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Caixão do Rei Tutancâmon deixa a tumba após permanecer no local por 3.300 anos

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De acordo com o The Los Angeles Times, no início deste ano, o Instituto de Conservação Getty e o Ministério de Antiguidades do Egito concluíram o processo de restauração da tumba do rei Tutancâmon. A atividade, em si, durou quase 10 anos. Agora, os orgaos começam um novo processo: restaurar o caixão de Tutancâmon.

O caixão que continha o corpo do rei ficou na tumba por 3.300 anos. Mesmo após o arqueólogo Howard Carter ter descoberto a tumba, em 1922, o caixão sempre permaneceu no Vale dos Reis, um vale no Egito onde foram construídas tumbas para faraós e nobres poderosos do Reino Novo.

O projeto de restauração do caixão

O complexo projeto que envolve a restauração do caixão do rei Tutancâmon foi amplamente, motivado em 2020. Composto por três camadas, a estrutura do caixão externo é maior que os outros dois caixões, que são concêntricos. A menor camada da estrutura, feita de ouro maciço, guardava o corpo do rei mumificado.

Os dois caixões externos são feitos de madeira e revestidos de ouro. Além disso, possuem várias pedras semipreciosas. Embora os dois caixões estivessem em exibição no Museu Egípcio do Cairo, o terceiro caixão nunca havia deixado a tumba. Após a restauração, a estrutura, finalmente, se juntará aos outros.

Os três caixões são a principal atração da exposição de inauguração do Grande Museu Egípcio, marcada para este ano. Além dos três caixões que abrigaram o corpo do rei Tut, a exposição exibirá também as inúmeras relíquias que foram descobertas em seu túmulo, como, por exemplo, uma adaga feita de restos de um meteorito.

Quando o arqueólogo Howard Carter descobriu o local de descanso de Tutancâmon no Vale dos Reis, a tumba estava intacta, diferente de outras tumbas reais da época do antigo Egito quando foram descobertas.

Informações

Quando Carter descobriu a tumba de Tut, dois dos três caixões foram transportados para o Museu Egípcio do Cairo. A estrutura externa, então, permaneceu no local e só foi retirada agora, 3.300 anos depois.

Pela primeira vez, arqueólogos e historiadores tiveram a oportunidade de inspecionar o caixão externo. A estrutura deve ser restaurada em oito meses. De acordo com Eissa Zeidan, diretora geral de Primeiros Socorros para Conservação e Transporte de Artefatos, o caixão foi altamente danificado pelo calor e pela umidade que havia na tumba.

“O caixão está em mau estado, muito deteriorado”, disse Zeidan. “Encontramos muitas rachaduras e camadas faltando”.

O ministro de Antiguidades do Egito, Khaled el-Anany, também afirmou que a estrutura era “muito frágil” e que a restauração era prioridade máxima. O caixão, de 2,13 metros de comprimento, está sendo mantido sob segurança em um dos 17 laboratórios do novo museu.

Os restauradores têm se dedicado também a inúmeros outros itens que foram encontrados na tumba do rei Tut. Ao todo, são mais de 5.000 artefatos e todos serão exibidos no Grande Museu Egípcio, construído para ser o maior do mundo.

Para garantir que os artefatos não sejam danificados durante os processos de restauração, os laboratórios do novo museu são equipados com um sistema de filtragem e ventilação de ar que regula a umidade, a emissão de dióxido de carbono e equilibra os níveis de poeira. 

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