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Caso de 50 anos atrás é desvendado com ajuda da genealogia investigativa

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A Polícia Federal norte-americana anunciou no último dia 31 de outubro que descobriu a identidade da “Mulher das Dunas”, a mais antiga vítima de homicídio não identificada do estado de Massachusetts. As investigações avançaram após quase 50 anos devido ao uso de técnicas de genealogia investigativa. 

Por meio de comunicado divulgado pelo FBI, este “é um método único que pode gerar novas pistas para homicídios não resolvidos, bem como ajudar a identificar vítimas desconhecidas”. 

De acordo com as autoridades, o corpo de Ruth Marie Terry, natural do estado do Tennessee, foi encontrado em 26 de julho de 1974. A mulher estava em uma região de dunas na cidade de Provincetown. Na época do assassinato, ela tinha 37 anos.

“Este é, sem dúvida, um grande avanço na investigação que esperamos nos aproximar da identificação do assassino”, afirmou o agente encarregado da divisão de Boston do FBI, Joe Bonavolonta.

O departamento disse que a técnica da genealogia combina o uso da análise de DNA com pesquisas tradicionais de genealogia e registros históricos para encontrar pistas sobre casos violentos não resolvidos. 

Anteriormente, os detetives já haviam tentado, sem sucesso, empregar outras técnicas de identificação para descobrir a identidade da Mulher das Dunas. Entre os métodos usados estavam pesquisas de bairro, revisões de casos de desaparecimentos, reconstrução facial em argila e desenhos de regressão de idade.

Assassinato brutal 

A morte de Ruth foi provocada por um golpe na cabeça, que resultou no esmagamento do lado esquerdo do seu crânio. De acordo com os investigadores, o crime teria acontecido semanas antes de os restos mortais serem encontrados.

Os agentes também identificaram que a cabeça da mulher estava praticamente separada do restante do corpo. Seu corpo nu estava deitado sobre uma canga de praia, enquanto a cabeça apoiada em jeans dobrados. 

Além disso, as mãos de Ruth haviam sido removidas, de acordo com a hipótese dos policiais, para dificultar a identificação do corpo por meio de impressões digitais. Isso de fato ocorreu, já que a vítima só foi identificada aproximadamente 50 anos depois com o uso da genealogia.

Mais de 40 anos depois, vítima de serial killer é identificada

Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal

Outro caso de vítima que demorou ser identificada é de Theresa Caroline Fillingim. Após 40 anos, em julho deste ano, quando duas investigações diferentes, uma sobre a identidade da vítima de um serial killer, e outra a respeito de uma jovem desaparecida, foram conectadas devido à elaboração de um perfil genético.

A mulher, que era uma moradora do Condado de Hillsborough, no estado norte-americano da Flórida, tinha apenas 17 anos quando a família notificou seu desaparecimento.

Seu destino seguiu um mistério, até que foi confirmado que sua irmã, Margaret Johns, possuía um parentesco genético com restos mortais encontrados pela polícia do Condado de Hernando em 1981.

O cadáver de Theresa estava ao lado de outros quatro que foram encontrados na propriedade de Billy Mansfield, que foi acusado de assassinar cinco mulheres diferentes. Atualmente, ele cumpre uma sentença vitalícia e tem 66 anos.

Mesmo com o fim perturbador, a irmã disse que está aliviada de finalmente saber o que aconteceu com Theresa. “Isso me dá paz porque sei que não a perdi. Que ela foi levada”, afirmou, de acordo com o repercutido pela revista People. 

O processo de identificação 

Billy Mansfield/ Foto: Divulgação/ Departamento Correcional da Califórnia

No ano de 1981, quando oficiais recuperaram os quatro cadáveres enterrados no quintal de Billy Mansfield, eles conseguiram identificar quem eram duas das vítimas. No entanto, as outras mulheres permaneceram anônimas.

A investigação foi reaberta em 2020, quando as autoridades do Condado de Hernando enviaram uma amostra de DNA para uma universidade do Texas. Os pesquisadores da instituição conseguiram sequenciar o código genético que pertencia a Theresa Fillingim. 

O perfil de DNA foi colocado em um banco de dados nacional, no entanto, não havia correspondência. Por isso, eles decidiram tentar uma nova abordagem, colaborando com a Parabon Nano Labs, uma empresa de tecnologia que já ajudou instituições policiais antes.

Por meio do DNA da vítima, os profissionais do local puderam desenvolver uma estimativa a respeito de seus traços físicos. Com isso, conseguiram conectá-la com jovens semelhantes desaparecidas no mesmo período em que Mansfield estaria à solta.

Após isso, Margaret Johns foi contatada. Por meio das amostras de seu próprio DNA, foi confirmado que ela era a irmã da garota assassinada pelo serial killer.

Fonte: UOL, Aventuras na História

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