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Bacon indistinguível do original será produzido em laboratório, prometem cientistas

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Comer está entre os maiores prazeres da vida de uma pessoa. Mas acontece que as tendências futuras são um tanto quanto problemáticas, tendo em vista que a superpopulação irá tornar todos os recursos já existentes limitados. Então, para atender à maior demanda que teremos no futuro, precisaremos reinventar tudo o que temos hoje, inclusive os alimentos. Dentre eles, o famoso e amado bacon.

Isso porque daqui um tempo, muitos alimentos que conhecemos hoje podem não existir da forma que conhecemos. Além disso, também vivemos uma era com vários movimentos contra a exploração e violência animal e a favor de uma dieta vegetariana ou vegana. Por conta disso existe um ramo da indústria que se concentra em fazer alimentos que imitem o sabor, a textura e até mesmo as propriedades nutricionais da carne.

No entanto, conseguir reproduzir tudo isso é bem difícil. O mais comum é que esses alimentos tenham somente dois desses fatores. Contudo, agora, cientistas prometeram que irão fabricar um bacon em laboratório que não terá diferença nenhuma do que vem do porco.

Para conseguir isso eles irão usar duas técnicas. Eles juntarão a gordura animal, que será cultivada em laboratório, com produtos que já existem e são baseados em plantas.

Quem já teve o prazer de provar esse bacon de laboratório foi a jornalista Yasmin Tayag, do veículo The Atlantic. Depois de ter comido, ela falou maravilhas desse bacon, desde o seu sabor, cheiro, textura e até mesmo suculência.

Bacon em laboratório

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Quem está à frente dessa empreitada é a Mission Barns, empresa do ramo de biotecnologia nos Estados Unidos. E um dos principais desafios encontrados por eles é a gordura animal. Até porque, o seu sabor e sua suculência não podem ser imitados pelas alternativas vegetais. Um possível substituto para ela seria o óleo de coco, mas ele derrete e sai dos alimentos com bastante facilidade.

Entretanto, é fácil fabricar a gordura em laboratório, já que para isso é preciso somente um tipo de célula, o que facilita bastante a receita.

Além da Mission Barns, a Hoxton Farms disse que consegue produzir uma gordura animal convincente misturando 10% de uma substância fabricada em laboratório com os outros 90% de proteínas que são baseadas em plantas.

Independentemente de qual seja a forma de produção, todas elas têm uma deficiência em comum: a composição nutricional, ou a falta dela. Isso porque a carne natural tem muita proteína, e isso falta nas alternativas de laboratório. Também é difícil convencer as pessoas, já céticas, de que o produto será igual ao original.

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Esse novo bacon não é uma carne que se baseia em plantas e nem uma carne 100% de laboratório. Então como anunciá-lo? Em 2019, as empresas tentaram fazer o termo “blended meat”, “carne misturada” traduzido, acontecer e ser associado a esses produtos. No entanto, foi uma grande falha.

Até o momento, os publicitários ainda têm muito o que pensar sobre como anunciar esse tipo de produto, visto que as carnes produzidas em laboratórios são bem caras. E até mesmo as empresas ainda estão se aperfeiçoando. Por exemplo, a Upside Foods, que foi a primeira e única aprovada nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA), ainda está construindo suas fábricas e testando seus produtos e esperando conseguir baratear a fabricação.

Futuro?

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A ideia de poder fazer um bacon em laboratório é vista em muitas empresas. Tanto é que, além das já citadas, a startup Higher Steaks, com sede no Reino Unido, também criou a sua própria versão. A empresa conseguiu criar bacon e barriga de porco a partir de uma mistura de células cultivadas em laboratório e vários produtos vegetais, proteínas, gorduras e amidos.

Até o momento, a empresa produziu somente uma amostra pequena, para provar que era possível ser feito. Segundo o site “TechCrunch”, ainda não é possível produzir alimentos cultivados em laboratórios e vendê-los para as pessoas.

Essa é uma limitação que o setor enfrenta. Mas a startup cita que tem uma demanda crescente por seu produto em contrapartida de uma oferta decrescente de carne de porco. Isso é motivo suficiente para ela continuar tentando.

“A produção do primeiro bacon e barriga de porco já cultivados é prova de que novas técnicas podem ajudar a atender a uma demanda esmagadora por produtos de carne de porco em todo o mundo”, disse a CEO Benjamina Bollag.

Fonte: Canaltech, Meio norte

Imagens: Canaltech

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