História

Bilionário ucraniano financia soldados voluntários contra a Rússia e acaba com a própria fortuna

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Um bilionário ucraniano se tornou uma das principais fontes de financiamento de soldados voluntários na luta contra a Rússia.

A CNN Brasil exibirá um documentário especial intitulado “The Will to Win – Ucrânia 1 Ano Depois” em comemoração ao aniversário da invasão russa, e apresentará essa história.

Vsevolod Kozhemyako, um magnata da agricultura, estava esquiando na Áustria quando o presidente russo Vladimir Putin invadiu a Ucrânia há pouco mais de um ano.

Bilionário ucraniano

Via CNN

Desde então, ele tem utilizado sua fortuna de maneira diferente, liderando o chamado “Batalhão do Bilionário”, que ajudou a expulsar as forças russas da cidade de Kharkiv.

Embora o grupo careça de treinamento tradicional, eles têm acesso a um vasto arsenal de equipamentos, incluindo armas, bombas e drones para lançar explosivos.

À CNN, Vsevolod Kozhemyako declara que está lutando pela liberdade. Ele quer manter seu modo de vida. Não queria essa guerra, mas a Rússia começou, e agora precisa lutar. Além disso, também tem confiança na vitória, e se lembrará de todos que perdeu.

Em entrevista para a correspondente internacional da CNN, Clarissa Ward, durante o documentário especial “The Will to Win – Ucrânia 1 Ano Depois”, o bilionário ucraniano Kozhemyako revela: “Eu sou um empreendedor. Esta é a minha nova empresa, mas ela não foi criada para dar lucro. Foi criada para matar o inimigo”.

Outras pessoas dedicadas

Via Pexels

No documentário, Clarissa Ward entrevista Yvan, um ucraniano de 32 anos que passou de civil a colaborador sistemático da inteligência do governo da Ucrânia. Por razões de segurança, ele pediu que a CNN não revelasse seu sobrenome.

Yvan confessou que passou a fornecer dados sigilosos para os serviços de segurança da Ucrânia. Ele fez isso por meio de um aplicativo ucraniano chamado DIA.

Dessa forma, marcava as coordenadas dos equipamentos ou locais onde as tropas russas estavam posicionadas e enviava uma mensagem informando que havia encontrado uma unidade russa.

O documentário também apresenta uma entrevista emocionante com Nastya Shvets, uma sobrevivente de um ataque a um prédio residencial. Nastya, de 24 anos, perdeu seus pais na explosão e, pouco depois, perdeu também o namorado, que estava lutando contra as tropas russas.

Ela conta à CNN que seu namorado era o homem com quem ela iria se casar e formar uma família, descrevendo-o como um homem forte e carinhoso que faria qualquer coisa para fazê-la sorrir.

Guerra na Ucrânia

Assim como Yvan e o bilionário ucraniano, milhares de pessoas perderam a vida e as pessoas que amavam por conta da guerra, que já dura um ano.

Existem diversos critérios que explicam o início da guerra da Rússia, mas se concentra, principalmente, em interesses geográficos.

Desde a Revolução da Dignidade na Ucrânia em 2014, a Crimeia teve anexo pela Rússia, enquanto as forças separatistas com apoio do governo russo tomaram parte da região do Donbas no sudeste da Ucrânia.

No início de 2021, houve um acúmulo de presença militar russa ao longo da fronteira entre Rússia e Ucrânia, com os Estados Unidos e outros países acusando a Rússia de planejar uma invasão da Ucrânia.

No entanto, as autoridades russas negaram repetidamente essa intenção. Durante a crise, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que a ampliação da OTAN pós-1997 era uma ameaça à segurança de seu país.

Isso é algo que a OTAN rejeita, e exigiu que a Ucrânia fosse permanentemente impedida de ingressar na organização. Putin também expressou opiniões irredentistas russas e questionou o direito de existir da Ucrânia.

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Motivos

Antes da invasão, Putin acusou a Ucrânia de cometer “genocídio” contra seus cidadãos que falam russo, uma afirmação amplamente considerada falsa e infundada.

Em 21 de fevereiro de 2022, Putin reconheceu a República Popular de Donetsk e a República Popular de Lugansk, duas regiões autoproclamadas como Estados controlados por separatistas pró-Rússia em Donbas.

Em seguida, o Conselho da Federação da Rússia decidiu, de forma integral, que seria necessário utilizar força militar para deter a situação. Foi assim que as tropas começaram a entrar no território.

Desde então, os exércitos travam batalhas em diferentes pontos e regiões centrais do território. Por conta disso, voluntários e soldados se manifestaram para defender as capitais, com ajuda de financiamento privado, como do bilionário ucraniano.

Por fim, existem expectativas de que a guerra esteja próxima do fim, com tratados de paz propostos por países internacionais. Entretanto, nada é confirmado, e os habitantes continuam se preparando para o pior.

 

Fonte: CNN

Imagens: CNN, Pexels, Pexels

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