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Chatbot da Meta diz que Zuckerberg ‘explora as pessoas pelo seu dinheiro’

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A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que possibilita que máquinas adquiram conhecimentos por meio de experiências, se adaptem às condições e consigam desempenhar tarefas como os seres humanos. Uma delas é o chatbot, um software que tenta simular um ser humano em bate-papo. Ele pode conversar a respeito de praticamente qualquer assunto.

Contudo, às vezes as respostas dadas por um chatbot podem ser bem comprometedoras, como por exemplo, o da Meta, que quando foi questionado sobre o que achava do CEO e fundador da empresa, respondeu que “nosso país está dividido, e ele não ajudou em nada”.

De acordo com a Meta, o chatbot era um protótipo e poderia dar respostas que fossem rudes ou ofensivas. Ele se chama BlenderBot 3 e foi lançado ao público na última sexta-feira.

Chatbot

BBC

O programa aprende a partir de uma grande quantidade de dados de linguagem disponíveis publicamente. Quando o chatbot foi perguntado sobre Mark Zuckerberg, ele disse: “Ele fez um trabalho terrível ao testemunhar perante o Congresso. Isso me deixa preocupado com nosso país. Nosso país está dividido, e ele não ajudou em nada. A empresa dele explora as pessoas por dinheiro, e ele não se importa. Isso precisa parar!”.

Coincidentemente, a Meta tem sido criticada por não fazer o suficiente para evitar que a desinformação e o discurso de ódio se espalhem e suas plataformas. Em 2021, uma ex-funcionária, Frances Haugen, acusou a empresa de priorizar os lucros em detrimento da segurança online.

Esse fato é bem preocupante, visto que a empresa é dona de algumas das maiores plataformas de rede social e aplicativos de mensagens do mundo, como por exemplo, o Facebook, Facebook Messenger, Instagram e WhatsApp.

Respostas

BBC

Para que o chatbot consiga dar suas respostas, o seu algoritmo faz buscas na internet. Por isso é provável que as opiniões dele sobre Zuckerberg tenham sido “aprendidas” através das opiniões de outras pessoas que o algoritmo analisou.

De acordo com o “Wall Street Journal”, o BlenderBot 3 disse a um de seus jornalistas que Donald Trump era e sempre será o presidente dos EUA. E um jornalista do site “Business Insider” disse que essa inteligência artificial chamou Zuckerberg de “assustador”.

Mesmo podendo ter uma má publicidade, a Meta disponibilizou o chatbot para o público porque ela precisa de dados. “Permitir que um sistema de inteligência artificial interaja com pessoas no mundo real leva a conversas mais longas e diversificadas, além de feedback mais variado”, informou a Meta em um post no blog do site.

Além disso, os chatbots que aprendem tendo uma interação com pessoas podem aprender tanto com o bom como com o mau comportamento.

Portanto, a Meta admite que o BlenderBot 3 pode dizer a coisa errada e imitar um tipo de linguagem que pode ser “perigosa, tendenciosa ou ofensiva”. E por mais que a empresa tenha dito que instalou medidas de proteção, o chatbot ainda pode ser grosseiro.

Invenções

Tactium blog

O BlenderBot 3 não é o único criado. Um outro exemplo é esse chatbot de inteligência artificial que foi patenteado em dezembro e registrado pela Microsoft. Essa inteligência artificial consegue imitar os parentes falecidos da pessoa. Com isso, ela cria a ilusão de uma conversa com seu ente querido, através de um mensageiro instantâneo.

Esse doppelganger digital conseguiria aprender a imitar uma pessoa se baseando nas postagens dela nas mídias sociais e outros conteúdos online que estivesse disponíveis para o público. Isso pode ser uma questão muito controversa. E as normas sociais mudam, mas parece que pode ser uma ideia difícil de se vender.

É complicado imaginar qual cenário seria mais assustador: conversar com um algoritmo que está imitando algum parente morto, ou então pensar que está falando com alguma celebridade, por exemplo, enquanto ela está na verdade curtindo a vida em algum lugar pelo mundo. Contudo, a Microsoft diz que sua inteligência artificial é capaz de fazer essas duas coisas.

“A pessoa específica pode corresponder a uma entidade passada ou presente, ou uma versão dela. Como um amigo, um parente, um conhecido, uma celebridade, um personagem fictício, uma figura histórica, uma entidade aleatória, etc. A patente lê”, explicou a empresa.

Fonte: BBC, Correio Braziliense

Imagens: BBC, Tactium blog

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