China cria dispositivo para simular beijo à distância entre usuários

As pessoas se beijam há tanto tempo que seria difícil dizer exatamente onde tudo isso começou, uma vez que cada parte do mundo possui seus próprios costumes e maneiras para faze-lo. Além do próprio ato, o significado do beijo e a maneira como as pessoas podem reagir a isso mudam de acordo com a cultura e o local onde ele acontece.

O “beijo de língua”, por exemplo, em muitos lugares é chamado de “beijo francês”, mesmo que não saibamos se foram mesmo os franceses que inventaram esse jeito de demonstrar afetividade.

E mesmo sem saber a origem, o fato que todos sabem é que beijo é bom. Mas e quando se está longe da pessoa amada e bate aquela vontade de beijá-la? Muitas pessoas vão pensar que não tem o que fazer nessas horas, só que isso não é mais verdade. Isso porque um instituto chinês criou um dispositivo capaz de simular o beijo real entre pessoas que estão distantes umas das outras.

Beijo à distância

R7

Esse dispositivo é feito de silicone e dá aos usuários as sensações de um beijo real. Contudo, as pessoas criticaram bastante essa invenção nas redes sociais. O aparelho funciona com sensores de pressão que conseguem imitar um beijo real com os movimentos e até mesmo a temperatura dos lábios das pessoas.

Para usar esse aparelho, os usuários têm que baixar um aplicativo chinês e conectar o dispositivo na entrada de carregamento do smartphone. Então, quando estiver emparelhado com a outra pessoa no aplicativo, as pessoas podem fazer uma videochamada para transmitir esses beijos à distância.

Quem estiver interessado nesse dispositivo terá que desembolsar 215 reais e comprá-lo pelo Taobao, o maior site de compras da China. Claro que esse aparelho chamou muita atenção assim que chegou ao mercado e já atraiu vários adeptos.

Mesmo que ele tenha sido anunciado para relacionamentos a distância, ele também dá aos usuários a possibilidade de formarem pares na função “quadrado do beijo” com o objetivo de troca de afetos. Além disso, os usuários também têm a opção de “carregar” seus beijos para que outros possam baixá-los e experimentá-los.

Segundo Global Times, estatal da China, o Instituto Vocacional de Tecnologia Mecatrônica de Changzhou patenteou essa invenção. “Na minha universidade, eu mantinha um relacionamento à distância com minha namorada, então só nos falávamos por telefone. Foi daí que surgiu a inspiração para este dispositivo”, disse Jiang Zhongli, o principal inventor do design.

Reações

Mais vivida

No Twitter, as reações a respeito desse aparelho foram dividias. Algumas pessoas acharam a ideia engraçada, enquanto outros acharam-na vulgar e assustadora. “Não entendo (o dispositivo), mas estou totalmente chocado”, disse um internauta.

“Fico preocupada em crianças terem acesso ao aplicativo”, comentou outro usuário.

No entanto, para os casais essa ideia foi a melhor invenção. “Minha parceira não acreditava que o beijo (remoto) pudesse ser alcançado no início, então seu queixo caiu quando ela o usou… Esta é a melhor surpresa que dei a ela durante nosso relacionamento à distância. Obrigado tecnologia”, comentou outro.

Prática

Psciologia online

O beijo à distância pode ser uma mão na roda para as pessoas que estão longe umas das outras, mas nada como o ao vivo. Até porque, quando uma pessoa beija, várias coisas acontecem com seu corpo.

De acordo com o antropólogo Vaughn Bryant, da Texas A&M University, o beijo estimula principalmente três sentidos. São eles o tato, o olfato e o paladar. A autora do livro “A ciência do beijo”, Sheril Kirshenbaum, diz que existem várias teorias sobre o motivo de as pessoas se beijarem. Algumas delas seriam relacionadas com as primeiras experiências humanas na Terra.

O beijo é um dos contatos mais intensos que duas pessoas podem ter. Antes de ele acontecer pode ser que exista um momento de antecipação. Um olhar que vem antes do ato e a aproximação dos rostos já ativam o organismo.

A dopamina, substância que quando é liberada provoca a sensação de prazer e intensifica a motivação, faz com que a tensão arterial aumente e que a pulsação se acelere. Isso faz com que as pessoas tenham um pico de energia e tenham seus sentidos aguçados.

No momento em que os lábios se tocam, eles mandam para o cérebro todo um dossiê de informações a respeito de várias coisas do que está acontecendo, como por exemplo, umidade, pressão e temperatura.

É nesse momento em que a dopamina, que já está em funcionamento desde os olhares antes do beijo, chega no cérebro e produz seu complemento perfeito provocando uma sensação de plenitude e felicidade nas pessoas.

Fonte: O hoje

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