Curiosidades

Células que controlam o envelhecimento são descobertas

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Para muitas pessoas, envelhecer pode ser um problema. No entanto, a realidade é que o tempo não para para ninguém e todas as pessoas envelhecem com o passar dos dias, meses e anos. Com o processo do envelhecimento, o corpo vai mudando de uma maneira individual. Ou seja, envelhecer não é a mesma coisa para todos.

Mesmo que a idade avançada seja vista como uma vilã para alguns, ela é o destino de todos. Ainda que isso seja verdade, tentar encontrar formas de retardar ou até mesmo parar esse processo sempre são procuradas. E agora, cientistas conseguiram descobrir que um conjunto de células-tronco do hipotálamo é que controla a velocidade do envelhecimento do corpo.

Essa região do cérebro é conhecida por ser responsável por regular processos importantes no organismo, como por exemplo, o crescimento, desenvolvimento, reprodução e metabolismo. E conforme Dongsheng Cai, autor do estudo da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, essa descoberta pode ajudar no tratamento de doenças associadas com o envelhecimento, e aumentar o tempo de vida.

Em 2013, os mesmos cientistas publicaram uma descoberta dizendo que o hipotálamo também é responsável pela regulação do envelhecimento do organismo, além das suas funções já conhecidas. Agora, nesse novo estudo, eles conseguiram identificar as células que controlam esse processo. Elas são células-tronco neurais adultas que também formam novos neurônios.

“Nossa pesquisa mostra que o número das células-tronco neurais do hipotálamo é reduzido ao longo da vida do animal e esse declínio acelera o envelhecimento. Mas também descobrimos que os efeitos dessa perda não são irreversíveis. Com a reposição dessas células-tronco ou das moléculas que elas produzem, é possível desacelerar, ou até reverter vários aspectos do envelhecimento no organismo”, disse Cai.

Estudo

Estadão

Para analisar se essas células do hipotálamo eram realmente a chave para o envelhecimento, os cientistas observaram o destino delas quando os camundongos saudáveis iam envelhecendo. Com isso eles notaram que o número de células-tronco do hipotálamo foi diminuindo na época em que os animais tinham 10 meses. Também nessa mesma época, os sinais do envelhecimento apareciam.

“Na velhice, que chega aos dois anos de idade nos camundongos, a maior parte dessas células já havia desaparecido”, disse Cai.

Visto isso, eles foram analisar se a perda progressiva dessas células tinha sido a causa do envelhecimento ou somente se relacionava com ele. Então, os cientistas observaram o que acontecia quando essas células eram destruídas de forma seletiva nos camundongos de meia-idade.

“Essa destruição acelerou enormemente o envelhecimento, em comparação com os camundongos com células-tronco normais. Os animais com as células-tronco destruídas também morreram antes do tempo normal”, pontuou Cai.

Sabendo disso, eles se perguntaram se repondo essas células o envelhecimento poderia ser neutralizado. Então, eles injetaram células-tronco do hipotálamo no cérebro dos camundongos de meia-idade, tanto naqueles que tiveram suas células destruídas como nos que não tiveram.

Envelhecimento

Miligrama

O resultado mostrou que, nos dois grupos, muitos indicativos de envelhecimento foram retardados ou revertidos. Por isso que os cientistas viram que essas células têm alguns efeitos antienvelhecimento por conta da liberação de moléculas conhecidas como microRNAs.

Segundo Cai, esses microRNAs têm um papel crucial na regulação da expressão dos genes. Eles ficam dentro de partículas pequenas chamadas exossomos e são liberadas pelas células-tronco no fluido cérebro-espinhal dos camundongos.

No estudo, os cientistas pegaram exossomos com microRNA e os colocaram no fluido cérebro-espinhal dos camundongos de meia-idade que estavam sendo estudados.

Ainda de acordo com Cai, isso desacelerou de forma considerável o envelhecimento deles. Eles mediram o envelhecimento nos animais através de testes comportamentais que avaliavam a coordenação, as transformações na resistência dos músculos, capacidade cognitiva e comportamento social.

Com essa descoberta os pesquisadores agora querem identificar quais são os microRNAs específicos que fazem isso e encontrar mais coisas secretadas pelas células-tronco que podem ter efeitos antienvelhecimento.

Fonte: Exame

Imagens: Estadão, Miligrama

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