Curiosidades

Bactérias podem sobreviver abaixo da superfície de Marte por 280 milhões de anos

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Desde que o homem foi à lua, as expedições e explorações do espaço sempre pairaram a humanidade. Os humanos sonham em ir para Marte, praticamente desde quando o planeta foi descoberto. Mesmo com todas as expedições, ainda se sabe muito pouco sobre Marte. E muito se especula como ele pode ser o lar de alienígenas. Estudiosos buscam, desde sempre, evidências de que há condições de manter vida no planeta, mesmo que não sejam seres verdes e cabeçudos, mas sim bactérias.

Nesse ponto, um novo conjunto de experimentos deu aos pesquisadores uma nova visão. Eles descobriram que os microrganismos podem sobreviver logo abaixo da superfície de Marte por muito mais tempo do que se imaginava. Eles descobriram que bactérias secas podem permanecer vivas em condições parecidas com as vistas no Planeta Vermelho por até 280 milhões de anos. Isso melhoraria as chances de encontrar evidências se Marte já teve realmente vida.

Anteriormente, a maioria dos experimentos testava se os microrganismos poderiam sobreviver à intensa radiação em Marte, e para isso eles usavam bactérias hidratadas à temperatura ambiente. Contudo, Brian Hoffman , da Northwestern University, em Illinois, e seus colegas usaram uma outra abordagem. Eles dissecaram uma variedade de bactérias e leveduras e as congelaram antes de submetê-las à radiação.

Bactérias

New Scientist

Esse processo seria parecido com o que uma forma de vida enterrada em Marte experimentaria. Depois disso eles mediram os danos causados. “Há essa multiplicação fenomenal da resistência quando você se livra da água e esfria tudo”, disse Hoffman.

Isso se parece com a liofilização de alimentos para torná-los mais duradouros. Como Marte é seco e frio, é provável que qualquer bactéria também seja. Como resultado, as amostras dos pesquisadores foram tão pouco danificadas pela radiação que eles fizeram uma estimativa de que as bactérias poderiam sobreviver por até 280 milhões de anos.

“Se as bactérias liofilizadas fossem aquecidas e expostas à água durante esse período, elas emergiriam de seu estado adormecido. Isso abre algumas possibilidades de que você pode obter revitalização se um meteoro com um pouco de água cair e respingar na superfície, ele pode se regenerar. A probabilidade de que ainda esteja vivo agora aumentou de zero para a menor coisa que você possa imaginar – é diferente de zero, mas com certeza não é grande”, explicou Hoffman.

Evidências

BBC

Estima-se que Marte secou aproximadamente três bilhões de anos atrás. Por conta disso, mesmo as bactérias mais saudáveis ​​provavelmente já estão mortas. No entanto, a longevidade delas pode fazer com que seja mais fácil encontrar evidências preservadas de qualquer bactéria que já viveu no planeta. Isso também significaria que, se os humanos as contaminarem com organismos terrestres, essa contaminação será praticamente permanente.

“Se contaminamos a área em que pousamos, como sabemos se o que encontramos estava lá antes de chegarmos ou se foi algo que depositamos? Se não podemos dizer o que é nosso e o que é deles, por assim dizer, é impossível dizer se havia vida lá”, concluiu Hoffmann.

Viagem a Marte

Gizmodo

Por mais que ainda não seja possível mandar pessoas para Marte isso não quer dizer que missões para o planeta não aconteçam. E se pessoas não podem ir, será que micróbios podem vagar pela imensidão do espaço como um pólen e plantar sementes nos planetas distantes? Isso é mesmo possível?

De acordo com a missão astrobiológica chamada “Tanpopo”, que quer dizer “dente-de-leão” em japonês, isso pode realmente acontecer. As amostras de um gênero de bactéria altamente resistente, chamado Deinococcus, sobreviveu por três anos no vácuo do espaço. Ela resistiu à microgravidade, radiação ultravioleta intensa e temperaturas extremas. Tudo isso enquanto viajava no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS).

Esse estudo coloca um nível de viabilidade na teoria da panspermia, que diz que a vida não começou na Terra e que, na verdade, ela veio de outras partes do universo. Para que isso fosse verdade as células teriam que cruzar distâncias gigantescas sob algumas condições brutais que são conhecidas por nós. Nesse sentido, várias pessoas são céticas a respeito dessa teoria.

Entretanto, depois de três anos do lado de fora da ISS, as pelotas secas de Deinococcus, que eram mais grossas que 0,5 milímetros, sobreviveram às suas voltas ao redor da Terra. Já as que eram menores não conseguiram.

Analisando o nível de decomposição nas amostras, especialmente na superfície, os pesquisadores previram que somente uma pelota de um único milímetro de espessura conseguiria ter sobrevivido até oito anos no espaço, e no mínimo três.

“Os resultados sugerem que o Deinococcus radiorresistente pode sobreviver durante a viagem da Terra a Marte e vice-versa, que fica vários meses ou anos na órbita mais curta”, disse o biólogo Akihiko Yamagishi, da Universidade de Tóquio.

Fonte: New Scientist, Exame

Imagens: New Scientist, BBC, Gizmodo

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