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Armadilha elimina mosquitos utilizando colhedor de eletricidade estática

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Só de falar em mosquitos parece que já se ouve o “zzzzz” deles e é possível senti-los se aproximando de nós. E claro que também tem a incômoda picada que eles dão. Esse é um problema que afeta praticamente todas as pessoas do mundo todo e é uma questão de saúde pública, especialmente nos locais mais isolados e remotos.

Isso porque os mosquitos transmitem várias doenças, como por exemplo, a malária, febre amarela e o zika vírus. Todas essas doenças causam milhares de morte todos os anos. Por isso que o combate a esses insetos é realmente muito importante.

Dentre as formas de combatê-los, os métodos químicos tradicionais podem ser tóxicos e acabarem colocando a saúde das pessoas que entram em contato com ele em risco, além de também serem prejudiciais ao meio ambiente. Existem também os métodos físicos, que são os que dependem de altas tensões elétricas, que precisam de uma energia contínua e podem ser bem perigosos.

Por conta disso que os pesquisadores chineses criaram um novo projeto de nanogeradores triboelétricos (TENGs) que são autoalimentados e seguros para fazer essa eliminação dos mosquitos e, consequentemente, diminuir as doenças que eles transmitem.

Eliminando mosquitos

Socientifica

Esses TENGs são uma solução bastante promissora com relação aos métodos tradicionais para eliminar mosquitos. Eles funcionam convertendo a energia mecânica de baixa frequência do ambiente em energia elétrica via eletricidade estática. E como eles têm uma tensão alta e uma corrente baixa, eles podem ser fabricados de forma simples, usando vários materiais, tendo um custo baixo e sem perder sua eficiência energética.

Essa tecnologia já tinha sido usada antes para coletar a energia que vinha do movimento humano, ondas oceânicas e outras fontes de baixa frequência. Assim, os TENGs não tiveram seu desempenho máximo por conta de um fenômeno conhecido como quebra do ar.

Por isso que os pesquisadores liderados por Xiaoyi Li, da Ocean University of China, propuseram uma nova forma de fabricar os TENGs usando um modelo teórico personalizado para quebra do ar e tem uma camada intermediária de nanocompósitos ferroelétricos, o chamado nanogerador triboelétrico rotativo de alto desempenho (R-TENG). Dessa forma, a quebra do ar é evitada e o desperdício de energia é diminuído.

Técnica

Socientifica

Esse R-TENG tem uma camada intermediária com nanopartículas de titanato de bário altamente orientadas. Isso faz com que ele tenha sua densidade da carga superficial aumentada e sua retenção das cargas triboelétricas seja melhor.

Com isso, os pesquisadores conseguiram confirmar que o R-TENG consegue fazer tensões de saída por volta dos 6 kV, o que é uma das maiores que já foram registradas pelos geradores triboelétricos. Por conta disso foi possível alimentar mais de 3.420 LEDs ao mesmo tempo.

Esse sistema autossuficiente e inovador pode ser um potencial método para acabar com os mosquitos de uma forma efetiva e também para combater as bactérias no local. E como os resultados até o momento foram positivos, o foco dos pesquisadores agora é melhorar o desempenho dos TENGs e buscar aplicações comerciais.

Sem picadas

Olhar digital

Uma outra solução parece ter sido criada contra as picadas dos mosquitos. Os pesquisadores da Universidade de Auburn criaram um novo tecido, que tem uma estrutura geométrica única, e que impede as picadas dos mosquitos.

Os pesquisadores foram liderados por John Beckmann, professor assistente de entomologia e patologia vegetal, e na visão deles, esse novo tecido pode ser um marco na prevenção das doenças que são transmitidas através das picadas dos mosquitos.

Conforme foi visto em estudos anteriores, as roupas normais e os tecidos ajustados não dão proteção contra as picadas. Por conta disso os pesquisadores fizeram seu estudo e, através de experimentos com máquinas programáveis eles conseguiram criar um padrão que consegue realmente impedir as picadas dos mosquitos.

Isso é possível porque esse padrão cria uma malha em um nível microscópico que não deixa que os insetos consigam atravessar o tecido. E é claro que não foi somente o fator proteção que foi levado em conta no momento da criação. Até porque, os pesquisadores também se preocuparam com o conforto do tecido.

Os pesquisadores trabalharam muito até conseguir que esse tecido fosse bom para usar. Depois de eles conseguirem chegar no resultado pretendido, fizeram a comparação dele com a textura de uma calça legging, ou seja, como se fosse um elastano com poliéster.

Por mais que o tecido já esteja em uma textura boa de se usar, os pesquisadores querem continuar trabalhando para conseguir um conforto ainda melhor e, no futuro, lançar uma linha de roupas feitas com ele.

Outra expectativa dos pesquisadores é que esse padrão possa ser licenciado para os fabricantes de roupas, o que faria com que ele pudesse ser aplicado nas mais variadas peças.

Mesmo que essa criação e descoberta tenham tido bons resultados, o tecido ainda está sendo desenvolvido. Ou seja, mais para frente ele pode ser um recurso usado na prevenção de doenças transmitidas pelos mosquitos ao redor do mundo.

Fonte: Socientifica, Olhar digital

Imagens: Socientifica, Olhar digital

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