Por Os Estados Unidos e a China estão em uma recente disputa indireta com seus aviões espaciais.
Isso porque a Força Aérea dos EUA estava pronta para lançar o X-37B a bordo de um foguete Falcon Heavy, mas o voo foi adiado para 28 de dezembro.
Enquanto isso, em 14 de dezembro, a China lançou o Shenlong, um avião espacial não tripulado “secreto”. Quatro dias depois, a nave colocou em órbita seis objetos desconhecidos.
A referência humorística a Dragon Ball foi praticamente inevitável – para ser perfeita, só faltou serem sete objetos (em alusão às sete esferas) em vez dos seis.
De qualquer maneira, Shenlong (que significa Dragão Divino) é um mistério. Pouco se sabe sobre essa “versão chinesa” do X-37B, que foi registrada em 2007 a bordo de um bombardeiro H-6.
Shenlong possui uma envergadura de aproximadamente oito metros, está equipado com um sistema de propulsão projetado especificamente para condições de vácuo e já realizou três voos, incluindo uma segunda missão recorde de 276 dias em órbita e este último voo, iniciado em 14 de dezembro.
Via IGN
Referência ao anime
Dragon Ball é uma popular série de mangá e anime criada por Akira Toriyama. A história segue as aventuras de Goku, um guerreiro com habilidades de luta extraordinárias, enquanto ele busca as Esferas do Dragão para conceder desejos.
Quem protege as esferas é Shenlong, figura recorrente na série e conhecida mundialmente pelos fãs, por conta da sua força e imponência.
Ao longo da série, Goku e seus amigos enfrentam poderosos vilões, participam de torneios de artes marciais e exploram o universo em busca de desafios e aprimoramento. Dragon Ball se tornou uma franquia culturalmente influente, abrangendo diversas séries, filmes e produtos relacionados.
Seis cargas misteriosas em órbita
Voltando aos aviões espaciais, quatro dias após o lançamento a bordo de um foguete, o avião espacial chinês Shenlong parece ter colocado seis objetos em órbita, de acordo com informações do portal Space.com.
Identificados como OBJETO A, B, C, D, E e F, pelo menos um deles (A) está emitindo sinais modulados contendo uma pequena quantidade de dados.
O radioastrônomo Scott Tilley também registrou sinais de banda S provenientes dos objetos D e E. Esses sinais intermitentes são marcadores de posição que se repetem brevemente.
Tilley explica que foram necessários dias de observações com antenas parabólicas para obter esses dados.
Além disso, D e E estão em órbitas bastante elípticas, enquanto A está em uma órbita quase circular. Nos próximos dias, está previsto que ocorram aproximações próximas entre esses objetos em seus pontos mais próximos da Terra, o perigeu.
O que seriam esses objetos secretos?
Um dos objetos identificados (B ou E, segundo Tilley) pode ser o próprio avião espacial, enquanto o OBJETO A pode ser sua “asa” ou principal companheiro.
Não é a primeira vez que o Shenlong alcança a atmosfera com um misterioso companheiro que envia dados para a Terra. No entanto, desta vez os sinais são mais claros.
Em missões anteriores, especulou-se que esses objetos poderiam ser módulos de serviço, modelos de teste para praticar a inserção de cargas úteis em órbita, ou pequenos satélites utilizados para monitorar o veículo espacial. No entanto, essa prática não é exclusiva da China.
Colocar objetos em órbita em aviões espaciais também não é algo novo para os Estados Unidos.
O Pentágono usou repetidamente sua aeronave espacial X-37B para lançar satélites, mas nem sempre registoru suas órbitas. No entanto, isso é uma exigência do Gabinete das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior.
Com compartimentos de carga do tamanho de uma picape, as duas unidades operacionais X-37B lançaram diversos satélites e uma nave de teste menor, um projeto para operação em solo por cadetes da Força Aérea.
Via IGN
Coincidência no tempo das duas missões
A Força Espacial e a Força Aérea dos EUA aguardam o lançamento do X-37B a bordo de um Falcon Heavy, o foguete mais potente da SpaceX.
Dada a robustez do foguete, especula-se que o avião militar seguirá para uma órbita altamente elíptica, com um apogeu maior, possivelmente aproximando-o de satélites geoestacionários.
Chance Saltzman, Chefe de Operações da Força Espacial, compartilhou em uma conferência anterior que o lançamento simultâneo dos dois aviões espaciais provavelmente não é uma coincidência.
Ele afirmou que esses são dois dos objetos de maior frequência na observação em órbita. Provavelmente, não é por acaso que a China está tentando se igualar em termos de tempo e sequência disso.
Fonte: IGN
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