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Descoberto como levar células tumorais cerebrais à autodestruição

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O câncer talvez seja uma das doenças mais temidas pelo mundo inteiro. Ele é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado, maligno, de células. Por isso, pesquisas sobre como tratá-lo e preveni-lo são feitas sem parar. Agora, pesquisadores descobriram uma forma de autodestruir as células tumorais cerebrais.

Essa descoberta pode ser um possível tratamento para o tumor no cérebro, também chamado de glioblastoma. A autodestruição dessas células acontece pela remoção de determinados aminoácidos. Isso porque, fazendo experimentos, os cientistas perceberam que com a remoção de determinados aminoácidos em animais, as células de glioblastoma tinham uma probabilidade maior de morrer por ferroptose, que é um termo usado para morte celular programada.

Esse processo é dependente de ferro ou então um processo biológico que faz com que as células se autodestruam com um comando. Além disso, uma outra descoberta pelos pesquisadores foi que com essa remoção os remédios quimioterápicos podem ficar mais aptos a começar a morte celular programada.

Tanto é que os estudos mostraram que doses bem baixas já conseguiram alcançar um efeito com mais potência do que os vistos antes. “Agora, precisamos encontrar uma maneira de eliminar esses componentes, mantendo as necessidades energéticas que um paciente pode ter, especialmente um paciente com câncer, que tem necessidades diferentes do paciente médio”, disseram os pesquisadores.

O próximo passo é colocar os pacientes em uma dieta que não tenha esses aminoácidos antes da cirurgia. Isso será feito para que os pesquisadores entendam como isso afeta tanto o tumor como o corpo. E esse tratamento não foi eficaz somente com as células do câncer cerebral, ele também tem um potencial para o sarcoma, câncer de pulmão e câncer pancreático.

Tumor cerebral

El español

Um tumor cerebral pode aparecer no tecido, mas também em regiões perto, como por exemplo, nos nervos, na glândula pituitária, a glândula pineal e as membranas da superfície do órgão. Mas o câncer pode se espalhar para o cérebro vindo de outras partes do corpo. Os tratamentos mais comuns são a radioterapia e a cirurgia.

E assim como com os outros tipos de câncer, os pesquisadores procuram uma forma de combater essas células tumorais cerebrais. Felizmente esses estudos parecem estar dando resultados. Em 2021, eles procuraram um método menos invasivo para fazer o diagnóstico do câncer cerebral. E em 2022, um gel injetável foi criado para combater o tumor que afeta o sistema nervoso central.

Células tumorais

Artmed

Além desse estudo, outros também já viram que determinadas coisas podem afetar as células tumorais, como por exemplo, o estudo feito pelo Programa de Oncobiologia da UFRJ. Nele, células MCF-7, que são relacionadas com o câncer de mama, foram expostas à  “Quinta Sinfonia” de Ludwig von Beethoven durante meia hora.

Como resultado, uma em cada cinco células morreu. Por conta desse resultado, os pesquisadores acreditam que timbres e frequências podem ser aliados no combate ao câncer, além, é claro, de ser um tratamento menos tóxico.

Segundo Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo, a inovação deles foi usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais. “Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos. Ou seja, em situações que envolvam um componente emocional. Mostramos, agora, que a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo”, disse ela.

Mesmo Capella se surpreendeu com os resultados do estudo que para serem vistos tiveram que ser analisados dois dias depois da sessão musical ter sido feita. Isso foi feito porque as células MCF-7 têm um padrão de duplicação a cada 30 horas. Nesse período, a coordenadora percebeu que 20% das células morreu e as que sobreviveram perderam seu tamanho e granulosidade.

Fonte: Terra

Imagens: El español, Artmed

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