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Lago descoberto embaixo da Groenlândia pode ter milhões de anos

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A Groenlândia é considerada a maior ilha do mundo. Ela é um lugar extremamente frio, o que faz muita gente nem cogitar, um dia, conhecer a ilha. Mas se vocês pensam que, por lá, tem apenas gelo, vocês estão enganados. É claro que tem gelo em abundância, mas, por incrível que pareça, a Groenlândia é um país incrível.

Além de ser incrível, várias descobertas são feitas por lá. Como por exemplo, os restos de um lago gigante e antigo, que foi descoberto enterrado nas profundezas da camada de gelo no noroeste do país. Os cientistas estimam que esse  lago tenha centenas de milhares de anos, se não milhões.

Esse “leito do lago fóssil” é um fenômeno que nunca foi visto antes pelos cientistas nessa parte do mundo. Mas é sabido que a camada de gelo da Groenlândia, que é a segunda maior da Terra depois da Antártica, é cheia de mistérios que estão se revelando conforme esse gelo vai derretendo.

Em 2019, os cientistas fizeram a descoberta de mais de 50 lagos subglaciais embaixo da camada de gelo da Groenlândia. Eles eram corpos de água líquida descongelada presos entre a rocha e a camada de gelo acima deles.

Lago

No entanto, essa nova descoberta é diferente. Ela é uma antiga bacia de lago que está há muito tempo seca e agora está cheia de eras de preenchimento sedimentar. Como rocha solta medindo até 1,2 quilômetros de espessura que foi coberta por outros 1,8 quilômetros de gelo.

Na época que esse lago se formou, de acordo com os pesquisadores, essa região estava livre de gelo. E a bacia teria sustentado um lago monumental com uma área de superfície extensa de cerca de 7100 quilômetros quadrados.

Com uma área tão grande o lago também tinha grandes dimensões. Ele teria aproximadamente 580 quilômetros cúbicos de água e seria alimentado por uma rede de, pelo menos, 18 riachos antigos ao norte de seu leito.

Por mais que não se tenha como saber o quão antigo é esse lago, os cientistas seriam capazes de descobrir se poderiam analisar o material de rocha solto dentro da bacia. Essas rochas seriam como uma gigante cápsula do tempo de sedimento preservado, que poderia dar aos pesquisadores algumas pistas sobre como era o meio ambiente da Groenlândia há tanto tempo.

“Este poderia ser um importante repositório de informações, em uma paisagem que agora está totalmente oculta e inacessível. Se pudéssemos chegar a esses sedimentos, eles poderiam nos dizer quando o gelo estava presente ou ausente”,  disse o pesquisador líder e geofísico glacial Guy Paxman, da Universidade de Columbia.

Descoberta

O gigante leito do lago foi chamado de “Camp Century Basin” por conta da base histórica de pesquisa militar perto dele. E ele foi descoberto através de observações da missão Operação IceBridge da NASA. Que foi uma missão para fazer um levantamento aéreo das regiões polares do mundo.

Nos voos sobre a Groenlândia, a equipe mapeou a geomorfologia subglacial embaixo do gelo através de uma série de instrumentos de medição de radar, gravidade e dados magnéticos. Com isso, as leituras feitas revelaram o contorno da massa gigante solta de enchimento sedimentar feita de material menos denso e magnético do que a rocha mais dura que a circunda.

Os pesquisadores pensam que é possível que o lago tenha se formado nas épocas mais quentes como resultado do deslocamento do leito rochoso por causa de uma falha geológica abaixo. E uma outra hipótese é que as erosões glaciais podem ter esculpido a forma dessa baica.

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