História

Bebê e mãe de 6.000 anos encontrados sepultados na Holanda

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Arqueólogos na cidade de Nieuwegein, na Holanda, ficaram maravilhados ao descobrir um enterro de 6 mil anos, da Idade da Pedra.

Esta incrível descoberta revelou os restos mortais de uma mulher segurando um bebê nos braços, tornando-se o enterro infantil mais antigo já encontrado no país.

Nieuwegein é conhecida por ser uma área rica em achados arqueológicos relacionados à cultura Swifterbant, que habitou a região entre 5300 e 3400 a.C.

Diversos artefatos apareceram sob camadas de argila e turfa, o que contribuiu para a excelente preservação dos mesmos.

A descoberta emocionante aconteceu quando os arqueólogos desenterraram quatro esqueletos e os transportaram para um laboratório para análise minuciosa.

Um dos esqueletos pertencia a uma jovem adulta, cujo braço estava dobrado em ângulo reto, indicando algo incomum no local de sepultamento.

Posteriormente, encontraram-se fragmentos ósseos menores no braço direito da mulher, revelando que ela se enterrou com o bebê.

Via Só Científica

Admiração

A líder do projeto, Helle Molthof, expressou sua admiração pela descoberta, afirmando que foram os pequenos dentes que tornam tudo mais surpreendente. São pequenos dentes sob a argila, extremamente parecidos com os que temos atualmente.

Essa descoberta é extremamente rara, pois os ossos dos bebês são frágeis e geralmente se desintegram pouco tempo após o enterro de 6 mil anos.

No entanto, graças às condições alagadas do local e à presença de camadas de argila e turfa, os restos mortais delicados foram preservados por milênios.

Próximos passos

Os pesquisadores agora planejam realizar análises de DNA para determinar se a mulher adulta é a mãe do bebê e qual era o sexo da criança. Além disso, eles buscam obter mais informações sobre os rituais funerários do povo Swifterbant.

Como Molthof mencionou, saber como viviam e o que comiam é um dos primeiros passos para desvendar sobre esse momento. Além disso, permite entender o que acontecia com as pessoas e, principalmente, com as crianças.

A investigação também incluirá análises de isótopos para descobrir se a mulher nasceu na área ou se migrou posteriormente.

Por que preservou?

Via Dreamstime

A argila é um material com propriedades especiais que contribuem para a preservação dos dentes e outros tecidos orgânicos ao longo do tempo. Existem alguns fatores-chave que explicam por que a argila é eficaz nesse aspecto, especialmente no enterro de 6 mil anos.

A princípio, reforça-se por ser um material sedimentar que se forma em ambientes alagados ou úmidos, geralmente com pouco ou nenhum acesso ao oxigênio.

A falta de oxigênio cria um ambiente anaeróbico, no qual a decomposição bacteriana é inibida. Isso evita a rápida deterioração dos tecidos orgânicos, incluindo os dentes.

Além disso, a argila possui baixa permeabilidade e retenção de umidade, o que ajuda a limitar a atividade microbiana.

Isso significa que os microrganismos que normalmente contribuem para a decomposição dos dentes não têm condições favoráveis para se multiplicar e desgastar os tecidos dentários.

Ainda, a argila atua como uma espécie de invólucro protetor para os dentes e outros restos orgânicos.

Ela envolve os materiais, criando uma barreira que protege contra fatores externos, como ação mecânica, erosão ou lixiviação.

Por fim, vale mencionar que a deposição rápida da argila sobre os dentes, seja por meio de inundação, sedimentação fluvial ou outros processos geológicos, contribui para sua preservação.

Quando os dentes são rapidamente enterrados sob uma camada de argila, isso impede a exposição prolongada a agentes de decomposição, como a ação dos elementos ou a atividade de animais.

Por isso, foi possível ter essa descoberta, que contribui para conhecer mais a história e o passado.

 

Fonte: Só Científica

Imagens: Só Científica, Dreamstime

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