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Casos de Candida Auris aumentam no Estados Unidos e podem trazer surto mortal

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Nos últimos anos, os casos de Candida Auris aumentaram nos Estados Unidos, e podem causar um surto mortal no país.

De acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os casos da infecção fúngica resistente Candida auris estão aumentando nos Estados Unidos.

Isso é preocupante devido à sua alta taxa de letalidade. Em 2020, o país registrou 756 diagnósticos da infecção fúngica, que é resistente à maioria dos medicamentos. Em 2021, o número quase dobrou, chegando a 1.471.

Via CIDRAP

Atualmente, a fortificação das doenças contra remédios antibióticos se tornou uma das principais causas de fatalidade entre os casos. Dadas as tendências de disseminação, o CDC considera o Candida auris uma “séria ameaça à saúde global”.

A taxa de mortalidade é alta, variando de 30% a 60% das pessoas infectadas, o que é alarmante.

No entanto, é importante lembrar que, de forma geral, os indivíduos que contraem o fungo já têm o sistema imunológico debilitado por algum motivo, e a taxa de letalidade pode ser diferente para pessoas saudáveis.

O maior risco está associado a idosos, hospitalizados ou portadores de dispositivos médicos, como ventiladores ou cateteres.

Por que é uma ameaça pública?

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o Candida auris é uma séria ameaça à saúde pública, e existem três fatores principais que aumentam o risco da infecção.

Em primeiro lugar, o C. auris é multirresistente, o que significa que a doença continua mesmo após o uso da maioria dos antifúngicos disponíveis no mercado.

Além disso, identificar um paciente infectado não é um processo simples, pois requer laboratórios especializados, o que pode atrasar o tratamento.

Via ABC News

Por fim, a infecção pelo fungo normalmente não se limita a um único caso. Assim, podem ocorrer surtos em ambientes hospitalares após a notificação do primeiro caso.

Com esses fatores em mente, o CDC enfatiza a importância da prevenção e do controle de infecções em ambientes de saúde para reduzir os casos de Candida Auris.

As autoridades de saúde estão trabalhando para aumentar a conscientização sobre essa ameaça e fornecer informações atualizadas sobre como prevenir a infecção e detectá-la precocemente.

Casos de Candida Auris pelo mundo

O problema do C. auris não se restringe aos Estados Unidos, como se destaca. O primeiro caso data de 2009 e, desde então, tornou-se popular em todo o mundo. No momento, possui infecções documentadas em mais de 30 países, inclusive no Brasil.

A ameaça está listada no ranking da Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos fungos mais perigosos à saúde pública, conforme publicado em outubro do ano passado.

Infelizmente, o Brasil já foi atingido por três surtos da infecção resistente. O mais recente ocorreu entre dezembro de 2021 e março de 2022 em um hospital de Recife, Pernambuco.

Nove pacientes contraíram a infecção e, lamentavelmente, quatro morreram devido à evolução da doença.

Esses resultados saíram como publicação em uma revista científica por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

É importante lembrar que o C. auris é um problema global e que as medidas preventivas devem ser adotadas em todo o mundo para controlar sua disseminação e reduzir os riscos à saúde pública.

Via CRF

Afinal, tem tratamento?

Apesar dos riscos associados ao C. auris, o CDC destaca que a maioria das infecções é tratável com equinocandinas, uma classe de medicamentos antifúngicos.

Esses casos de Candida Auris geralmente ocorrem em pessoas com melhores indicadores de saúde e sem comorbidades.

No entanto, algumas infecções são mais resistentes aos medicamentos disponíveis e, se chegarem à corrente sanguínea, o risco de complicações é significativamente maior.

Para evitar resultados graves, o CDC explica que pode ser necessário usar várias classes de antifúngicos em altas doses e que, dependendo do quadro, isso pode ser eficaz para salvar o paciente.

 

Fonte: Yahoo

Imagens: CRF, CIDRAP, ABC News

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