Quem, na vida, poderia pensar que um mural na lateral de um prédio poderia ser uma forma eficiente de combater a poluição? A ação, à primeira vista, pode até não ter nenhum fundamento, mas, acredite, é totalmente viável.
Como parte da campanha City-Forests, organizada pela famosa marca Converse, o recente mural na cidade polonesa de Varsóvia não é apenas uma obra de arte esteticamente agradável aos olhos, é também uma maneira engenhosa de lidar com a poluição urbana.
Presente na lateral de em um prédio localizado à frente da movimentada estação de metrô Politechnika, a obra, feita com tinta fotocatalítica – composta por dióxido de titânio – é capaz de atrair os principais poluentes do ar. Após captar os poluentes, a tinta os convertê em nitratos inofensivos, favorecendo, assim, o meio ambiente.
A mágica acontece quando partículas de óxidos de nitrogênio, poluentes liberados por carros, fábricas e usinas, entram em contato com a tinta. Em meio a tal processo, a luz solar atua como um catalisador, transformando poluentes em água, pequenas quantidades de CO2 e nitrato de cálcio. Quando chove, os poluentes são eliminados pela água e a obra, mais uma vez, está ‘pronta’ para atrair mais poluentes.
Varsóvia é a terceira cidade a hospedar um mural ecológico como este. As primeiras foram Bangcoc e Belgrado. De acordo com a empresa Converse, as próximas cidades a serem contempladas pelo projeto são Lima, Sydney, Jacarta, Manila, São Paulo, Santiago, Joanesburgo, Melbourne, Bogotá e Cidade do Panamá.
O objetivo principal do projeto City Forest é fazer com que os murais cumpram o mesmo papel que as árvores desempenham. O mural que atualmente encontra-se em Varsóvia foi criado pelos artistas poloneses Maciek Polak e Dawid Ryski, mas a obra foi execuada pelo centro de artistas local Good Looking Studio.
Os três murais criados, até o momento, purificação ar com a mesma exatidão que 1.470 árvores.
Poluição
Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia para a Covid-19, a redução das atividades humanas, nos últimos meses, ocasionou diversas consequências e impactos ao meio ambiente.
Em suma, muitas das mudanças foram positivas. Segundo Fabrício Alvim Carvalho, professor do Programa de Pós-graduação em Ecologia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), medidas como a quarentena não só foram positivas para a sociedade, como também favoreceu a fauna e flora silvestres.
“É nítida a diminuição da exposição humana à poluição ambiental; consequentemente, diminui-se também os problemas respiratórios relacionados. De certa maneira, também é positivo para a fauna silvestre, igualmente exposta a essas elevadas concentrações de gases.”
De acordo com o Conselho Central de Controle de Poluição da Índia (CPCB), entre os dias 16 e 27 de março deste ano, houve uma mudança significativa na qualidade do ar, que melhorou cerca de 33%.
A considerável queda da poluição foi consequência da redução no tráfego de automóveis e inatividade de indústrias. Para se ter uma ideia de como a queda da poluição no ar favoreceu o meio ambiente, pela primeira vez em 30 anos, é possível ver Himalaia a 200 quilômetros de distância.
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