra

Imagens: Terra, Centro de Imagem de Goiânia

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